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segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Ética Cristã - aula 2

4) ÉTICA MINISTERIAL

Muitos pensam que o ministério eclesial, são apenas títulos outorgados a pessoas, por seus méritos, conquistas e capacidades próprias. Esquecem que a vocação é o requisito fundamental para o bom ministro de Deus! Hoje, percebe-se uma “crise funcional” em algumas Igrejas, ou seja, pessoas fazendo o que é certo, nos lugares errados, no cargo errado e da forma errada.

Falar em ética é falar da boa educação dos líderes. A ética tem tudo a ver com a sabedoria, pois a ética é a exteriorização da sabedoria. O líder que não age com educação e respeito para com os seus subordinados, não pode dizer que possui sabedoria divina! 

O ministro deve saber que:

  • Autoridade não se impõe, se conquista;
  • A autoridade não está sobre a pessoa, mas sobre a sua ocupação;
  • Não somos donos da vida de ninguém, mas sim, conselheiros;
  • Não se faz alguém submisso por intermédio do medo pela posição do líder ou por juízos divinos;
  • A ocupação não é para o benefício pessoal, não é para o ocupante, mas é para o benefício da Igreja.


5) “REQUISITA QUEM PODE E REQUER QUEM PEDE”

Deus “tudo pode”, então, Ele requisita e nós, como ministros sob poder de Deus, apenas requeremos sob a requisição dEle. As pessoas não começarão a fazer algo apenas porque “eu” quero, mas porque foram conscientizadas de que é a vontade de Deus, e que é o melhor para elas mesmas. Assim, todos estarão espontaneamente fazendo o que você pede, sem o famoso “autoritarismo”. Tudo isto depende do grau de influência que você exerce sobre as pessoas. 

O bom obreiro influencia sem forçar. E, se quiser ser um influenciador em potencial, deve mostrar-se necessário à vida das pessoas que lideram. A palavra grega “diakonos” é muitas vezes traduzida por “ministro” ou “servo”.


6) “SER” NÃO É “TER”

Ser é mais do que ter. O “ter” traz à tona toda a dependência humana diante de sistemas, por isso não é o “ter” que define o bom obreiro, mas sim o “ser”.

 

7) CONCEITOS MODERNOS E INFLUENCIADORES

A ética tenta responder questões pertinentes ao que é certo ou errado. Se destrincharmos de maneira meticulosa as abordagens éticas, certamente encontraremos muitas variantes:

  • Antinomismo: Literalmente "contra a lei". Afirma que não há nenhum princípio moral que aplicado às circunstâncias da vida, nos permita estabelecer em referencial de certo ou errado. Em síntese, admite que não existe normas. O Antinomismo diz: “mentir não é nem certo nem errado”;
  • Generalismo: Sustenta que uma ação pode ser errada, geralmente, mas nem sempre o será, estabelecendo um padrão moral circunstancial por admitir que não há normas universais. As regras existem, mas podem ser quebradas, dependendo dos fins. Tal afirmação corresponde ao que pregava o filósofo Maquiavel. “Os fins justificam os meios”. Os generalistas são utilitaristas. Só é certo o que produz melhor resultado (mais felicidade ou prazer do que dor). Uma norma pode ser boa hoje, e não servir amanhã. Depende da sociedade. Se, por exemplo, o adultério é errado em certo período, em outro, poderá ser aceito. O Generalismo profere que: “Mentir é geralmente errado”;
  • Situacionismo: Admite que há uma norma universal, mas admite também que as circunstâncias são tão radicalmente diferentes para que exista uma única regra universal para ser observada. Para os situacionistas, somente o amor permanece como norma universal capaz de se adaptar a todas as situações. O amor pode tornar um ato moralmente correto e só a falta de amor faz um ato amoral. Nesse contexto, para o situacionismo, roubar para salvar uma pessoa que está morrendo de fome ou mentir para salvar uma pessoa inocente de um assassino não seria errado. O situacionismo abre demais as portas para padrões individualistas. Para os que adotam esta abordagem, o ato é coberto pelo bem maior. O Situacionismo pronuncia que: “Mentir às vezes é certo”;
  • Absolutismo conflitante: Admite que há muitas normas universais válidas sem conflito entre si, admitindo, porém, dualidades de ideias, desde de que se preserve o ideal comum no cumprimento do dever. O Absolutismo afirma: “Mentir sempre é errado”;
  • Absolutismo ideal: Admite que há muitas normas universais que as vezes são conflitantes entre si, mas que violar uma dessas normas é moralmente errado, não existindo precedentes. O problema aqui é o abismo entre o ideal e o real, pois vivemos, acertamos e erramos, no mundo real e não no universo ideal. No mundo ideal ninguém infringe normas. Essa doutrina sustenta que há muitas normas absolutas que nunca entram realmente em conflito. Platão ensinava que existem normas ou virtudes universais que nunca precisam variar. Dentre essas virtudes estariam a coragem, a temperança, a sabedoria e a justiça;
  • Hierarquismo: Admite que há muitas normas éticas universais hierarquicamente ordenadas que diferem entre si em grau de importância, de modo que, diante de um conflito ético, o homem se obriga a obedecer a norma mais elevada nesta estrutura.

continua...
Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

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