segunda-feira, 30 de junho de 2014
sexta-feira, 27 de junho de 2014
A multiforme Sabedoria de Deus. Plano de aula
TEXTO ÁUREO
“Para que, agora, pela
igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e
potestades nos céus” (Ef 3.10).
VERDADE PRÁTICA
A multiforme sabedoria
de Deus vai além da compreensão humana e é demonstrada ao mundo pela Igreja de
Cristo.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE – Ef 3.8-10; 1 Pe 4.7-10.
Ef 3.8 - A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada
esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas
incompreensíveis de Cristo.
Ef 3.9 - e demonstrar a todos qual seja a dispensação do
mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;
Ef 3.10 - para que, agora, pela igreja, a multiforme
sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,
1 Pe 4.7 - E já está próximo o
fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração.
1 Pe 4.8 - Mas, sobretudo, tende
ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de
pecados,
1 Pe 4.9 - sendo hospitaleiros
uns para os outros, sem murmurações.
1 Pe 4.10 - Cada um administre
aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de
Deus.
PROPOSTA
•
Multiforme sabedoria de Deus foi revelada aos
simples;
•
É manifesta nos dons espirituais e ministeriais;
•
Dádivas do Pai: amor, filiação divina e
reconciliação;
•
Despenseiro: retirem da “despensa divina” o bom
alimento;
•
Os despenseiros de Deus amam uns aos outros;
•
Os despenseiros de Deus devem ser fiéis em tudo;
•
É na sequidão que devemos buscar mais a face de
Deus;
•
Sem amor não adianta o acúmulo de dons;
•
O caminho do amor é o mais excelente.
INTRODUÇÃO
O Altíssimo revelou para
a Igreja um mistério oculto desde a fundação do mundo. Pelo Espírito Santo, o
Senhor trouxe luz para o seu povo usando os “seus santos apóstolos e profetas”
para mostrar que esse mistério é Cristo em nós, a esperança da glória. Era a
multiforme sabedoria do Pai manifestando-se para pessoas simples. Somente os
pequeninos entendem e aceitam Cristo como a Sabedoria de Deus, revelada à sua
igreja, mas ainda oculto aos grandes e entendidos, pois não são todos os
humanos que compreendem e aceitam Jesus como o “verdadeiro Apóstolo, o verdadeiro Profeta, o grande Evangelista, o bom Pastor
e o grande Mestre”,
I. OS DONS ESPIRITUAIS E
MINISTERIAIS
1. SÃO DIVERSOS.
Na passagem bíblica de 1
Coríntios 12.8-10 são mencionados nove dons do Espírito Santo. Há outros dons
espirituais noutras passagens da Bíblia já mencionados em lições anteriores
deste trimestre, como Romanos 12.6-8; 1 Coríntios 12.28-30; 1 Pedro 4.10,11 e
Hebreus 2.4. São dons na esfera congregacional, importantíssimos para a igreja
e ministério. Em Efésios 4.7-11 e 2 Timóteo 1.6 vemos dons espirituais na
esfera ministerial da Igreja de igual forma importantes para o reino de Deus no
seu todo, ou seja, tanto os dons espirituais e os ministeriais são necessários
para o progresso da obra, por isto são todos concedidos por Deus para os homens.
Pela certeza da origem e concessão divina podemos combater toda e qualquer
imitação, fruto de manifestação demoníaca ou de infantilidade espiritual e
ignorância bíblica.
2. SÃO AMPLOS.
A sabedoria de Deus é
multiforme e plural e é manifesta em seus dons espirituais e ministeriais nas
mais variadas comunidades cristãs espalhadas pelo mundo. A concessão destes
dons visa o aperfeiçoamento dos santos e progresso da igreja, que diante da
revelação contida nestas dádivas se fortalece em sua caminhada.
