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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

sábado, 24 de outubro de 2015

A última visita de Deus e as sentenças


A criação pecou, mas não foi desamparada pelo seu Criador, porém o medo e as incertezas tomaram conta deles. O que fazer então? Como reagir diante daquela situação? Deveriam esperar que Deus lhes apresentasse o salário do pecado e o plano para restauração.

As visitas diárias foram interrompidas, aquela foi a última. Os encontros anteriores foram prazerosos, mas aquele, em especial, estava acontecendo algo diferente, pois o sentimento que brotou nos coração não foi a expectativa saudável, a alegria, o regozijo, muito pelo contrário, foi o pavor, medo e remorso. O único sentimento inexistente, justamente, foi o arrependimento, que também não seria visto fora do paraíso, no episódio do assassinato de Abel.

Naquela última visita o universo presenciaria a instalação da misericórdia. Seria possível Deus ainda visitar a sua criação, mesmo depois do ocorrido? Ele já sabia de tudo, mas fez questão que o próprio homem declarasse seu erro, para então lhe apresentar e instalar o seu plano de restauração. O inimigo ficou ao lado, não acreditando em sua falha.

Quando ouviram a voz de Deus, temeram por dois motivos, primeiro pela situação em que se encontravam e depois pelo medo, que aumentou em virtude da perda de identidade. Até então eles tinham uma visão diferente do Criador, havia sido somente bênçãos, mas agora estava prestes a presenciarem uma ação diferente de Deus. O que poderia ser feito?

Quem sabe não pensaram rápido em um plano para tentarem enganar a Deus. Quem sabe não planejaram esconder tudo? Não teria jeito, pois Ele conhece o passado.

Ou talvez tenham pensado em esconder o sentimento de frustração que havia invadido o interior deles, mas também não haveria jeito, pois Deus conhece o presente.

No mínimo, devem ter pensado em uma forma de esconder o medo que sentiam pelas consequências que recairiam sobre eles, mas não havia jeito, pois Deus conhece o futuro e mesmo porque os corações e pensamentos são sondados pelo Criador, que chega na região onde está estabelecida a divisão entre a carne, alma e espírito.

O inimigo ao final desta empreitada, imaginou ter feito o trabalho com sucesso. O homem caído, Deus decepcionado com a sua criação. Agora não restava mais nada por fazer. Sua obra estava completa, faltava apenas o Criador boicotar e não visitar a sua criatura nos diários encontros na viração daquele fatídico dia.

O maligno amargou uma grande derrota, pois Deus, sempre fiel, se fez presente, como se nada tivesse acontecido. Pela onisciência, Ele sabia de todo o ocorrido, mas desejava revelar a sua misericórdia para a raça humana, que momento ideal.

A expectativa por aquela visita de Deus estava causando um terror na mente do casal. Como de costume Adão foi chamado pelo nome e logo de início culpou a mulher pelo seu erro, mas audácia maior foi quando ele acusou o próprio Deus de ter lhe dado uma companheira para levá-lo a perdição. Já a mulher somente apontou para a serpente.

Esta foi a seqüência dos acontecimentos:
  • Engano: partiu da serpente, depois atingiu a mulher e seduziu ao homem;
  • Pecado: alcançou a mulher e depois o homem;
  • Depoimento: o primeiro a depor foi o homem, depois a mulher e por fim a serpente ouviu a sua sentença sem demonstrar nenhum poder de reação;
  • Sentença: a primeira a receber a sentença foi a serpente, depois a mulher e por fim o homem.

As sentenças foram dirigidas aos três, atribuindo-lhes dores, sofrimentos, perdas, deveres, novas rotinas, certeza da perdição e limitação do corpo humano:
  • Serpente: sentença sobre o seu presente e futuro[1];
  • Mulher: submissão ao homem e acréscimo de dores em sua gestação;
  • Homem: sustento através de seu suor, até que voltasse ao seu estado original (pó).

As consequências do erro, do homem, também foram sentidas por outra grandeza de Deus, a natureza, pois ao perceberam a nudez, desfolharam uma figueira e coseram túnicas provisórias, mas como se deteriorariam rapidamente, representando a superficial providência humana diante dos problemas, foi preciso que Deus cozesse túnicas de peles dos primeiros animais sacrificados no paraíso. A partir daquele momento nasceriam toda espécie de espinhos e cardos.

