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domingo, 25 de dezembro de 2011

Fazei "isto" em memória e não aquilo

[...] fazei isto em memória de mim (I Co 11:24).
[...] fazei isto todas as vezes que beberdes em memória de mim (I Co 11:25).

Nascimento único e não houve nenhuma manifestação, ensino ou ordenança quanto a comemorações ou repetições, bem diferente da morte e ressurreição, mas o que indigna é que a humanidade faz justamente o contrário, pois comemoram o nascimento e desprezam o sacrificio vicário (morte e ressurreição).

Seria interessante, se houvesse, como no caso da ceia (lembrança do sacrifício de Jesus) uma ordenança, que fosse, em respeito ao nascimento, tipo: Ó nações! Parem e comemorem. Bebam e comam em memória. Parar porque? Comemorar o que? Beber e comer o que? E com qual finalidade? Seria possível imaginarmos a comemoração anual do natal para relembrarmos o sacrifício de Jesus ou agradecer-lhe pela sua atenção dispensada à humanidade.

Creio que se fosse assim teríamos igrejas comemorando isto semanalmente, mensalmente e alguns anualmente, se fazem isto com a ceia, que temos a ordenança, imaginem então com o natal que sequer é mencionados nas sagradas escrituras (fruto da imaginação popular, folclore religioso, 100% sincretismo ao longo dos séculos).

A presepada do presépio:
a) Reis Magos:
Reis magos? Eram apenas magos (Mt 2:1), estudiosos, adivinhadores que provavelmente conheciam boa parte das profecias messiânicas. Acho que conheciam mais que os próprios hebreus, pois perceberam o sinal e acreditaram. Como homens de outras regiões da terra poderiam acreditar naquele sinal, mesmo conhecendo a essência da promessa? E os maiores interessados repousavam em suas casas ainda esperando o Messias valente, general, com tanques de guerra e grande exército.

b) Porque a estrela:
Esta foi a forma singela que Deus se revelou a Israel, sem causar dano ou alvoroçar toda a nação. Imaginem se em vez de uma estrela o sinal fosse outro? Um furacão. Os magos não seguiriam, mas sim correriam. Os hebreus gostariam que fosse, pois olhariam para o céu e louvariam a Jeová pelo furacão. Os inimigos seriam varridos da terra e eles viveriam livres. Ou então poderia ser um terremoto. Imaginemos os magos seguindo os abalos sísmicos até chegarem ao epicentro do evento.

c) Quando a estrela apareceu?
Ela apareceu no dia do nascimento? Ou na véspera? Ou semanas, meses, anos antes? Se apareceu no dia, ai eu acreditaria que os magos eram mágicos, super poderes, pois como sairiam de suas terras no dia 24 de dezembro (?????) a noitinha para estarem no outro dia na Judéia logo pela manhã.

Na véspera também não seria possível, pois não daria tempo, mesmo que viessem de “Air Camelus” de última geração, não conseguiriam chegar a tempo. Muito menos se fossem habitantes de Samaria, Galiléia, faixa de Gaza, Cisjordânia, seria impossível. Acho que se os magos morassem em algum das quatro regiões da Jerusalém moderna não conseguiram também, pois seria tantos os impedimentos, entre os próprios judeus se levantariam muitos para impedirem-nos ou desanimá-los.

O certo é que os magos não chegaram no dia exato do nascimento de Jesus, pois eles testemunharam para Herodes que o evento já havia acontecido (Mt 2:2), portanto não chegaram antes e tampouco no dia, mas sim muitos dias depois.

d) Os magos perderam a noção do tempo:
eles não conseguiram precisar o tempo decorrido desde o dia em que viram a estrela pela primeira vez, por isto Herodes mandou matar todos os meninos que havia em Belém, segundo o que calculara pelo depoimento dos magos (Mt 2:16).

e) Onde está o menino?
Depois que se despediram de Herodes continuaram a jornada, de acordo com a rota estabelecida pela estrela, até o momento em que ela parou. Sobre onde? Uma gruta, uma caverna ou uma casa (Mt 2:11).

Seria um sítio, fazenda ou um lugar onde tinha muitos animais? Na estalagem não encontraram vaga (Lc 2:7), mas não vejo motivos para baterem de porta em porta pedindo guarida. Imaginem um carpinteiro, uma mulher que ouvia vozes (dos anjos que lhes fizeram o anúncio), reclamando de dores, cansaço e fome. Como eles ficariam peregrinando de bairro a bairro. De carro hoje seria impossível. E o que dizer da cidade de Belém, que não era a menor das capitais de Judá, mas também não era aquela formosura.

O local do nascimento foi propicio a permanência dos pastores que foram render-lhes graças. O certo é que havia muitos animais presenciando aquela cena, mas do lado de fora da casa, assim como hoje muitos ficam horas e horas apreciando um presépio. Não enjoam?

Por: Ailton da Silva

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