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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Teologia do "Detentor" - II Ts 2.7

I. A Identidade do "Detentor"
A relação entre o Espírito e a tribulação é em grande parte apurada pela interpretação de 2 Tessalonicenses 2.7,8. Alguém afirmara erroneamente que os tessalonicenses já estavam no dia do Senhor. Para corrigir essa interpretação equivocada, Paulo afirma que eles não podiam estar no dia do Senhor, pois aquele dia não viria até que o iníquo fosse revelado. Sua manifestação era impedida pela obra de detenção dAquele cujo ministério permaneceria. Apenas após a retirada desse detentor é que o iníquo seria revelado e o dia do Senhor começaria.

Chafer escreve: A verdade central da passagem em discussão é que, embora de há muito Satanás quisesse ter consumado seu plano maligno para o cosmo e ter introduzido seu último governante humano, há um Detentor que impede essa manifestação para que esse plano de Satanás seja desenvolvido e completado somente na hora designada por Deus. (Lewis Sperry CHAFER, Systematic theology,IV, p. 372).

João testemunha que o plano de introduzir o iníquo havia começado a operar em sua época (l Jo 4.3). Esse plano satânico continuou ao longo dos séculos, mas foi controlado pelo Detentor.

A. Quem é o Detentor? Várias respostas já foram dadas quanto à identidade desse agente de detenção.
1. Alguns acreditam que o detentor fosse o Império Romano, sob o qual Paulo viveu. Reese diz:
A interpretação melhor e mais antiga é que Paulo hesitou em descrever com palavras o que queria dizer, porque tinha em mente o Império Romano. A influência impessoal era o sistema magnífico de lei e de justiça em todo o mundo romano; isso controlava a iniqüidade e o iníquo. Então a linhagem de imperadores, a despeito de seus indivíduos ímpios, tinha a mesma influência. (Alexander REESE, The approaching advent of Christ, p. 246.)

2. Uma segunda opinião, intimamente associada à anterior, é a de Hogg e de Vine, segundo os quais o detentor era o governo e a lei humana. Eles escrevem:
No devido tempo o império babilônico, a cujo rei as palavras foram ditas, foi substituído pelo persa, este pelo grego, e este, por sua vez, pelo romano, que floresceu na época do apóstolo [...] As leis sob as quais esses estados subsistem foram herdadas de Roma, da mesma forma que Roma as herdou dos impérios que a precederam. Assim, as autoridade existentes são instituídas por Deus [...] a autoridade constituída deve agir para deter a iniqüidade. (C. F. HOGG & W. E. VINE, The Epistles of Paul the Apostle to the Thessalonians, p. 259-60).

Vemos nitidamente que "as autoridades que existem foram por ele instituídas" (Rm 13.1). No entanto, o poder humano não parece ser uma resposta satisfatória à identidade do detentor. Walvoord escreve:
O governo humano, no entanto, continua durante o período tribulacional no qual o iníquo é revelado. Embora todas as forças de lei e ordem tendam a deter o pecado, elas não o fazem por seu próprio caráter, mas à medida que são usadas para alcançar esse fim por Deus. Parece uma interpretação preferível entender que toda a detenção do pecado, independentemente dos meios, procede de Deus como ministério do Espírito Santo. Como Thiessen escreve: "Mas quem é o detentor? Denney, Findlay, Alford, Moffatt afirmam que isso se refere à lei e à ordem, especialmente como incorporadas no Império Romano. Mas, conquanto governos humanos possam ser agentes no trabalho de detenção do Espírito, cremos que eles, por sua vez, são influenciados pela igreja. E, ainda, atrás do governo humano está Deus, que o instituiu (Gn 9.5,6; Rm 13.1-7) e o controla (Sl 75.5-7). Então é Deus, pelo Seu Espírito, que detém o desenvolvimento da iniqüidade". (John F. WALVOORD, The Holy Spirit, p. 115)

3. Um terceira opinião é que Satanás é o detentor. Um defensor dessa opinião escreve:
Por que todo o mundo deveria concluir que esse detentor deve ser algo bom? Esse poder de detenção não poderia ser o próprio Satanás? Ele não tem um plano para a manifestação do filho da perdição, assim como Deus tinha uma hora designada para a encarnação de Seu Filho divino? (MRS. George C. NEEDHAM, The Anti-Christ, p. 94).

