Páginas

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Escatologia - aula 2


II - CORRENTES DE INTERPRETAÇÃO DO APOCALIPSE

1) INTERPRETAÇÃO PRETERISTA

Os Preteristas consideram o contexto histórico na interpretação do Apocalipse, ou seja, muitos eventos já ocorreram, principalmente na época da destruição de Jerusalém em 70 d.C., no período da Igreja primitiva e durante a queda do Império Romano. Para os preteristas, o império Romano foi a Besta, o falso profeta foram os sacerdotes que instituíram o culto aos imperadores e a cidade de Roma ou Jerusalém foi a meretriz.

 

2) INTERPRETAÇÃO HISTORICISTA

O Historicismo considera que as profecias do livro de Apocalipse se cumpriram ao longo da história. Dessa forma, muitas profecias já se cumpriram, outras estão em pleno cumprimento, e também há aquelas que ainda se cumprirão.

 

3) INTERPRETAÇÃO FUTURISTA DE APOCALIPSE

Na interpretação Futurista considera que Apocalipse está relacionado aos acontecimentos futuros do fim dos tempos, com exceção dos três primeiros capítulos. A interpretação Futurista crê que haverá o arrebatamento da Igreja antes da grande tribulação, crê no surgimento da Besta como um líder político, no trabalho do falso profeta e crê que Jesus voltará para livrar o povo de Israel e estabelecer um reino literal de mil anos na Terra.

 

4) INTERPRETAÇÃO IDEALISTA

Os idealistas defendem a ideia de que o livro de Apocalipse seja interpretado de forma simbólica, ou seja, nada irá ocorrer realmente de forma literal e histórica, mas completamente de maneira espiritual. O idealismo interpreta o Apocalipse como um símbolo da luta entre o bem e o mal, entre a Igreja e o paganismo dominado pelo poder satânico. 

 

III – EVENTOS ESCATOLÓGICOS COMPROVADOS PELA HISTÓRIA

1) ESTÁTUA DE NABUCODONOSOR – 4 ANIMAIS (Dn 2.31-45; 7.1-7)

Nabucodonosor teve seu reinado iniciado em 604 a.C. e se tornou um dos principais soberanos de sua época. Conquistou boa parte da Ásia e do Oriente Médio, inclusive Jerusalém, levando cativo os judeus para Babilônia em 606, 597 e 586 a.C., respectivamente. O profeta Daniel esteve frente a este desesperado governante que havia recebido uma das mais importantes revelações acerca do futuro da humanidade através de um sonho, interpretação confirmada depois em visão (Dn 7.1-7).

a) Cabeça de ouro – primeiro animal (Leão)

  • A cabeça de ouro simbolizava o poderoso império Babilônico, que passaria e daria lugar a outro (Atual território do Iraque);

 

b) Peito e braço de prata – segundo animal (Urso)

  • O peito e braços de prata representava o império Medo-Persa, que se levantaria após a Babilônia, através das conquistas do grande Imperador Ciro em 539 a.C. (atual território do Irã).

 

c) Ventre e coxas de bronze – terceiro animal (Leopardo)

  • Duzentos anos mais tarde, o imperador Alexandre, o Grande comandando o império grego derrotou o império Medo-Persa e se estabeleceu como potência mundial (cultura grega, helenização).

 

d) Pernas de ferro – quarto animal (Animal espantoso)

  • Em 168 a.C., o império grego sucumbiu diante da força de Roma, o mais extenso e poderoso império que já existiu (dominação pela força).

 

e) Pés em parte de ferro e em parte de barro

  • Isto não simbolizava o surgimento de um novo império, mas sim identificava a divisão do império romano em dez reinos, por volta de 476 d.C., conforme numeração dos dedos dos pés da estátua de Nabucodonosor.

Fonte: Apostila Curso Básico de Teologia do SETEM – Seminário Teológico Manancial. Elaboração: Pb. Ailton da Silva

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário