TEXTO
ÁUREO
“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua
vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).
VERDADE
PRÁTICA
Por
meio do ministério pastoral, conduzimos as ovelhas ao Supremo Pastor, Jesus
Cristo.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE – Jo 10.11,14; Tt 1.7-11; 1 Pd 5.2-4.
Jo
10.11 - Eu
sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
Jo
10.14 - Eu
sou o bom Pastor; e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
Tt
1.7 - Porque
convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não
soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe
ganância;
Tt
1.8 - mas
dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante,
Tt
1.9 - retendo
firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto
para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes.
Tt
1.10 - Porque
há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da
circuncisão,
Tt
1.11 - aos
quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o
que não convém, por torpe ganância.
1
Pd 5.2 - apascentai
o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas
voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;
1
Pd 5.3 - nem
como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.
1
Pd 5.4 - E,
quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.
PROPOSTA
·
Jesus Cristo é o supremo pastor;
·
O Bom Pastor protege e cuida de suas ovelhas;
·
Os verdadeiros pastores devem imitar o Sumo Pastor;
·
Boa palavra pastoral: vida em sintonia com a
mensagem;
·
Nossos líderes devem ter sinais do fruto do
Espírito;
·
Todo obreiro deve cuidar bem de seu lar;
·
Missão do ministro: cuidar das pessoas que aceitam
Jesus;
·
O bom ministro ensina, aconselha e evangeliza
(missões);
·
Falsos pastores apascentam a si mesmo e não as
ovelhas.
INTRODUÇÃO
Ser
pastor sempre foi uma tarefa árdua, pois muitas são as demandas internas e
externas da igreja local, entre elas o cuidado para com as pessoas do rebanho,
visita a enfermos, questões relacionadas à administração eclesiástica e o
constante desafio de se dedicar à oração, à pregação e ao ensino da Palavra de
Deus.
O
dia a dia pastoral não é para preguiçosos, presunçosos, interesseiros, muito
pelo contrário, uma vez que é desafiador a quem é vocacionado por Deus para
apascentar. Somente pela graça e o amor do Pai é possível desejar excelente
obra e ainda mais encarar com tão grande responsabilidade, partindo do
principio que uma coisa é desejar e outra é encarar.
Na igreja local o pastor é um guia espiritual do povo de Deus. Dele
se espera maturidade, idoneidade e amor no trato com as coisas de
Deus e ao rebanho, independente de seu passado, preparo ou disposição, tal como
ocorreu com Moisés, que antes de assumir o cargo de pastor de Israel não
passava de um valentão, que resolvia as pendências usando a violência (Ex 2.12),
bem diferente de quando já estava no meio do deserto conduzindo o povo até a
Terra Prometida (Nm 12.3), isto prova que a liderança madura e servidora de
Moisés foi imprescindível ao desenvolvimento de Israel no deserto, tal como é
para a igreja local.
Atualmente, muitos são os modelos de liderança
pastoral sugeridos sob os aspectos empresarial e meramente psicológico.
Entretanto, o modelo de liderança para um pastor cristão deve estar
centralizado sob o de Jesus de Nazaré. A vida do nosso Mestre é o melhor
exemplo para um ministério integral: acolhedor, admoestador e servidor. Um
modelo pastoral centrado na concepção empresarial pode até trazer resultados
visíveis, mas para Deus será um verdadeiro fracasso. Seguir a liderança de
Jesus de Nazaré pode parecer um grande fracasso, mas em relação a Deus é grande
vitória.
I.
JESUS, O SUMO PASTOR
1.
JESUS É O PASTOR SUPREMO.
O
rei Davi cheio de razão disse: “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará”. O
escritor aos hebreus acrescentou a expressão “grande Pastor das ovelhas” (Hb
13.20), referindo-se diretamente à sublimidade do Senhor Jesus como pastor no
Novo Testamento. Marcado pela humildade e despojamento da sua glória, Ele foi
chamado “grande” em seu nascimento (Lc 1.32). O adjetivo “grande” enfatiza o
quanto o Nazareno é incomparável e mediador da nova aliança de Deus com os
homens. "Ele é o único que está de forma absoluta,
espiritual e hierarquicamente acima de qualquer líder da Igreja”. Jesus
Cristo é o supremo pastor em todos os aspectos. Ele venceu a morte e libertou o
homem da prisão do pecado. Ele é Deus!
