6) CAUSAS DE MALDIÇÕES
Causas
de maldição são pecados ou iniquidades de âmbito familiar ou territorial
diretamente ligados à pessoa. Todo pecado não redimido produz maldição. Cada
pecado impõe um certo castigo, principalmente aqueles que não foram
arrependidos. Portanto existem três tipos de maldições:
- Maldições do presente: relativas aos pecados praticados pessoalmente e ainda não resolvidos suficientemente pela cruz;
- Maldições do passado: relativas às iniquidades praticadas e não resolvidas do passado genealógico ou pela verbalização de pragas ou palavras de rejeição lançadas pelos antecedentes;
- Maldições territoriais: relativas aos pecados praticados que contaminam a terra legalizando a instalação dos espíritos territoriais.
7) CAUSAS DE MALDIÇÕES
MAIS FREQUENTES
a) Iniquidade dos pais
– herança familiar
Iniquidade embute dois conceitos básicos: pecados não resolvidos ou nunca confessados que se repetem a cada geração e também o castigo que esses pecados acarretam para as gerações futuras.
“E vossos filhos serão pastores no deserto quarenta anos, e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que os vossos cadáveres se consumam neste deserto" (Nm 14.33).
Em Gênesis 12 vemos a passagem em que Abraão, orientado por Deus, deixa a terra dos caldeus, Ur, e vai até Canaã. Ficou em Betel e veio grande fome, deixando de lado os planos de Deus e desceu para o Egito. Ali ele se complicou, pois mentiu para Faraó e depois voltou para Canaã, mas o mesmo aconteceu com seus descendentes:
“Então disse o Senhor a Abraão: sabe com certeza que a tua descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos” (Gn 15.13).
O
erro de Abraão custou à sua descendência quatrocentos anos de escravidão no
Egito. É exatamente isso que a Bíblia está afirmando. A tendência é endossar a
visitação pecaminosa, como podemos ver no exemplo da idolatria do rei Jeroboão,
quando Israel se separou de Judá. Todos os reis foram sucessivamente repetindo
o pecado de Jeroboão: Nadabe, Baasa, Onri, Acabe, Acazias, Joacaz, Jeoás,
Jeroboão, Zacarias, Pecaia. Depois vem o reinado de Oséias e Israel é levado a
cativeiro e na destruição da nação. Até hoje estas dez tribos que formavam a
nação de Israel encontram-se dispersas!
b) Quebra de aliança
Quebra de aliança no casamento: o pecado do adultério e divórcio traz consequências desastrosas.
“Portanto,
guardai-vos em vosso espírito, e que ninguém seja infiel para com a mulher da
sua mocidade. Pois eu detesto divórcio, diz o Senhor de Israel, e aquele que
cobre de violência o seu vestido; portanto cuidai de vós mesmos, diz o Senhor
dos exércitos; e não sejais infiéis” (Ml 2.16).
No caso de Abraão e
Hagar, a poligamia causou uma desestrutura familiar e desencadeou um conflito
entre os descendentes de Ismael e Isaque, que continuam até hoje, ameaçando a
paz mundial. Quando Davi adulterou com Bate-Seba, trouxe uma maldição mortal
sobre sua família e descendência.
“Agora,
pois, a espada jamais se apartará de sua casa, porquanto me desprezaste e
tomaste a mulher de Urias, para ser tua mulher” (Sm 12.10).
c) Quebra de aliança com Deus
A apostasia é um dos mais
graves níveis de quebra de aliança. É denominada por Oséias e Paulo como
prostituição espiritual. Em Deuteronômio 28 temos uma lista com mais de 50
versículos de maldições que vêm com desobediência a Deus. É a consequência de
erros, pecados fazendo a quebra da aliança.
d) Idolatria
A maldição da
idolatria é que a pessoa se torna tal como ídolo. Há uma permutação de
identidade. O ídolo para a pessoa passa a andar, falar, ouvir, etc., e a pessoa
se torna insensível espiritualmente embrutecida como o ídolo, sem perceber.
“Maldito o
homem que fizer imagem esculpida, ou fundida, abominação ao Senhor, obra da mão
do artífice, e a puser em um lugar escondido. E todo o povo, respondendo, dirá:
Amém” (Dt 27.15).
“Os ídolos
deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Tem boca, mas não falam; tem
olhos, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz. Mas não cheiram;
Tem mãos, mas não apalpam, têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua
garganta. Semelhantes a eles sejam os que fazem, e todos os que neles confiam“
(Sl 115.4-8).