Mesmo diante de todo este cenário, a princípio, catastrófico, Deus reservou uma promessa especial[2] à mulher, talvez por ela não ter culpado o homem ou ao próprio Criador, pelo seu erro. Ela foi a pessoa que saiu mais fortalecida de toda aquela história.

O inimigo esperava que o homem fosse desmoralizado por Deus. Os acontecimentos que se seguiram o decepcionaram sobremaneira. A expulsão do paraíso foi confirmada, pois a desobediência teria o seu ônus, mas ele desejava a condenação eterna.

Em nenhum momento, mesmo apresentando a sentença, Deus desmoralizou ou desesperançou totalmente a coroa da glória de sua criação, pelo contrário, lhe fez promessas grandiosas.

A situação pecaminosa do homem e a sua nudez, antes da sentença, foram reveladas, mas por quem? Pelo inimigo? Pela companheira? Ele mesmo percebeu? Ou foi a sua consciência que rapidamente traçou um paralelo entre a forma anterior e a atual e apontou a gritante diferença.

A túnica de figueira que coseram rapidamente, ao perceberem que estavam nus, era fraca, não resistiria por muito tempo, fora do paraíso. Precisavam de algo mais resistente, além do mais para encobrir tamanho pecado deveria ser muito mais do que simples folhas.

Quando Israel saiu do Egito coseram rapidamente bolos, que não duraram muito tempo, por isto Deus operou de forma a providenciar alimentação para toda aquela multidão, durante longos quarenta anos. Mesmo com toda a preparação do primeiro casal, eles não se cobririam por muito tempo, assim como o povo no deserto não conseguiram se alimentar com apenas aqueles poucos bolos.

Talvez o inimigo tenha pensado em interferir pela última vez, antes que o homem fosse expulso do paraíso. Será que tentou colocar no coração do casal o desejo de rejeitarem aquela ajuda de Deus? Adão não seria capaz, agora, de criar algo para si mesmo? O certo é que já não tinha mais aquela sensação de dependência total, quem sabe não se imaginava auto suficiente, pelo menos para coser suas próprias roupas.

Mesmo assim Deus deu este presente a eles. Animais[3] foram sacrificados para que o pecado fosse encoberto. Que animais? Os recém criados? Do paraíso ou de fora? Foram extintos? Isto abalaria a cadeia alimentar? Não interessa quais animais foram e o local onde estavam, o importante é que o amor e o plano de redenção da humanidade foram revelados.

O pecado provocou uma grande reviravolta na vida espiritual do homem, tornando-o vazio, portanto era preciso outra intervenção de Deus, a terceira, pois a primeira foi na sua criação, a segunda na formação da mulher e agora tornava-se necessário a restauração de sua obra prima para que ela tivesse condições de se tornar habitação e morada do Espírito Santo.



[1] O maligno foi preparado para sua terceira sentença (Gn 3.15).
[2] Da semente da mulher, não do homem, nasceria o que feriria a cabeça da serpente.
[3] Animais inocentes, pegos de surpresa ou que já foram criados para esta finalidade?

Por: Ailton da Silva - 6 anos (Ide por todo mundo)

domingo, 18 de outubro de 2015

Resposta: pergunta para gincana bíblica


“Desçamos e confundamos ali sua língua”.
Deus separou a humanidade por blocos, através da linguagem. Povos foram identificados a partir de então pelo idioma. Cada qual procurava o grupo que falavam a mesma língua, obviamente e se enturmavam.

Esta operação de Deus, confusão de línguas, separou a humanidade para todo o sempre, mas o homem através de grandes impérios, principalmente o grego, tentou desfazer esta ação de Deus, ao fazer com que boa parte do mundo fizesse uso de um único idioma.

Mesmo com as contribuições para propagação do Evangelho, no caso da helenização, há de se frisar que isto intentava contra o plano de Deus.


Não adianta o homem tentar ajuntar o que Deus já separou.

Por: Ailton da Silva - 6 anos (Ide por todo mundo)

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A companheira



A perfeição estava revelada naquela grande obra, não havia, portanto, motivos para preocupações ou algo por fazer, porém Deus olhou para o homem e o viu solitário. Foi surpreendente esta conclusão, pois Ele sempre esteve ao seu lado, mas na opinião do Criador era evidente o estado de solidão. Isto não era bom.