A resposta óbvia a essa alegação seria a resposta do Senhor aos que O acusaram de fazer Seus sinais por poder satânico: "Se uma casa estiver dividida contra si mesma, tal casa não poderá subsistir" (Mc 3.25). Além disso, a retirada desse detentor não liberta o mundo da atividade satânica, como ocorreria se Satanás fosse o detentor, mas o lança no mundo com uma fúria descontrolada (Ap 12.12). Walvoord diz:
Essa idéia dificilmente é compatível com a revelação de Satanás nas Escrituras. Satanás jamais recebe poder universal sobre o mundo, apesar de sua influência ser incalculável. Um estudo de 2Tessalonicenses 2.3-10 mostra que aquele que detém sai de cena antes que o iníquo seja revelado. Isso não poderia ser dito sobre Satanás. Pelo contrário, é no período tribulacional que o trabalho de Satanás é mais evidente. As Escrituras o apresentam lançado na terra e liberando sua fúria nesses dias trágicos (Ap 12.9). A teoria de que Satanás é o grande detentor da iniqüidade é, conseqüentemente, impossível. (WALVOORD, op. cit., p. 116)

4. Uma quarta interpretação é a de que o detentor é a igreja. Reconhece-se que os crentes são comparados a sal, um conservante, e à luz, agente purificador, dissipador de trevas. Concorda-se que a igreja poderia ser um dos meios pelos quais a detenção é sentida, mas o canal não poderia agir ao mesmo tempo como agente. Stanton escreve: . .. a igreja é, no máximo, um organismo imperfeito, perfeito em posição diante de Deus, com certeza, mas experimentalmente, diante dos homens, nem sempre pura e livre de acusação. Como o governo humano, a igreja é usada por Deus para impedir a manifestação total do iníquo no presente século, mas o que detém efetivamente não é o crente, mas Aquele que dá poder ao crente, o Espírito Santo que vive nele (Jo 16.7; I Co 6.19). Sem Sua presença, nem a igreja nem o governo teriam a habilidade de impedir o plano e o poder de Satanás. (Gerald STANTON, Kept from the hour, p. 110.).

5. A quinta interpretação é a que afirma que o detentor é o Espírito Santo. O autor mencionado acima dá razões para apoiar essa conclusão.
a) Por mera eliminação, o Espírito Santo deve ser o detentor. Qualquer outra hipótese deixa de preencher as exigências [...]

b) O iníquo é uma pessoa, e suas operações abrangem o reino espiritual. O detentor deve, da mesma forma, ser uma pessoa e um ser espiritual [...] para deter o Anticristo até a hora de sua revelação. Meros agentes ou forças espirituais impessoais seriam insatisfatórios.

c) Para alcançar tudo o que deve ser realizado, o detentor deve ser um membro da Trindade. Deve ser mais forte que o iníquo e mais forte que Satanás, que energiza o iníquo. Para deter o mal no decorrer dos séculos, o detentor deve ser eterno [...] O campo de ação do pecado é o mundo inteiro: logo, é imperativo que o detentor seja alguém não limitado pelo tempo e espaço [...]

d) Essa era é de certa forma a "dispensação do Espírito", pois Ele trabalha agora de maneira diferente de outros séculos como uma Presença residente nos filhos de Deus [...] A era da igreja começou com o advento do Espírito no Pentecostes e terminará com o inverso do Pentecostes, a retirada do Espírito. Isso não significa que Ele não estará operando — apenas que não
será mais residente.

e) O trabalho do Espírito desde Seu advento incluiu a detenção do mal [...] João 16.7-11 [...] l João 4.4. Como será diferente na tribulação [...]

f) [...] apesar de o Espírito não ter residido na terra durante os dias do Antigo Testamento, assim mesmo exerceu influência detentora [...] Isaías 59.19b... (Ibid., p. 111-5)

O trabalho do Espírito Santo com os crentes na tribulação.
O fato de que o Espírito Santo é o detentor, a ser retirado da terra antes do início da tribulação, não deve ser interpretado como uma negação de que o Espírito Santo seja onipresente, ou de que continue a operar no final desta era.

O Espírito trabalhará dentro e por meio de homens. Só se insiste em que os ministérios exclusivos do Espírito Santo ao crente neste presente século (batismo, I Co 12.12,13; habitação, I Co 6.19,20; selo, Ef 1.13; 4.30 e enchimento, Ef 5.18) terminarão. Sobre essa questão Walvoord escreve:
Há pouca evidência de que os crentes serão habitados pelo Espírito durante a tribulação [...] O período tribulacional [...] parece voltar às condições do Antigo Testamento de várias maneiras; e, no período do Antigo Testamento, os santos jamais foram habitados permanentemente exceto em casos isolados, apesar de serem encontrados vários casos de plenitude do Espírito de capacitação para serviço. Considerando todos os fatores, não há evidência da presença habitadora do Espírito Santo nos crentes durante a tribulação. Se o Espírito residir no crente durante a tribulação, no entanto, segue-se que serão selados pelo Espírito, pois o selo é a Sua própria presença neles. (WALVOORD, op. cit., p. 230).

Trecho extraído do livro: Manual de Escatologia. Uma análise detalhada dos eventos futuros. J. Dwight Pentecost, Th.D. Editora Vida. Tradução: Carlos Osvaldo Cardoso Pinto, Th.M.
  