3. DÁDIVAS DO PAI.
Outras excelentes
dádivas de Deus dispensadas à sua Igreja para comunicar o Evangelho a todos,
são:
a) A dádiva do amor. A grande manifestação de amor do Altíssimo para com a humanidade
foi enviar o seu Filho Amado para salvar o mundo (Jo 3.16). Este amor
dispensado por Deus desafia-nos a que amemos aos nossos inimigos e ao próximo,
isto é, qualquer ser humano carente da graça do Pai (Jo 1.14).
b) A dádiva da filiação
divina. Deus torna um filho das trevas em filho de
Deus (Jo 1.12; 1Pe 2.9). É a graça do Pai indo ao encontro da pessoa,
tornando-a membro da família de Deus (Ef 2.19).
c) O ministério da
reconciliação. O apóstolo Paulo explica
o milagre da salvação como resultado do “ministério da reconciliação” (2Co
5.19). Todo ser humano pode ter a
esperança de salvação eterna, mas de salvação agora também. Quem está em Cristo
é uma nova criatura e o resultado disto é que Deus faz tudo novo em sua vida (2
Co 5.17).
II. BONS DESPENSEIROS
DOS MISTÉRIOS DIVINOS
1. COM SOBRIEDADE E
VIGILÂNCIA.
O despenseiro deve
administrar a igreja local, retirando da “despensa divina” o melhor alimento para
o rebanho, como prova de sua preocupação com o rebanho, ou seja, uma atenção
especial deve ser dispensada para aqueles que mostram interesse pela Palavra.
Paulo destaca a
sobriedade e a vigilância do candidato ao episcopado como habilidades
indispensáveis ao exercício do ministério (1Tm 3.2). Por isso, o apóstolo
recomenda ao obreiro não ser dado ao vinho, pois a bebida traz confusão,
contenda e dissolução (1Tm 3.2 cf. Ef 5.18). O fiel despenseiro é o oposto
disso. Nunca perde a sobriedade e a vigilância em relação ao exercício do
ministério dado por Deus.
2. AMOR E HOSPITALIDADE.
Os despenseiros de
Cristo têm um “ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a
multidão de pecados” (1Pe 4.8). Mediante a graça de Deus, o obreiro pode demonstrar
sabedoria e amor no trato com as pessoas. Amar sem esperar receber coisa alguma
é parte do chamado de Deus para os relacionamentos (1Jo 3.16). Esta atitude é a
verdadeira identidade daqueles que se denominam discípulos do Senhor Jesus (Jo
13.34,35). Aqui, também entra o caráter hospitaleiro do obreiro, recomendado
pelo apóstolo Pedro (1Pe 4.9). Isso se torna possível para quem ama
incondicionalmente, pois a hospitalidade é acolhimento, bom trato com todas as
pessoas crentes ou não, pobres ou ricas, cultas ou não etc. Este é o apelo que
o escritor aos Hebreus faz a todos os crentes (Hb 13.2,3).
3. O DESPENSEIRO DEVE
ADMINISTRAR COM FIDELIDADE.
A graça derramada sobre
os despenseiros de Cristo tem de ser administrada por eles com zelo e
fidelidade. A Palavra de Deus nos adverte: “Cada um administre aos outros o dom
como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe 4.10).
Pregando, ensinando ou administrando o corpo de Cristo, tudo deve ser feito
para a glória do Senhor, a quem realmente pertence a majestade e o poder (1Pe
4.11). Paulo ensina-nos ainda que devemos ser vistos pelos homens como
“ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1Co 4.1; Cl
1.26,27). Por isso, os despenseiros de Deus devem ser fiéis em tudo; “para que,
agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos
principados e potestades nos céus” (Ef 3.10).
III. OS DONS ESPIRITUAIS
E O FRUTO DO ESPÍRITO
1. A NECESSIDADE DOS
DONS ESPIRITUAIS.
Os dons espirituais são
indispensáveis à Igreja. Uma onda de frieza e mornidão tem atingido muitas
igrejas na atualidade, as quais não estão vivendo a real presença e o poder de
Deus para salvar, batizar com Espírito Santo e curar enfermidades (Ap 3.15-20).
Em tal estado, os dons do Espírito são ainda mais necessários. É no tempo de
sequidão que precisamos buscar mais e mais a face do Senhor, rogando-lhe a
manifestação dos dons espirituais para o despertamento espiritual dos crentes
em Jesus (Hb 3.2).
