DOIS GRANDES PROBLEMAS DOS JUDEUS
1) A PROFANAÇÃO DO SÁBADO (13.16):
Os filhos de Israel foram ordenados por
Deus a guardarem o sábado, o dia do descanso, para repouso para se dedicarem a
adoração, oração, louvor. (Ex 16.23; 20.11). Neste dia as atividades em Israel
seriam interrompidas, pois nenhum trabalho deveria ser realizado (Ex 16.23;
35.2,3; Jr 17.22; Mc 16.1), até mesmo o comércio (Am 8.5).
Após a reconstrução do Templo, os
inimigos perceberam a mudança no padrão de vida dos judeus. A cidade sem o muro
e as portas era alvo fácil de doenças e ladrões, mas agora estava bonita,
frondosa, exuberante, alegre, bem diferente do estado anterior (1.1-3). O
problema então seria os mercadores e aproveitadores, pois os judeus eram
potenciais consumidores.
Tudo isto não teria problema se estes
mercadores não insistissem na venda justamente no dia de dedicação a Deus, mas
não respeitaram, por isto Neemias ordenou que as portas da cidade fossem fechadas
para não profanarem o sábado.
a) A ganância dos mercadores:
Neemias observou a ignorância do povo em
relação a Lei desde a sua chegada. Sua intenção era reconstruir os muros, mas
não conseguiu resistiu ao contemplar o povo desgarrado, sem pastor, sem estrutura,
sem conhecimento e alheios aos mandamentos perpétuos.
O problema maior foi em relação ao
sábado, principalmente quando os mercadores de Tiro (Ne 13.17-18), conseguiam
ajuntar os judeus, justamente os que deveriam estar no Templo adorando, louvando,
orando, ouvindo a leitura da Lei.
Esta já havia sido uma das causas do
cativeiro (Jr 17.27), por isto Neemias agiu, pois compreendeu o perigo que
todos estavam correndo de novamente. As consequências seriam inevitáveis (Lv
26.13-33).
Neemias repreendeu os mercadores,
avisando-os para não profanarem o Dia do Senhor (Ne 13.21). A sua reação foi
tão enérgica e radical quanto as anteriores, pois queria cortar o mal pela
raiz. Protestou contra os negociantes de outras terras, que desconheciam a
importância do sábado (Ne 13.20-21).
As mercadorias eram necessárias? Eram de
ótima qualidade? Os vendedores eram bons? Os judeus ficavam satisfeitos com as
negociações? Então porque não fizeram todo este alvoroço no estado anterior da
cidade (1.1-3), quando estavam em miséria e esquecidos?
A alegria espiritual chamou os
mercadores, pois entenderam que Jerusalém estava usufruindo de uma prosperidade
material, aliás, estavam bem visíveis, o Templo, os muros reconstruídos e as
portas levantadas. Os mercadores pensavam que os judeus estivessem nadando em
dinheiro, por isto faziam questão de acampar em suas portas.
b) Neemias proíbe o comércio aos sábados:
As sextas-feiras, ao pôr do sol, os
portões da cidade deveriam ser fechados e permaneceriam desta forma até ao
final do sábado, mas os mercadores insistentes continuaram fora da cidade, na
esperança de vendas.
Entra em cena o pastor cuidadoso, que
mesmo com as barreiras fechadas, saiu para averiguar a situação. Foi quando
constatou que aqueles aproveitadores ainda estavam ao derredor. Uma única frase
que não precisou ser repetida, pois foram embora diante do ultimato de Neemias
(Ne 13.19-21).
continua...
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