Por: Ailton da Silva

Lembranças de mocidade





Jovens do início dos anos 90 sabe muito bem o que é isto!
Louvores datilografados em papel sulfite

Por: Ailton da Silva

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mensagem 56: José: sua caminhada ainda está na metade



Introdução – Gn 37.11-17
Os irmãos de José foram apascentar o rebanho bem longe de suas terras, talvez motivado pela inveja e ciúmes, que não admitiam ter do irmão (v.11), mesmo que fosse pela seca ou escassez de pasto, mas nada justificava aquele distanciamento.

a) A inveja santa ou santânica.
Dez irmãos invejando a situação do preferido do pai (v. 3), que aumentava a cada dia devido aos sonhos que contava a todos (v. 5) e também pela má fama que levava ao conhecimento de Jacó (v. 4).

b) “Eis me aqui”.
Jacó sabia onde estavam o seus filhos, José também, mas a distância era grande. De Hebrom a Siquém não daria para percorrer em poucas horas (v. 4). Mais ou menos algo em torno de 80 a 100 km (conforme escala do mapa ilustrativo da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, página 63). Talvez a mesma distância percorrida por Abraão, quando foi oferecer Isaque em sacrifício (Gn 22.1-3, conforme escala do mapa ilustrativo da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, página 37).

Diante de tudo isto ele não mediu esforços e prontamente respondeu ao seu pai. Aceitou a missão e não olhou para os obstáculos, mesmo sabendo que seus irmãos não os viam com bons olhos. Realmente são poucos os que respondem desta forma. Se fosse ao contrário, será que seus irmãos iriam ao seu encontro?

c) A missão: vá, vê e retorne (COM RELATÓRIO, RESPOSTAS).
Não era tão somente um passeio, um lazer ou uma viagem para conhecer outros lugares, pois ele foi incumbido de trazer noticias, assim como faziam quando estavam perto (v. 2). Não tinha como não entendermos esta missão suicida, já que ao chegar ao local deveria averiguar a situação, fazer perguntas aos irmãos e dizer a eles que voltaria para contar tudo ao pai. Os dez certamente não permitiriam isto, sabe lá o que José poderia contar?

O lado perigoso, e ao mesmo tempo, valioso da missão estava justamente neste possível retorno com relatório.

d) “Adeus meu filho”
Jamais Jacó imaginava que estivesse dando adeus ao seu filho, ou que então estivesse, naquele momento, tirando dele o gosto por aquelas terras, pois mesmo quando teve autoridade e recursos para retornar ele não quis (Gn 45.9; 46.28-29).

e) O varão que sempre aparece quando estamos no caminho errado.
Enfim José partiu, mas no meio do caminho se perdeu (v. 15) e foi encontrado por um varão, que lhe perguntou o que fazia sozinho naquela região, o que ele estava procurando. Como se precisasse da resposta.

Talvez este varão seja o mesmo que apareceu a Agar, em duas ocasiões e porque não citarmos o caso de Adão. Em tais oportunidades foram feitas perguntas semelhantes:
·         “de onde vens e para onde vais” (Gn 16.8);
·         “o que tens” (Gn 21.17);
·         “onde estás”, “quem te mostrou” (Gn 3.9,11).

Havia necessidade destas perguntas? Ele sabia do ocorrido com Adão, sabia de onde Agar estava vindo e para onde imaginava ir, conhecia o medo que estava no coração dela, mas era necessário que todos eles confessassem seus erros e declarassem suas situações com suas próprias bocas.

Foi isto que aconteceu com José, pois ao ouvir a pergunta ele prontamente respondeu: “Procuro meus irmãos, dize-me, peço, onde eles apascentam” (v. 16). Em outras palavras, aquele jovem declarou que não havia desistido de sua missão, que o seu foco ainda era seus irmãos.

f) “Ouvi-lhes dizer: Vamos a Dotã”.
Se fossem nos dias atuais, aconselharíamos os filhos a acreditarem no primeiro que encontrassem pelas ruas? E pior, seguiríamos os seus conselhos? José acreditou de pronto naquele varão e seguiu a direção indicada por Ele.

José não questionou a resposta do varão, não perguntou se tinha certeza do que estava falando, pois a firmeza com que a resposta foi dada não sobrou dúvidas quanto a veracidade das informações.

O varão não disse que esteve com os irmãos, ou que os conheceu, disse apenas que ouviu, de longe ou de perto, não importa, Ele ouviu, pois não precisa estar perto e mesmo que estivessem somente pensando em ir para Dotã, Ele também saberia (Sl 139.4).

g) José foi enviado para correr perigo?
Se foi providência de Deus aquele encontro, porque então José não foi livrado das mãos de seus irmãos e de todo o sofrimento de sua vida, pós traição?

Ele foi enviado pelo pai para uma missão e estava somente na metade do caminho, teria que andar um pouco mais, mesmo que poderia desistir e voltar derrotado para suas terras.

Resolveu continuar, conforme orientações recebidas, pois para ter a certeza de que estava agradando o pai era necessário que continuasse sua jornada.