Sem a busca e posterior
concessão dos dons espirituais, a maior prejudicada acaba sendo a própria
igreja, que fatalmente acabará atacada e invadida pela mornidão e vencida pela
infatilidade espiritual. Se a igreja não fizer uso dos dons concedidos por Deus
se tornará presa fácil para a atuação do Maligno, na verdade, a igreja não
subsistirá diante desta situação espiritual calamitosa de rejeição da Palavra e
atuação dos espíritos demoníacos, por isto é imprescindível a busca e
utilização destas dádivas espirituais que estão à disposição do Corpo de Cristo.ela
exercda ndo com temor, querendo como crianças participar de uma vida plena da
presença, do poder e da Autoridade concedida
2. OS DONS ESPIRITUAIS E
O AMOR CRISTÃO.
Paulo termina o capítulo
sobre os dons espirituais, dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores
dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1Co 12.31). Em
seguida abre o capítulo mais belo da Bíblia Sagrada sobre o amor, 1 Coríntios 13.
Não é por acaso que o
tema do amor (capítulo 13) está entre os assuntos espirituais (capítulos 12 e
14). Ali, o apóstolo dos gentios refere-se a vários dons, ensinando que sem o
amor nada adianta tê-los, ainda mais como nos dias atuais, onde se canta muito
e se pratica pouco. Nos cânticos as letras endeusam o amor e a compreensão, no
entanto, o ódio e o desejo de vingança acabam falando mais alto e induzem os
desavisados ao erro.
3. A NECESSIDADE DO
FRUTO DO ESPÍRITO.
Uma vida cristã pautada
pela perspectiva do fruto do Espírito (Gl 5.22) é o que o nosso Pai Celestial
quer à sua Igreja. Uma igreja cheia de poder, que também ama o pecador. Cheia
de dons espirituais, mas que também acolhe o doente. Zelosa da boa doutrina,
mas em chamas pelo amor fraterno que, como diz Paulo, “é sofredor, é benigno; o
amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não
se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não
suspeita mal” (1Co 13.4,5). O caminho do amor é mais excelente que o dos dons
espirituais (1Co 12.31).
CONCLUSÃO
A multiforme sabedoria
de Deus manifesta-se na igreja através da intervenção sobrenatural do Espírito
Santo e a partir dos dons de Deus necessários ao crescimento espiritual dos
crentes. Sejam quais forem os dons, aqueles que os possuem devem usá-los com
humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas sobretudo o
amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons. Estes são para a edificação
dos salvos em Cristo Jesus.
OBJETIVOS DA LIÇÃO – FORAM ALCANÇADOS?
• Os dons são diversos, amplos, verdadeiras dadivas;
• Despenseiros: sóbrio-vigilante-hospitaleiro-fiel-amoroso;
• Dons espirituais sem amor para nada servem.
REFERÊNCIAS
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão
Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.
Bíblia Sagrada. Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri
(SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.
Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP. Sociedade
Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro. Casa Publicadora das Assembleias de Deus,
2003.
LOURENÇO, Luciano de Paula. Disponível em:http://luloure.blogspot.com.br/2014/06/aula-13-multiforme-sabedoria-de-deus.html.
Acesso em 25 de junho de 2014.
Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)
quinta-feira, 26 de junho de 2014
terça-feira, 24 de junho de 2014
segunda-feira, 23 de junho de 2014
sexta-feira, 20 de junho de 2014
O diaconato. Plano de aula
TEXTO
ÁUREO
“Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa
posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus” (1Tm 3.13).
VERDADE
PRÁTICA
Embora o diaconato seja um
ministério específico, a diaconia é uma missão de todo o crente.
LEITURA
BIBLICA EM CLASSE - 1 Tm 3.8-13.
8 - Da mesma sorte os diáconos sejam
honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe
ganância,
9 - guardando o mistério da fé em uma
pura consciência.
10 - E também estes sejam primeiro
provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.
11 - Da mesma sorte as mulheres sejam
honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo.
