2) A CONTAMINAÇÃO DO MINISTÉRIO:
Mesmo com todos os fatos ocorridos, pós
avivamento, o povo permitiu que o Templo fosse profanado, através de
aparentamentos ilícitos e por concessões a homens que não deveriam se imaginar
em tais condições.
Talvez durante a primeira administração
de Neemias tenha havido este tipo de pensamento entre autoridades religiosas,
mas a presença forte do líder inibiu qualquer tentativa de mistura e
contaminação.
Mas tão logo Neemias voltou para Susã,
Eliasibe, o sacerdote, não somente concordou com o parentesco como também
introduziu Tobias no Templo e o acomodou confortavelmente, tirando de uma das
dependências o azeite, ofertas, dízimos, incenso, utensílios
e consequentemente, a santidade, reverência e espiritualidade tiveram que dar
lugar ao declarado inimigo da reconstrução. Agora o segundo estado da cidade
era pior que o primeiro.
Eliasibe, em vez de usar sua influência
como benção, a usou justamente para desestruturar a fé do povo. A parcialidade,
o aparentamento ilícito, o favorecimento se tornaram falhas graves, uma
verdadeira apostasia, pois não somente se aliou ao inimigo como também o levou
para dentro do Templo, dando-lhe condições para tirar as forças como também
para minar a espiritualidade do povo.
3) O RETORNO E A INDIGNAÇÃO DE NEEMIAS:
A irritação de Neemias foi pelo fato do sacerdote ter cedido um cômodo do Templo para uma pessoa que antes havia levantado barreiras para a reconstrução da cidade, injuriado, zombado, armado ciladas e até mesmo ameaçado de morte, além do mais, pela Lei, Tobias era proibido até mesmo de se aproximar (Dt 23.3). Este erro do sacerdote afungentou os levitas e cantores, que preferiram a vida dura do campo.
a) Verdadeira intenção de Neemias:
Tobias, provavelmente com o passar dos
tempos poderia subtrair bens ou alguns dos tesouros do Templo. A grande
preocupação de Neemias era com o livre transito daquele incircunciso. Certamente
se enriqueceria a custa das ofertas e dízimos da casa de Deus e faria uso
conforme o seu bel prazer.
Neemias não toleraria a corrupção e o
abuso de autoridade por parte dos sacerdotes. Os recursos que entravam no
Templo deveriam ser administrados de forma transparente e longe dos olhares de
incircuncisos, tal como ocorria na igreja primitiva que sempre usou os recursos
financeiros com zelo, transparência e sabedoria para expansão do reino de Deus
(At 4.32-37; 6.1-4).
continua...
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