Ele estava caminhando em direção ao trabalho, ao inicio de sua missão e não ao sofrimento. Deus começava a trabalhar em sua vida a partir deste momento. Para que se realizassem os sonhos (v. 7), ele deveria passar por tudo aquilo, começando pela cova e pelas perdas de sua túnica, família e história.

Conclusão:
José recebeu uma missão do “pai” e se prometeu que cumpriria. Talvez tenha imaginado que em Siquém terminaria e voltaria para casa, mas a sua missão ainda não estava completa, deveria continuar. Deus queria algo a mais dele. Os sonhos se cumpririam, a partir deste momento.


Por: Ailton da Silva

Mateus 13 x Apocalipse 2-3

Por: Ailton da Silva

terça-feira, 29 de maio de 2012

Definição de anticristo: etimológica e teológica


Por: Ailton da Silva

conteúdo da Bíblia



Esta carta, dirigida à “senhora eleita e aos seus filhos”, adverte os cristãos quanto aos falsos profetas.

Extraído da seção: "Ajuda ao leitor" - Bíblia Sagrada - Harpa Cristã – Baureri


Por: Ailton da Silva

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Eliã Oliveira - Gideão e os trezentos



Por: Ailton da Silva

Deus Cuida de Mim - Kleber Lucas



Por: Ailton da Silva

proposta da lição 10 - que venha o AC (anticristo)

Por: Ailton da Silva

lição 9 - pós aula


Caminho das águas: de um lado Colossos, do outro Hierapólis e ao meio Laodicéia;

Caminho da igreja: acima tínhamos Filadélfia, abaixo Sardes e ao meio Laodicéia

Porque Deus haveria de aturar os mornos de Laodicéia? Porque Deus haveria de aturar os galhos que não dão frutos (Jo 15.2);

Laodicéia vivia uma santidade regressiva, aos poucos ia caindo e não percebia;

Santidade progressiva: subir degrau a degrau, tomando cuidado com o inimigo que tentará nos derrubar escada a baixo, ou como frisou um dos alunos “o homem também pode regredir degrau a degrau, bem devagar”;

O mundo dito cristão, da época, não conhecia Laodicéa. A carta revelou a situação espiritual da igreja. Será que alguns vizinhos não abriram a boca abismados? “Pensavamos ou eles pensavam que estavam na direção. Alguns deles diziam que salvação era somente ali, que dons espirituais e curas era somente na igreja deles”;

Laodicéia buscava riquezas terrenas, mas já não eram tão ricos? Não bastava o que já possuíam? Certamente não poderiam guardar o que tinham, pois os tesouros eram temporais;

A religião naquela igreja era produto de simulação, falsa. Em um momento de sua história ela agradou a Deus, tanto que foi advertida sobre a possibilidade do vômito;

A cidade estragou a igreja? Se fosse assim a família, amigos, profissão, escola, vizinhos também fariam o mesmo estrago;

Cuidado para não abrir a porta para a pessoa errada, pois o inimigo está “as portas bramando como leão” e a mornidão também;

Recado de Jesus para Laodicéia: “Comigo não tem meio termo”;

Jesus utilizou-se do contexto histórico (reconstrução), geográfico (problemas com a água), econômico (produção e venda de vestes e colírio) e social (de nada tinham falta, cuidavam da visão alheia e esqueciam a deles) para falar com aquela igreja;

Os laodicenses agradavam o mundo, pois a água que ofereciam não era muito quente (severa) e tampouco fria (balde de água fria nos sonhos do povo). Aquela água era ideal para: banho, turismo, passar algumas horas conversando, para bate-papo, mas para o principal ela não servia, para matar a sede;

Como era bom confiar nas águas dos vizinhos. Porque não cavaram? Porque não elaboraram projetos mais arrojados? Era melhor ficar à sombra esperando que outros fizessem algo por eles. Realmente a mornidão é o mais terrível dos estados;

Eles viam a igreja como profissão, obrigação e não como missão, vocação;

Inveja santa? Ou inveja santanica;

Quem sabe um dos problema de Laodicéia não tenha sido a idolatria caseira, uma das piores artimanhas do Maligno. “Somos crentes não idolatramos”. Não idolatramos imagens de esculturas, mas o que dizer de imagens carnais, templos, equipamentos, recursos, ministérios (somente serão salvos os da igreja ........);

Laodicéia imaginava que não precisava dos favores de Deus, mal sabia que não era capaz de gerenciar a própria vida;

Conversa de Deus com Laodicéia: “Onde você estava quando Eu fundava a terra? Você estava ao meu lado quando Eu colocava os limites entre os mares e terra? Onde estava quando coloquei as nuvens como vestimentas? Vocês conhecem a origem dos mares e dos abismo, etc. “ (Jó 38). E vem nos dizer que de nada tinha falta! Jesus colocou a igreja no seu devido lugar (pobre, cega, miserável e nua);

Se preocupavam somente com a matéria, com suas finanças e entradas, bem diferente de Esmirna, que não teve esta preocupação, já que não tinham tempo, ofertas, templos, etc.;

Diante das facilidades (190, 191, 192, 911, samu) ninguém procura (Tg 5.14), ninguém chama os presbíteros da igreja. “De nada temos falta”;

Esta é clássica: “alguns pregadores chegam nas igrejas e falam: lá tem isto, lá tem aquilo, mas graças a Deus que aqui nesta igreja isto não acontece”. Acontece sim, tem sim. Em todos os lugares acontece. Por isto que afirmo que temos um pouco de cada uma das sete igrejas;

O que mais aborrece a Deus? O pecado na ignorância dos ou o pecado com conhecimento da igreja?

