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terça-feira, 3 de agosto de 2021

Os primogênitos: Deixa o meu ir, senão levo o seu! Capítulo 3

continuação...

As ordens de Deus a Moisés e Arão foram especificas e diretas e dizia respeito à liberdade incondicional de todos os hebreus. Faraó, uma espécie de deus humano, deveria ser confrontado, mas não com artifícios humanos, pois não seria convencido facilmente, por isto foi necessário que Moisés se apresentasse diante dele com sinais e maravilhas.

As dez pragas foram a resposta de Deus para Faraó, pois a sua primeira pergunta ao receber os embaixadores foi: “Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei?”. O Egito foi duramente castigado devido ao coração endurecido de Faraó.

As duas primeiras pragas foram prontamente copiadas pelos magos e encantadores do Egito, que ficaram felizes e se sentiram realizados por imitarem as ações de Deus, porém da terceira em diante não foram capazes e se desesperaram diante da situação que fugia ao controle. Então declararam a inferioridade das divindades egípcias (Ex 8.18-19) e de mãos atadas, apenas presenciaram a sequência dos fatos e se tornaram vítimas da sexta praga (Ex 9.11)

Cada uma das pragas teve o propósito de afrontar os muitos dos deuses egípcios em seus respectivos campos de atuação, ou pelo menos no que acreditavam atuar:

  • Primeira praga: A água do rio Nilo converteu-se em sangue e provocou um mau cheiro. Esta praga afrontou Hápi (deus da prosperidade), como também o sagrado rio. A morte dos peixes também foi um duro golpe contra os preceitos religiosos dos egípcios, uma vez que algumas espécies eram até mesmo veneradas;
  • Segunda praga: As rãs que invadiram o Egito eram associadas ao deus Hapi (deus do Nilo) e Hegt (deusa da fecundidade). As rãs representavam a fartura, bênçãos e certeza de boa colheita, talvez por isto Faraó tenha solicitado a Moisés que as retirasse somente no dia seguinte (Ex 8.10). Pode ser que a quantidade de rãs tenha assustado ao governante egípcio, no entanto, não foi capaz de se desvencilhar da velha superstição;
  • Terceira praga: O pó da terra, considerado sagrado, converteu-se em piolhos, afligindo todos os egípcios e desonrando Tot, o deus inventor da magia e artes secretas;
  • Quarta praga: O enxame de moscas que invadiu o Egito serviu de limitação entre os egípcios e os hebreus. Ptah, o criador do universo, Tot o deus da magia e Kheper, que tinha a forma de um besouro nada puderam fazer;
  • Quinta praga: Todo o gado egípcio foi atingido por esta praga. Esta foi uma afronta as divindades Amom (cabeça de carneiro), Hator e Ápis (deus-touro e deusa-vaca, respectivamente), responsáveis pela guarda e proteção dos animais;

continua...
Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

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