12 - Os diáconos sejam maridos de uma
mulher e governem bem seus filhos e suas próprias casas.
13 - Porque os que servirem bem como
diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em
Cristo Jesus.
PROPOSTA
•
Diaconia: Jesus foi diácono por excelência;
•
Diaconia da toalha e a da bacia; convocação
cristocêntrica;
•
Hierarquia de poder temporal: não era a intenção de
Jesus;
•
Diácono: aquele presta serviços voluntários;
•
Advento dos diáconos: situação social dos novos na
fé;
•
Foram separados sete homens para o diaconato;
•
Exigências: Caráter moral, espiritual e familiar;
•
Os diáconos não podiam permitir injustiças sociais;
•
A função primordial é auxiliar os pastores na
igreja.
INTRODUÇÃO
No primeiro século da era cristã, a
Igreja cresceu sob o avivamento do Espírito e expandiu-se pelo mundo, atingindo
números assustadores (At 2.41; 4.4; 5.14), porém na mesma medida em que crescia,
surgiu também os inevitáveis problemas, principalmente e inicialmente na esfera
social, que aliados à perseguição levantada pelos judeus e romanos e a
hipocrisia no meio da igreja, vista no caso de Ananias e Safira, tentaram
interromper o crescimento e sucesso espiritual da igreja. Não tinha como os
apóstolos ficarem alheios a esta cilada maligna, eles deveriam tomar
providências.
Um dos primeiros problemas
apresentados na igreja primitiva dizia respeito a questões étnicas, que se não
fosse resolvido causaria um estrago enorme sobre aqueles crentes e
provavelmente sobre as futuras gerações. A decisão dos apóstolos serviu de base
para instituir a função diaconal. Foram separados homens de boa reputação, cheios
do Espírito Santo e de sabedoria para trabalharem no socorro aos necessitados
que estavam no seio da igreja, para que então os apóstolos se dedicassem a
Palavra e oração. O trabalho dos diáconos contribuiu para o crescimento da
igreja. O maligno até tentou tirar o foco dos apóstolos, que deveriam se
preocupar com a Palavra e oração.
I. A DIACONIA DE JESUS CRISTO
1. SIGNIFICADO DO TERMO.
O termo grego diaconia significa “ministério” ou “serviço”.
Este termo não surgiu propriamente na instituição dos primeiros diáconos (At
6), mas sim já vinha sendo utilizado já de há muito tempo na Bíblia, quando os
profetas alertavam os reis e todo o povo sobre a necessidade de socorro aos
necessitados, viúvas e órfãos. A vida inteira de Jesus aqui na Terra demonstrou
o verdadeiro sentido da diaconia em todos os seus aspectos, principalmente “na
véspera de sua crucificação”, quando tomou uma bacia para lavar os pés de seus
discípulos (Jo 13.4-5). Na realidade, seu ministério terreno evidenciou o
quanto Ele foi “apóstolo da nossa confissão” (Hb 3.1), profeta (Lc 24.19),
evangelista (Lc 4.18,19), pastor (Jo 10.11), mas principalmente, diácono por excelência (Mt 20.28). O apóstolo
Paulo disse que Jesus, “sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser
igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se
semelhante aos homens” (Fp 2.6-7). Segundo a Bíblia
de Estudo Palavras-Chave, a expressão “tomando a forma de servo” denota o
sentido de uma condição humilde.
2. SERVIÇO DE ESCRAVO.
Na véspera da sua crucificação, o
Senhor Jesus reuniu os seus doze discípulos para comer a última ceia. Tomando
uma toalha e uma bacia com água, ele começou a lavar os pés dos discípulos, um
a um (Jo 13.4,5). Não há atitude mais comovente do nosso Senhor como o relato
do lava-pés, demonstrando serviço, exemplo e humildade, mais uma ação que
comprova que realmente Ele havia se aniquilado, tomando a forma de servo e
fazendo-se semelhante aos homens. A “diaconia da toalha e da bacia” é a
convocação cristocêntrica para uma vida de serviço humilde (Jo 13.12-17).