Alguns paraquedistas pulam de avião e caem em nossas igrejas provocando aquele alvoroço geral, mas depois enfiam suas “tralhas” em suas mochilas e embarcam em outros aviões para caírem em outros lugares. Quem sabe não passaram por Laodiceia inúmeros paraquedistas. Eles não ficaram para verem os estragos e prejuízos, aliás eles nunca ficam;

Mas como conseguem enganar tão facilmente? Enganam os experientes, os escolhidos e os trouxas;

Se acontecer isto em nossas igrejas, um dia, quem receberia a oportunidade:
  • O famoso, que não para em lugar nenhum, que não dá satisfação para sua congregação/ministério (se tiver), que não passa relatório de trabalho, fotos, vídeos, que não pregam nos pulpitos, pois pedem para descer (medo da retaguarda, do puxão do paletó);
  • Ou o caseiro, frequentador das EBDs, que não perde um culto de ensino, que participa de todos os trabalhos, culto de irmãs, mocidade, tarde de bênçãos, evangelismo, socorro, visitas, o que chega cedo, prepara, limpa a igreja;

Por isto que não coopero com ofertas para tais, pois ainda prefiro contribuir com aqueles que, pelos menos uma vez por ano, pessoalmente nos dão relatório de seus trabalhos no exterior, que tem prazer em dizer: “Somos de tal igreja”. Que não se envergonham em dizer o nome de seus pastores presidentes e convenções e que mensalmente remetem fotos, vídeos, relatórios de seus trabalhos;

Para sairmos da mornidão é fácil, basta enriquecermos na plenitude da inteligência para obtermos conhecimento dos mistérios de Deus (Cl 2.2);

Útimas visões:
  • de Ló: verdes pastos, que sumiram;
  • De Abraão: deserto, ricos secos, dificuldades, mas lá ao fundo, no horizonte, ele viu a sua semente, a promessa de Deus se cumprindo na sua vida;
  • Do copeiro-mor: José ensangüentado, vestes rasgadas, doente e triste enquanto estava na prisão, mas que depois se apresentou em traje de gala diante de Faraó;

 Por: Ailton da Silva

sábado, 26 de maio de 2012

7 vacas, 7 espigas e 7 igrejas


SETE VACAS, SETE ESPIGAS E SETE IGREJAS
GORDAS E MAGRAS, UMAS DEVORANDO OUTRAS

a) O perturbado Faraó:
Faraó sonhou e ficou perturbado. Ninguém foi capaz de interpretar, mesmo com mentiras, a fim de agradá-lo. Ficaram com medo de que não se cumprisse suas palavras, então preferiram o silêncio. Às vezes é melhor não dizer nada do que arriscar em uma revelação/profecia que nunca se cumprirá. Eis o sonho de Faraó, segundo relato de Josefo:

“Parecia-me que, passeando ao longo do rio, eu via sete vacas bem grandes e muito gordas, que saíam para ir aos pântanos. Em seguida, vi outras sete, muito feias e muito magras, que foram ao encontro das primeiras e as devoraram, sem que com isso saciassem a fome. Acordei muito perturbado a respeito do que esse sonho poderia significar e, tendo dormido de novo, tive um outro, que me pôs em inquietação ainda maior. Parecia-me que eu via sete espigas saídas de um mesmo pé, todas maduras e tão gordas que o peso dos grãos as fazia inclinar-se para a terra. Perto dali, sete outras espigas, muito secas e magras, devoraram então aquelas sete tão belas, deixando-me estupefato e no desassossego em que me encontro ainda agora". JOSEFO (livro segundo, capítulo 3).

O terror que se apoderou do Egito foi tanto que não viam solução para aquele problema, até que alguém se lembrou (Gn 41.9-13). Aquela lembrança sossegou a corte e todos ficaram na expectativa de que Faraó ouvisse aquele hebreuzinho e depois o mandasse de volta para a prisão. A NECESSIDADE em ouvir aquela revelação foi tamanha que uma guarnição de batedores, cabeleireiros, barbeiros, estilistas, costureiros, sapateiros, para buscarem e prepararem José para se apresentar a Faraó. Josefo descreve o encontro dos dois:

"Um de meus oficiais falou-me de vós, de maneira tão elogiosa que a opinião que tenho de vossa sabedoria faz-me desejar que me expliqueis os meus sonhos, tal como explicastes o dele, sem que o temor de me zangar ou o desejo de me agradar vos façam mudar algo da verdade, ainda que me reveleis coisas desagradáveis”. JOSEFO (Livro segundo, capítulo 3).