Deus criou os animais e os colocou, um a um, formando os seus respectivos grupos, direcionando-os para os seus habitats, mas com Adão a história foi diferente, pois ele foi uma criação única, solitária. Não era bom que ele permanecesse naquelas condições.

Na verdade, o homem possuía alguém acima dele, Deus, e também abaixo, os animais, porém não via ninguém ao seu lado, então realmente ele estava sozinho.

O próprio homem tentou procurar companhia, mas não a encontrou entre os animais irracionais, foi preciso que Deus a preparasse, pois as relações pessoais são indispensáveis e esta necessidade também era evidente na vida de Adão.

Para criar a mulher, a companheira, não seria necessário um novo processo criacional. O plano de Deus consistia em vincular um ao outro, tornar a mulher dependente, submissa e auxiliadora. Ela recebeu a vida, de uma das costelas[1] de Adão, que não sentiu dores, pois estava dormindo profundamente. Somente desta forma os dois se tornariam uma só carne, uma unidade.

Então o homem, agradavelmente surpreso, foi apresentado a sua companheira, pois visualizou o desejo do seu coração, este foi o seu segundo amor. Ele a chamou de Eva, isto é, vida.

A sua reação deveria ser diferente mesmo, pois até agora somente havia se relacionado com animais irracionais, incapazes de demonstrarem e desenvolverem comunhão, mas agora estava diante de uma criatura semelhante a ele, capaz de reagir às suas emoções. Ele viu nela um pedaço de sua carne, inseparável, haja vista estar ali uma parte de sua costela.

Estavam nus, descobertos, mas não se envergonhavam e tampouco sofriam com o clima ou com a temperatura do Jardim do Éden. Eles estavam isentos do frio, calor, umidade alta, baixa ou qualquer outra intempérie da vida.

O relacionamento deste primeiro casal foi extremamente edificante, para ambos, pois não conheceram, ali naquele ambiente santo, qualquer um dos sentimentos ou atitudes capazes de abalarem aquela relação.

E todos os dias, por direito, na viração do dia recebiam a visita de Deus, que passeava na intenção de ver como se portavam. Era uma preocupação evidente.

Desta forma foi tudo facilitado para viverem no paraíso, pois não havia complicadores, empecilhos, obrigações, as quais não poderiam ser cumpridas pelo homem. Toda a obra contribuiu para que o homem atingisse a perfeição moral.

Que perigo poderia afetar aquela tranqüilidade? Alguma fera? Seria impossível, pois ainda não havia este tipo de inimizade entre o homem e os animais. Que tipo de ataque poderia ser capaz de abalar a estrutura humana? O pecado?

Nestas condições seria impossível não atribuirmos ao homem estas natas características:
  • Eterno, santo, perfeito, alegre, em paz, sem pecado ou inimigos;
  • Privilegiado e com direito a ver Deus na viração dos dias;
  • Considerado a coroa da glória da criação de Deus, sua imagem e semelhança;
  • Com domínio carnal sobre todos os animais e etc.
Que dificuldade haveria em cultivar a terra, cuidar dos animais e comer dos frutos e ervas? Esta era cultura estabelecida por Deus para que usufruíssem daquele lugar. Sossego, paz, tranquilidade e sequer precisavam se esforçar para obter o alimento. Era um ambiente santo, puro e tranqüilo. O que poderia dar errado?




[1] Se fosse da cabeça poderia se sentir superior e se fosse dos pés se sentiria inferior.

Por: Ailton da Silva - 6 anos (Ide por todo mundo)

A graça barata


“Graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, batismo sem disciplina eclesiástica, comunhão sem confissão, absolvição sem confissão pessoal. Graça barata é graça sem discipulado, graça sem cruz, graça sem o Jesus Cristo vivo e encarnado”.

Dietrich Bonhoeffer, nascido em 04 de fevereiro de 1906, em Berlim, falecido em 09 de abril de 1945, teólogo, pastor luterano, membro da resistência alemã anti-nazista e fundador da Igreja Confessante, contrária à política nazista. Foi enforcado pouco antes de Hitler cometer suicídio.


Por: Ailton da Silva - 6 anos (Ide por todo mundo)

Slides - lição 3








Por: Ailton da Silva - 6 anos (Ide por todo mundo)