2.
O PASTOR CONHECE AS SUAS OVELHAS.
Em
João 10.14, o adjetivo “bom” identifica Jesus como o pastor que por amor protege,
conhece, cuida e é conhecido de suas ovelhas. Por isso, Ele é o “bom Pastor” e
portanto não faltará:
- O pasto verdejante para que elas se deitem;
- Ás aguas tranquilas, guiadas por Ele;
- Refrigério de alma;
- As veredas da justiça;
- A presença constante do sumo pastor mesmo no vale da sombra da morte;
- Mesa preparada;
- Unção;
- E a bondade e misericórdia que as seguirão por todos os dias.
Tal
expressão designa ainda a intimidade entre o Sumo Pastor e as suas ovelhas.
Estas não ouvem a voz de outro pastor. O bondoso Salvador conhece a sua Igreja
por inteiro, e se relaciona com cada membro (Jo 10.5,15) e chama cada um pelo
seu próprio nome, tal como no passado quando chamava “Abraão,
Moisés, Samuel, Elias, Josué [...]. Natanael [...]. Zaqueu [...]. Saulo de
Tarso”.
3.
O PASTOR DÁ A VIDA PELAS OVELHAS.
Uma das principais
fontes da economia israelita era o trabalho pastoril. Os pastores cuidavam das
ovelhas para delas obterem o lucro diário. Este é o contexto de que se valeu o Senhor
Jesus para referir-se ao ensinamento contido na expressão “o bom Pastor dá a
sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11), uma atitude muito superior a de Davi, que
arriscou sua vida pelas ovelhas que não eram deles, eram de seu pai (1 Sm
17.34-36) e nem sequer foi chamado para o encontro com o profeta Samuel,
momento em que se reuniu toda a família, exceto ele.
Bem diferente dos
pastores que garantiam o seu sustento no campo através do uso das ovelhas, o
Mestre Jesus mostra a disposição em dar a própria vida pelo seu rebanho (Jo
10.15) e assim como eles que procuravam manter a salvo seus rebanhos, Jesus
fortalece as ovelhas fracas, cura as feridas e sai em busca das que se perdem
pelo caminho.
Os
verdadeiros pastores da igreja devem imitar o Sumo Pastor, Jesus. NEle não há
jamais exploração alguma do rebanho, e isso deve servir de exemplo a todos
aqueles que desejam ministrar à igreja do Senhor, tal como ensina a Palavra em
1 Pedro 5.2-4.
II.
AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PASTOR
1.
UM CARÁTER ÍNTEGRO.
Entre
outras coisas, o exercício pastoral envolve aptidão para ensinar, aconselhar e
comunicar-se de forma clara com a igreja local. Porém, essas características
não são validadas se o caráter do pastor não for íntegro.
Uma
das piores queixas que se pode ouvir acerca de um ministro é que sua palavra
pastoral não se coaduna com a sua vida. Como pode o líder falar sobre
honestidade e ser desonesto? De simplicidade e mostrar-se esbanjador? De
humildade e comportar-se soberbo? A melhor palavra pastoral é a vida do pastor
em sintonia com a mensagem do Evangelho que ele proclama (Mt 7.24-27; 23.2-36).
2.
EXEMPLO PARA OS FIÉIS E OS INFIÉIS.
O
texto bíblico de 1 Timóteo 3.2,3, afirma que o bispo não deve ser dado ao
vinho, espancador, cobiçoso de torpe ganância, contencioso ou avarento; a
recomendação é que o obreiro seja moderado. A Igreja, o Corpo de Cristo,
precisa contemplar em seu líder sinais claros do fruto do Espírito, tais como
autocontrole, mansidão, bondade e amor. Estas características denotam
idoneidade moral e maturidade espiritual, sem as quais jamais poderemos
reconhecer um verdadeiro líder. A mesma postura moral que o pastor atesta aos
fiéis deve ser demonstrada, igualmente, aos infiéis (1Tm 3.7). O pastor deve
ser ciente e convicto de sua tarefa. Um bom exemplo disto vemos em José quando
orientava seus irmãos antes do encontro com Faraó no Egito, ele asseverou:
“Quando vos perguntarem qual a vossa ocupação, vocês digam: Nós, teus servos,
temos sido pastores de gado desde a nossa mocidade até agora, tanto nós como
nossos pais”. (cf Gn 46.33-34).