O que se torna digno de citação não seria propriamente esta primeira conversa entre as duas maiores autoridades daquela terra, uma já reconhecida e outra por ser restituída, mas sim um personagem que é considerado insignificante e muitos ignoram. Refiro-me ao copeiro-mor, o tal que se lembrou de José, que já havia entregue a ele uma revelação nos momentos em que estiveram nas mesmas condições.

b) A reação de João e o reencontro do copeiro-mor com José:
Aquele homem se assustou ao ver José, pois ele havia mudado, sua aparência era outra. Estava barbeado, cabelo penteado, vestes reais, quem sabe perfumado, calçado, pois de outra forma não poderia entrar na presença de Faraó. Bem diferente da lembrança que tinha dos tempos de prisão, quando estava ensangüentado, ferido, doente, esquecido, triste, vestes rasgadas. Se fosse costume dos egípcios presentearem (sic) seus prisioneiros com coroa de espinhos, certamente José estaria com uma cravada em sua cabeça, faltou apenas ela.

A mesma reação teve João quando contemplou Jesus em glória (Ap 1.10-20). Aquela visão o surpreendeu, pois assim como muitos, as lembranças da cruz ainda eram muitos fortes em sua mente:
  • Coroa de espinhos;
  • Cabelos manchados pelo sangue da cruz;
  •  Olhos inchados;
  • Pés marcados pelo prego ou manchados pelo sangue;
  • Voz rouca, pois estava sedento;
  • Suas mãos furadas e manchadas pelo sangue;
  • Rosto desfigurado.

Será que o copeiro-mor também teve a mesma reação de João? Será que se prostrou diante de José ao contemplá-lo, diferente, bem vestido, entrando na presença de Faraó. Que honra aquele jovem estava recebendo? Ele já estava lá há algum tempo, a serviço, mas o que imaginava que aconteceria com seu amigo depois que entregasse a revelação do sonho? Esperava que fosse jogado na prisão novamente? Pelo menos poderia dormir em paz, sua divida com José estaria paga.

Se ele imaginasse que José jamais seria jogado de volta nas prisões. João teve a mesma certeza, diante de sua visão, pois homem nenhum poderia ferir Jesus, bater em sua face, zombar, cuspir etc. Agora não.

João, quando viu Cristo glorificado, caiu aos seus pés como um morto (Ap 1.17). Não se sentiu digno de contemplá-lo. Jesus se apresentou em glória:
  •  Vestes longas e peito cingido com cinto de ouro;
  • Cabelos alvos;
  • Olhos como chama de fogo;
  • Pés semelhantes ao latão ou bronze reluzente;
  • Voz como de muitas águas, limpa, nítida, suave, afinada como uma trombeta;
  • Em sua mão direita tinha sete estrelas;
  • De sua boca saia uma espada afiada de dois gumes;
  • Seu rosto brilhava como o sol no auge de sua força;

Não sabemos a reação do copeiro-mor diante da presença de José, talvez preocupado e ocupado com suas obrigações, não tenha contemplado aquela cena. Caso tivesse feito alguma menção de reconhecer a autoridade e superioridade de José, em relação a todos os presentes, certamente se espantariam ainda mais com a humildade dele, pois seriam aconselhados a não lhe renderem honras nenhuma, era apenas um homem como todos ali. No caso de João, diante da visão, não tinha como não ter outra reação a não ser aquela e não tinha outra resposta possível de Jesus para ele a não ser: “não temas”.

c) O sonho de Faraó: sete vacas e sete espigas
Sete vacas gordas correndo perigo diante de sete vacas magras e sete espigas boas em meio a sete espigas miúdas (Gn 41.18-24). Se não aceitassem e seguissem os conselhos de José, fatalmente as magras e miúdas devorariam as gordas e boas. Entenderam a revelação, aceitaram os conselhos e foram vitoriosos diante dos tempos maus que se aproximava, mas antes foi preciso que Faraó aprendesse um pouco com o portador das boas novas, com aquele que havia recebido a revelação. Josefo descreve mais uma parte do diálogo entre os dois:

“O rei, admirado da inteligência e sabedoria de José, perguntou-lhe o que fazer naqueles anos de abundância para tornar suportável a esterilidade dos outros. José respondeu-lhe que era necessário recolher o trigo, de sorte que se gastasse apenas o necessário e se conservasse o resto para prover à necessidade futura. E acrescentou que era ainda preciso deixar aos lavradores apenas o que lhes fosse necessário para semear a terra e para viver”. JOSEFO (livro segundo, capítulo 3).

Qualquer um na terra entenderia o conselho de José. Foi simples e direto: ‘GUARDA O QUE TENS, PARA QUE NINGUÉM TOME A TUA COROA”.

d) Sete igrejas e dois grupos para serem incluídas:
Mas o que dizer de: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia? Poderíamos incluí-las em qual grupo? Das vacas gordas e espigas boas? Ou no grupo das vacas magras e das espigas miúdas? Ou em nenhuma, pois um assunto não tem nada a ver com o outro?