É comum vermos
pessoas que tiveram grande envolvimento com idolatria ou que também carregaram
imagens em procissões terem problemas de fraturas, fortes dores nas juntas,
dores e peso na coluna, extrema cegueira espiritual, etc. Tornam-se rígidas,
quebradiças e insensíveis como as imagens que adoram e confiam.
e) Rebelião contra os pais
A rebelião contra os
pais gera uma série de maldições:
- Sequidão, miséria e esterilidade: “... E, havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a passar necessidade (Lc 15.14);
Essa
foi a maldição do filho pródigo:
- Cegueira e perdição: “O que amaldiçoa a seu pai ou a sua mãe, apargar-se-lhe-á a sua lâmpada e ficará em trevas densas" (Pv 20.20);
- Morte prematura: “... visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem” (Ex 20.5). Além da pessoa ficar perdida em relação ao propósito da sua existência, outros morrem cedo ou experimentam um estado de sobrevivência lastimável em relação a muitas áreas da vida.
f) Pecado encoberto
Ocultamento de
pecados também destrói a estrutura de vida, pois a vida passa a ser
extremamente dura para a pessoa. Ao invés de experimentar misericórdia, está
sempre sendo espancada na vida. Um pecado não é perdoado, enquanto estiver
encoberto. “Enquanto calei o meu pecado, consumiram-se os meus ossos pelo
bramido durante o dia todo" (Sl 32.3).
“O que
encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa,
alcançará misericórdia” (Pv 28.13). Traz ruína espiritual e falta de
prosperidade.
g) Falta de perdão
Esse é um ponto
extremamente relevante. O grande trunfo de Satanás é a falta de perdão mediante
injustiças sofridas. Se oferecermos aos outros uma graça inferior à que recebemos
de Deus, praticamos injustiça. A própria salvação corre risco, pois a falta de
perdão anda de mãos dadas com a apostasia.
“Então o
seu senhor, chamou-o á sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda
aquela dívida, porque me suplicaste; não devias tu também ter compaixão do teu
companheiro, assim como eu tive de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou
aos apresentadores, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim vos fará meu
Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão” (Mt,
18.32-35).
h) Jugo desigual
Jugo desigual é uma
aliança espiritual com demônios, consolidada através de sociedades ou
casamentos com pessoas ímpias. Se você se casa com uma pessoa que não é filha
de Deus, terá por sogro um deus estranho e em vez de trazer Deus para abençoar,
você estará trazendo demônios para amaldiçoar seu casamento. Essa foi a
transgressão de Salomão.
“Não pecou
nisto Salomão, rei de Israel? Todavia entre muitas nações não havia rei
semelhante a ele, e ele era amado de Deus, e Deus o constituiu rei semelhante a
ele, e ele era amado do seu Deus, e Deus o constituiu rei sobre todo Israel.
Não obstante isso, as mulheres estrangeiras o fizeram cair no pecado" (Ne
13.26).
i) Palavras proferidas por pais e autoridades
Estas foram as
palavras de Josué após a destruição de Jericó:
“também
nesse tempo Josué os encorajou, dizendo: maldito diante do Senhor seja o homem
que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó. E, com a perda do seu
primogênito afundar a, e com a perda do seu filho mais novo de colocar as
portas” (Js 6.26).
Séculos depois essa
palavra não havia perdido o seu vigor. “Em seus dias, Hiel, o betelita,
edificou Jericó. Quando lançou os seus alicerces, morreu-lhe Abirão, seu
primogênito; e quando colocou as suas portas, morreu-lhe Segube, seu filho maus
moço; conforme a palavra do Senhor, que ele falara por intermédio de Josué,
filho de Num" (1 Re 16.34).
j) Todo envolvimento com espiritismo, feitiçaria e satanismo
Sofrimento
multiplicado, perda de filhos e viuvez precoce, distanciamento de Deus,
destruição, morte e todo tipo de miséria constituem as maldições do
envolvimento com o ocultismo.
“As dores
se multiplicarão aqueles que fazem oferendas a outro deus" (Sl 16.4).
“Não se
achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem
adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador,
nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os
mortos; pois todo aquele que faz essas coisas é abominável ao Senhor, e é por
causa destas abominações que o senhor teu Deus os lança fora de diante de ti”
(Dt 18.10-12).