3.
EXEMPLO PARA A FAMÍLIA.
Não
podemos esquecer que antes de ser exemplo para igreja local, e com os de fora,
o ministro do Evangelho, em primeiro lugar, deve ser o exemplo para a sua
própria família, a sua primeira comunidade e igreja.
Governar
a própria casa com modéstia e equilíbrio, criando seus filhos com respeito (1 Tm
3.4), é o testemunho que toda a família cristã deseja experimentar na
convivência sadia com o pastor que é esposo, pai e avô. Portanto, todo obreiro
deve cuidar bem do seu lar, pois sem o devido respaldo deste, o seu ministério
jamais terá credibilidade. Este é a chamada “liderança
pelo serviço e pelo exemplo, e não pela força”, estilo de trabalho revelado por
Jesus.
III.
O MINISTÉRIO PASTORAL
1.
A MISSÃO DO PASTOR.
O
termo pastor (do gr. poimēn)
no Novo Testamento tem o significado de “apascentador de ovelhas”. De acordo
com esta definição podemos afirmar que a principal missão de um ministro é
cuidar das pessoas que receberam Cristo como Salvador, dando-lhes alimento
espiritual através do ensino da Palavra de Deus, como encontramos no livro do
profeta Isaías (Is 40.11). O verdadeiro pastor cuida das ovelhas com zeloso
amor e compaixão, entregando-se totalmente às suas demandas, por isto é certo
que “O pastor não é um voluntário, mas uma pessoa chamada por
Deus. Seu ministério não é procurado, é recebido. Sua vocação não é terrena,
mas celestial”.
2.
UMA MISSÃO POLIVALENTE.
A
missão pastoral também é múltipla, pois o ministério envolve o ensinamento, o
aconselhamento, a evangelização e missões, bem como a pregação expositiva da
Palavra de Deus, que é o seu mais importante empreendimento, pois se trata da
entrega do alimento à igreja. Para além dessas responsabilidades, o pastor age
como o bom conciliador e administrador eclesiástico dos bens e recursos humanos
disponíveis para toda boa obra da igreja local. Está sob os seus cuidados a
gestão eficiente e honesta dos bens materiais, patrimoniais e das finanças da
igreja local.
3.
O CUIDADO CONTRA OS FALSOS PASTORES.
Quando
Deus levantou Ezequiel como profeta de Israel, Ele ordenou-lhe que repreendesse
os pastores infiéis da nação. O Altíssimo considerava como falsos pastores os
que:
- Apascentavam a si mesmo e não as ovelhas (Ez 34.2c);
- Exploravam o rebanho e não o poupavam (34.3);
- Não demonstravam amor pelas ovelhas, fazendo com que elas se dispersassem (34.4-6).
O
próprio Deus é contra os falsos pastores (Ez 34.8-10)! Ele inspirou o apóstolo
Paulo a escrever para Tito quando da sua instrução pastoral ao jovem obreiro,
que este retivesse “firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que
seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os
contradizentes. Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores
[...] aos quais convém tapar a boca” (Tt 1.9-11).
CONCLUSÃO
O
dom ministerial de pastor é concedido àqueles a quem Deus chama para servir ao
seu precioso rebanho, a Igreja de Jesus, onde se encontra crentes reunidos
oriundos de todos os lugares do mundo. Eles estão sob os cuidados de líderes
para serem alimentados com a Palavra de Deus. O objetivo do ministério pastoral
é fazer com que o rebanho do Senhor cresça na graça e no conhecimento do
Evangelho de nosso Salvador (2Pe 3.18). Portanto, o pastor precisa da graça
divina para não fracassar em seu ministério. Oremos pelos pastores,
compreendamos as suas lutas e os apoiemos com amor e carinho.
OBJETIVOS DA LIÇÃO – FORAM
ALCANÇADOS?
- Jesus está acima de qualquer líder humano da
igreja;
- Verdadeiro pastor: caráter integro e exemplo;
- Missão do pastor: cuidar, zelar pelo rebanho
REFERÊNCIAS
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.
Bíblia de
Estudo Temas em
Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de
Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.
Bíblia Sagrada. Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP).
Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.
Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do
Brasil, Rio de Janeiro. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.
Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)