Quando Paulo trabalhou naquela região (At 19.10), visitando, enviando (Cl 2.1) os novos convertidos e preparados para que abrissem novos trabalhos (nota de rodapé da BAP, - Cl 2.1), certamente colheu noticias boas sobre as sete igrejas daquela região.

Todas tiveram um inicio glorioso, tal qual a igreja de Jerusalém (At 2.1, cfe At 6.1), que iniciaram reunidos e permaneceram unidos para ouvirem a Palavra e os testemunhos dos apóstolos, tanto que esqueceram da vida material.

Todas as sete poderiam ser incluídas no rol das sete vacas gordas e espigas boas, sem nenhuma ressalva, pois:
  • Aprenderam e se defenderam pela Palavra (Éfeso);
  • Sofreram pela causa como bom soldado e não correram das lutas (Esmirna);Não negaram o Nome de Jesus e guardaram a fé, mesmo diante do trono do Maligno (Pérgamo);
  • Trabalharam em prol do crescimento do Reino (Tiatira);
  • Conservaram alguns vivos, mesmo diante dos problemas (Sardes);
  • Guardaram a Palavra, não negaram o Nome de Jesus e guardaram a Palavra da paciência (Filadélfia);
  • Foram amadas por Jesus, tanto que foram repreendias e castigadas (Laodicéia).

Mas, em algum momento da história elas emagreceram, assim como a igreja de Corinto, que se portava de uma forma na ausência e de outra na presença de Paulo (II Co 10.1-4). Algumas delas se deixaram seduzir pelos encantos, favorecimentos e cederam as tentações. Ao pé da letra, cinco delas, foram retiradas do grupo das sete vacas gordas e se auto-incluiram no grupo das vacas magras.

Mas assim como o Egito, que foi avisado antes da tragédia, por intermédio de José, as igrejas foram avisadas também, por intermédio dos escritos de João, revelados por Jesus. Umas deram créditos, outras não, algumas entenderam a revelação, outras não. Houve mudanças, transformações, conscientizações, consertos, enfim os conselhos de Jesus (Ap 3.18a) surtiram seus efeitos desejados.

Não somente as igrejas da Ásia menor corriam perigo, mas todas, pois poderiam ser influenciadas pela:
  • Soberba de Éfeso;
  • Passividade de Pérgamo;
  •  Tolerância de Tiatira;
  •  Sonolência de Sardes;
  •  Indiferença e presunção de Laodicéia.

Mas antes que isto acontecesse, foram avisadas de seus erros e entenderam, aceitaram e trabalharam em prol ao crescimento do reino de Deus para que se cumprissem as Palavras de Jesus (At 1.8). Enfim os confins da Terra foram alcançados.

Se o Egito não tivesse dado credito à revelação de José, o que teria acontecido com aquela nação?

Se as igrejas não tivessem dado credito a revelação de Jesus, segundo reportou João, o que teria acontecido conosco?

Referências:
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003

JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. De Abraão a queda de Jerusalém. 8ª Ed. Traduzido por Vicente Pedroso. Rio de Janeiro. CPAD, 2004

Por: Ailton da Silva

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Laodicéia, uma igreja morna. Plano de aula.


COMO É FÁCIL MENTIR PARA SI MESMO
AS CONSEQÜÊNCIAS DO AUTO-ENGANO
AS CONSEQUENCIAS DA AUTO-SATISFAÇÃO
FILADÉLFIA – EU ABRO A PORTA PARA VOCÊS!
LAODICEIA – OUÇA A VOZ, ABRA A PORTA E ENTRAREI

TEXTO AUREO:
“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).

VERDADE PRÁTICA:
A igreja que não busca os interesses do Reino de Deus está fadada ao fracasso, ao esquecimento e à indigência espiritual.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Ap 3.14-22.
14 - E ao anjo da igreja que está em Laodiceia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.
15 - Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras frio ou quente.
16 - Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
17 - Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu),
18 - aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas.
19 - Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te.
20 - Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.
21 - Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.
22 - Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