Tudo que foi recebido
no espiritismo precisa ser radicalmente renunciado. É muito comum vermos
pessoas em posições estratégicas de intercessão ministrando com dons espíritas
na igreja. Essa distorção acarreta confusão e maldições.
k) Invocação do espírito de morte
- Toda vez que uma tentativa de suicídio é praticada, a pessoa torna-se ainda mais deprimida e com profundo sentimento de fracasso em relação ao motivo pelo qual desejou tirar a sua própria vida. Suicídio traz um legado de depressão e fracassa para a linhagem;
- O aborto, além de trazer um legado de morte sobre a descendência, também enclausura a pessoa em um contexto de esterilidade, em áreas específicas da vida, sucesso profissional, financeiro, espiritual, sentimental etc. O espírito de morte interrompe a geração de frutos e a realização pessoal sob vários aspectos;
- Rezar e prestar devoção a santos católicos ou ortodoxos ou cultuar um morto. A invocação de mortos é um ato de feitiçaria. Cada vez que isso ocorre, a pessoa está caindo do engano da necromancia. Entidades demoníacas camuflam-se através da identidade dos santos, operando exatamente o oposto. “O homem ou a mulher que consultar os mortos ou for feiticeiro, certamente será morto. Serão apedrejados, e o seu sangue será sobre eles” (Lv 20.27). Por exemplo, cidades que têm como padroeiro o “santo” Antônio, que é o famoso santo casamenteiro, são detentoras do maior índice de divórcio, mães solteiras e solteironas. Devotos de São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis, estão sempre enfrentando desastres e perdas irreversíveis. Tudo isto induz a pessoa a uma dependência maior ainda da entidade.
l) Roubo
A prática do roubo traz
uma maldição na prosperidade, pessoas ficam escravas de dívidas, sempre
passando necessidades. Basicamente é necessário mais que o arrependimento. Tem
de acontecer a confissão e também a restituição, quando possível. Para aplicar
esses princípios, o mais importante é estar genuinamente sob a orientação do
Espírito Santo. O enriquecimento ilícito é uma forma direta de vender a família
e da mesma forma que a pessoa enriquece, acaba perdendo tudo. O diabo, nesses
casos, permite que a pessoa tenha riquezas para servir a seus interesses. São
riquezas dadas e tiradas a partir do momento em que a pessoa ameaça mudar seus
valores espirituais.
m) Perversão sexual
Amon e Moabe são
ícones da perversão sexual. São os filhos de uma relação incestuosa entre Ló e
suas filhas. Alugaram Balaão contra Israel. O Conselho de Balaão.
“Nenhum
amonita e nem moabita entrará na Assembleia do Senhor; nem ainda a sua décima
geração entrará jamais Assembleia do Senhor; e por quanto alugaram contra ti a
Balaão, filho de Petor, da Mesopotâmia, para te amaldiçoar” (Dt 23.3,4).
A sensualidade e o
sexo como idolatria é uma ponte para o ocultismo. A perversão sexual gera
maldições de caráter hereditário, impondo uma extrema resistência para que a
pessoa não consiga permanecer no corpo de Cristo. É fundamental fazer um
desligamento de alma em relação a todas as pessoas com quem você manteve
relação sexual ilícita. A prostituição amaldiçoa simultaneamente a vida sexual
e financeira. Tudo o que é adquirido com o dinheiro da prostituição vem com uma
terrível dose de contaminação espiritual.
“Não traz o salário da prostituta nem o aluguel do sodomita para casa do Senhor teu Deus por colocar voto, porque uma e outra coisa são igualmente abomináveis ao Senhor teu Deus” (Dt 23.18).
A homossexualidade destrói a identidade sexual, levando aos níveis mais abomináveis de corrupção importação.
”Se um homem se deitar com outro homem, como se fosse com mulher ou, ambos terão praticado abominação; certamente serão mortos; os seus sonhos será sobre eles” (Lv 20.13).
A bestialidade se caracteriza pela prática sexual com animais. A maldição da bestialidade é confusão, pois em toda relação sexual existe um compartilhamento de identidade. Os envolvidos na relação tornam-se uma só carne. É muito comum pessoas que praticaram bestialidade começarem a desenvolver hábitos dos animais com quem se relacionaram.
“Se uma mulher se
chegar a algum animal, para ajuntar-se a ele, matará a mulher e bem assim o
animal" (Lv 20.16).
n) Incesto:
Envolvimentos entre
pais e filhos, acarretando uma profunda marca na alma da pessoa ferida.
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