3. O DISCÍPULO É UM SERVIÇAL.
Certa vez, Tiago e João pediram ao
Senhor lugares de destaques, “à direita” e “à esquerda” de Jesus, quando da
implantação do seu Reino (Mc 10.35-37). Quantos ainda não estão desejando e
aguardo algo do tipo aqui nesta dimensão carnal? Já que é notório que na eternidade
não haverá espaço para tal hierarquia, os homens estão loucamente buscando
estas posições aqui na terra. Tal como estes, os discípulos, naquela ocasião,
ainda não haviam compreendido a mensagem de Jesus. A proposta do Nazareno nunca
foi a de estabelecer uma hierarquia de poder temporal para a sua igreja, mas a
de serviço conforme demonstra sua resposta a eles: “entre vós não será assim;
antes, qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal [diakonos].
E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos. Porque o
Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua
vida em resgate de muitos” (Mc 10.43-45). A hierarquia que Jesus implantou não
era para que houvesse os mandos, desmandos e regalias, mas sim para servir.
II. A INSTITUIÇÃO DOS DIÁCONOS
1. O CONCEITO DA FUNÇÃO.
A palavra diácono (gr. diakonos), segundo o Dicionário Vine, refere-se
àquele que presta trabalhos voluntários aludindo aos exemplos dos criados
domésticos dos tempos do Novo Testamento. O termo destaca, em especial, a
função de um mestre ou de um pastor cristão, entrelaçando o sentido técnico do
diácono ou diaconisa. Outra palavra grega relacionada a “diácono” é doulos. Esta refere-se a “um
servo” ou “um escravo” (Mt 13.27,28; Jo 4.51). Portanto, a ideia preponderante
que a função do diácono remonta é a do serviço voluntário prestado, pelo
“ministro”, o “servo” ou o “assistente”, para alguém. Em todos os casos nos dá
a ideia do “servo que coopera com aqueles que se dedicam à oração e ao
ministério da Palavra”.
2. ORIGEM DO DIACONATO.
Diante de um conflito social e
étnico na igreja houve a necessidade da implantação deste ministério com a
escolha de pessoas cheias do Espírito Santo e de sabedoria para exercerem o
cargo. As palavras-chave para o advento do ministério formal dos diáconos em o
Novo Testamento foram:
a) Bênção: a bênção foi o
extraordinário crescimento da igreja local em Jerusalém que já mostrava números
assustadores. Foi um crescimento em número e em qualidade;
b) Problema: A questão étnica
causada pela situação social de muitos que aceitavam a fé, especialmente
envolvendo viúvas judias de fala hebraica e as de fala grega (At 6.1), foi o
grande problema;
c) Reivindicação: a manifestação
verbal das viúvas dos judeus gregos se sentiram injustiçadas pelo que elas
interpretaram ser uma forma de discriminação dos líderes da igreja de
Jerusalém, por isto cobraram sua assistência (At 6.1).
Os judeus gregos tomaram as dores de
suas viúvas e deflagraram o problema (At 6.1). Os apóstolos apresentaram a
solução e separaram homens para assistirem as mesas (At 6.2-6) e não tomaram
para si mais trabalho do que já tinham, poderiam caso quisessem. Poderiam ter abraçado
mais esta função e seriam tidos como salvadores da pátria e da igreja. Diante
do problema e da solução só havia um resultado a ser visto: crescimento da
igreja (At 6.7).
3. A ESCOLHA DOS DIÁCONOS.
Para resolver o impasse, orando e
impondo-lhes as mãos, os apóstolos separaram, com o aval da multidão de
discípulos, sete irmãos de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de
sabedoria para administrar uma questão étnica e social (At 6.2-7).
Foi uma decisão de caráter
pacificador e de muito bom-senso para a igreja não se perder em permanentes
desentendimentos. O objetivo era estimulá-la a resolver a questão reconhecendo
o caminho equivocado antes aderido pelos líderes até aquele momento. Assim,
eles puderam executar as mudanças necessárias e resolveram uma questão que
poderia trazer sérios problemas para a igreja de Jerusalém. Imaginem se este
problema tivesse sido empurrado “com a barriga” pelos apóstolos? Os efeitos
estariam sendo sentidos até hoje pela igreja.