PROPOSTA DA LIÇÃO
  • Cidade comercialmente próspera. A igreja seguia o mesmo caminho;
  • Não sentia falta de nada, tinha bens em abundância;
  • Muitas riquezas temporais e poucos bens eternos;
  • Igreja que tinha a cara do mundo. Vivia de aparências e mentiras
  • O frio busca aquecimento, o quente cumpre sua missão e o morno?
  • Anjo da igreja: soberbo, arrogante, próspero, não tinha falta de nada;
  • Desgraçado, pobre, cego e despido dos trajes de gala;
  • Laodiceia foi um caso perdido? Jesus não desistiu de sua igreja;
  • Receita: ouro refinado pelo fogo, vestes brancas e colírio.
INTRODUÇÃO:
Cidade:
  • Uma das mais prósperas cidades da época imperial romana;
  • Fundada por Antígono II, governador da Síria, que a nomeou em homenagem à sua esposa Laódice. Atual Denizli;
  • Localizada no entroncamento entre as principais estradas da região, por isto se tornou um importante centro comercial;
  • Possuía um sistema bancário e se destacava pelo comércio de lã negra e manufaturamento de vestimentas comuns e caras;
  • Famosa pela produção de um colírio eficaz para os olhos, que era fabricado na escola de medicina;
  • Ficava próxima a Colossos, conhecida por suas fontes de água fria, Hierápolis, conhecida por suas fontes de águas termais e terapêuticas, mas as águas mornas de Laodicéia eram intragáveis;
  • Enfrentava problemas com o abastecimento de água, tanto que foi construído um aqueduto para transportar águas térmicas vindas de Hierápolis, porém a água chegava morna e provocava vomito;
  • Possuía teatros, um estádio e um ginásio equipado com banhos.

Igreja:
  • Como as anteriores, provavelmente, foi fundada por Paulo (At 19.10) durante seu trabalho missionário (Cl 2.1; 4.13-16) com o auxílio de Epafras (Cl 4.12-13);
  • Recebeu a mais severa das cartas. Não foi elogiada;
  • Na carta não foi citada a presença de doutrinas erradas, pecados de imoralidade ou tampouco práticas idólatras. O problema era outro;
  • Considerava-se rica e forte, por isto foi criticada por este seu orgulho;
  • Não tinha falta de nada, mas aos olhos do Senhor era pobre, cega e miserável. Era muito rica, mas estava desprovida de bens espirituais:
  • A igreja tinha a cara da cidade e em vez de transformá-la, se conformou, se tornou transigente;
  • Sua riqueza empobreceu o mundo, bem diferente de Filadélfia que enriqueceu pela sua pobreza;
  • Representa as igrejas que se desmoronam como Reino de Deus para se reerguerem como impérios humanos;
  • Seus membros eram frouxos, sem entusiasmo, débeis de caráter, comprometidos com mundo, satisfeitos com sua vida espiritual e indiferentes à Palavra de Deus.

A situação de mornidão daquela igreja foi forçada pelo homem, como resultado da mistura. O resultado foi catastrófico e danoso para a igreja.

Laodiceia era uma igreja arrogante, influenciada pela cidade, que não estava agradando a Deus, a ponto de não ter suas obras mencionadas na carta. Era um cristianismo apático, mas mesmo nestas condições foi possível ver a manifestação da graça de Jesus, pois a declaração “estou pronto a vomitar-te da minha boca”, nos garante que isto não havia ainda acontecido. Aquilo era um aviso que deveria ser entendido pela igreja. Era o tempo para que houvesse o arrependimento.

I. A IDENTIFICAÇÃO DE JESUS
1. A TESTEMUNHA FIEL E VERDADEIRA.
À igreja de Laodicéia, Jesus se apresentou-se como a Testemunha Fiel (Ap 1.5; 3.14) e Verdadeira, nada mais original para impactar um povo que vivia de mentiras, aparências, ceticismo, incredulidade e tolerância.

A intenção era despertar s igreja para que se levantasse, a fim de sustentar a Verdade. O Amém, também utilizado para identificação serviu para atestar sua posição e o conteúdo da carta, ou seja, verdadeiramente ou certamente aquela igreja precisava de uma correção e o único digno para tal era Jesus.

A Testemunha Fiel e Verdadeira seria o único capaz de apresentar a vontade, a advertência e a promessa do Pai, ou seja, alguém que tinha conhecimento do que estava falando, assim como havia acontecido com as igrejas anteriores. Em suas palavras há verdade, confiabilidade e devem ser observadas.

2. O PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO DE DEUS.
O próprio anjo da igreja em Laodiceia ignorava a suficiência Divina e delirava em presunções. “Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta” (Ap 3.17). Jesus, como o princípio da criação de Deus, mostrou que é dono de todas as coisas, porque tudo foi criado por Ele (Jo 1.3). Então não sobrava nada para Laodicéia?

Igreja rica não é aquela que tem ouro e prata, mas aquela que ainda pode declarar no poder do Espírito Santo: “Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” (At 3.6).

Ao declarar-se como o principio da criação de Deus, Jesus estava se apresentando como:
  • Criador (Gn 1.26);
  • Eterno (Jo 1.1; Ap 1.18);
  • O Primeiro e o Último (Ap 1.17);
  • Deus conosco (Mt 1.23);
  • O Deus que encarnou (Jo 1.14);
  • O Eu Sou (Ex 3.14; Jo 8.24);
  • Senhor dos senhores e Rei dos reis (Ap 17.14).
Jesus é o Criador, por isto se apresentou como o principio da criação de Deus. Ele não veio a existir, não foi a primeira criatura (sentido passivo da expressão), mas sim Ele deu inicio a criação, foi o principio, o preeminente (sentido ativo da expressão).