c) A terceira
proposta indecente (Ex 10.7-11)
Faraó permitiria a saída, somente dos
pais de família e dos adultos solteiros, sem as suas respectivas famílias. Um
ataque a esta instituição tão importante, tal como seu antecessor quando
ordenou a matanças dos recém-nascidos dos hebreus no passado.
Indiretamente a sua ordem tentava anular
ou impedir o crescimento das famílias hebreias, já que muitos pais temeram e
não tiveram filhos. Moisés não aceitou a proposta, pois conhecia a importância
deste primeiro grupo social.
Esta proposta foi um verdadeiro golpe de
mestre, pois as esposas ficariam desprotegidas no Egito juntamente com os
jovens e crianças, enquanto que os chefes de família e demais adultos seriam
libertos e fatalmente contrariam novos casamentos no deserto com as mulheres de
outras nações.
A saída parcial do povo, como queria
Faraó, resultaria no fracionamento e fragilização das famílias, dividindo-as.
Neste caso veríamos um número elevado de viúvas de maridos vivos e de órfãos de
pais vivos. Esta proposta de Faraó traria resultados nefastos para o povo de
Deus:
- Famílias sem o governo dos pais, sem provisão, sem proteção e sem direção;
- Maridos sem as esposas e viajando no deserto enquanto que as crianças e jovens estariam no Egito sendo preparadas para uma futura escravização;
- Uma miscigenação devastadora, pois os pais de família e demais adultos estariam sozinhos no deserto, supostamente a caminho de Canaã, mas não resistiriam aos enganos das mulheres pagãs e idólatras. Por sua vez, as jovens deixadas no Egito se casariam com os incrédulos egípcios. Enfim, haveria a total perda de identidade espiritual.
Faraó enxergou o potencial dos jovens
hebreus, mas também por outro lado viu a fragilidade, o que poderia facilitar
no caso de um novo período de escravidão, ou seja, a opressão na mente das
crianças e jovens produziria uma mão de obra escrava ou barata no futuro. Era
uma espécie de liberdade provisória comemorada no presente que se tornaria uma
escravidão garantida no futuro.
continua...
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