III. O PERFIL E FUNÇÃO DO DIÁCONO
1. QUALIFICAÇÕES DO DIÁCONO.
As qualificações dos diáconos
descritas no livro de Atos e na primeira carta a Timóteo revelam que em nada
elas diferem da atribuição ética exigida aos bispos (1 Timóteo e Tito).
a) Caráter moral (1 Tm 3.8). Os diáconos devem ser pessoas
honradas, dignas, corretas e íntegras. Não pode haver “língua dobre” neles,
isto é, a sua palavra deve ser sim, sim e não, não. A ganância por dinheiro tem
de passar longe da sua vida, pois sua função é exatamente a de executar
trabalhos administrativos da igreja local, como auxiliar nas tarefas do culto e
acompanhar as viúvas e os pobres da Igreja do Senhor.
b) Caráter espiritual (1Tm 3.9,10). Ter a plena convicção do que é
crer no Evangelho. O diácono guarda a revelação de Deus que está em Cristo
Jesus, o nosso Senhor (cf. Rm 16.25). Por isso, a liderança e a igreja local
devem avaliar o candidato ao diaconato levando em conta o seu caráter moral e
espiritual.
c) Caráter familiar. O candidato deve ser marido de uma
mulher, fiel à sua esposa e bom pai. A exemplo dos bispos, os diáconos devem
ser zelosos com o seu lar, amar as suas esposas com amor sacrifical. Devem
respeitar os seus filhos, para obterem deles o mesmo respeito. O “serviço” do
diácono à sua família revelará como ele servirá a igreja local.
2. A FUNÇÃO DOS DIÁCONOS EM ATOS 6.
Quando foram instituídos diáconos,
setes homens de fala grega foram separados para assistir socialmente as viúvas:
tanto as de fala hebraica como as de fala grega. Os diáconos não podiam
permitir que houvesse injustiças de caráter social na igreja do primeiro
século. O desarranjo que poderia afetar a comunhão dos primeiros crentes foi
denunciado por aqueles que se imaginavam injustiçado. O problema deveria ser
resolvido para não prejudicar a unidade da igreja.
A função do diaconato era
fundamentalmente de caráter social, mas no fundo eles foram usados para que
aquele mal não causasse um mal incalculável na igreja primitiva e para que não
surtisse seus efeitos nas gerações seguintes.
3. A FUNÇÃO DOS DIÁCONOS HOJE.
Atualmente, a função primordial do
diácono é auxiliar a igreja local através das orientações do seu pastor em
atividades ligadas a visitar os enfermos, os necessitados e os desviados, bem
como cuidar das tarefas espirituais ligadas ao culto, como a distribuir os
elementos da Ceia do Senhor, recolher as contribuições para a manutenção da
igreja local (dízimos e ofertas) e auxiliar na ordem e na segurança da liturgia
do culto, bem como de outras tarefas já mencionadas.
CONCLUSÃO
O diaconato foi instituído pelos
apóstolos de Cristo quando a comunidade cristã cresceu e precisou ter pessoas
que pudessem resolver questões relacionadas a problemas sociais que demandavam
atenção e cuidado. Hoje, os diáconos servem à igreja e a Deus em trabalhos
diferentes, e a liderança das igrejas locais deve valorizar o seu trabalho e
reconhecê-los como excelentes servidores do Reino de Deus, pois, no sentido
lato, todos somos diáconos da Igreja de Deus.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO – FORAM ALCANÇADOS?
1.
Jesus serviu se
aniquilando.
2.
Diaconato: Benção,
problema, reivindicação e ação.
3.
Diácono: homem cheio
do Espírito e sabedoria.
REFERÊNCIAS
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão
Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.
Bíblia Sagrada. Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP).
Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.
Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil,
Rio de Janeiro. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.
LOURENÇO,
Luciano de Paula. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2014/06/aula-12-o-diaconato.html.
Acesso em 19 de junho de 2014.
quinta-feira, 19 de junho de 2014
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