segunda-feira, 31 de março de 2014
Quando foram entregues as Tábuas com os 10 mandamentos? No Éden ou no Sinai?
O
grande problema não são os nove mandamentos, mas sim um em especial, o quarto, a PEDRA
DE TROPEÇO de muitos (muitos judeus), que deveriam guardar e não conseguem,
mesmo com a intensa vigilância de seus sacerdotes, levitas, autoridades e
simpatizantes, vide caso ocorrido após a reconstrução do Templo, muro e portas
de Jerusalém (Ne 13). Aquela geração ainda respirando ares abençoados de
vitória, não conseguiu se manter fiel a uma ordenança, digamos “simples”,
bastava se trancarem em suas redomas de vidros e permanecerem em oração, louvor
ou outra atitude que pudesse agradar a Deus.
1) OS MANDAMENTOS FORAM CUMPRIDOS OU RESUMIDOS
EM DOIS?
Ora,
qual seria então o grande mandamento na Lei, conforme perguntado para Jesus? “Amarás seu Deus de todo o teu coração, de toda a
tua alma, e de todo o teu entendimento”. Não vejo problema em afirmar que a
partir do momento em que um homem, judeu ou gentio, ame a Deus de todo coração,
possa ter, por isto, um padrão de santidade, uma comunhão vertical sadia, uma
vez que jamais procurará outro (Senhor), seja lá quem for, com sinais,
prodígios e maravilhas ou não.
O certo é que se os judeus observassem este primeiro
grande mandamento, ensinado por Jesus, não terão outro Deus, não fariam imagens
de escultura, não tomariam o Santo Nome de Deus em vão e por fim, ELES não teriam
problemas em guardar o sábado, somente aqueles que devem, por obrigação,
justamente ainda por não terem se libertados do jugo pesado da Lei, por não
crerem no Messias e por levantarem um falso testemunho que perdura por quase
dois milênios (eles afirmaram que os discípulos de Jesus foram ladrões de corpo
de cemitério). Se já tivessem permitido tal liberdade estaria agora livres de um
ou quem sabe dos 613 pesadas ordenanças.
O segundo grande mandamento diz respeito a comunhão
horizontal, relação homem a homem (seres humanos). O que tem de mais em afirmar
que “amando o próximo como a ti mesmo”, não desonraríamos pai e mãe, não mataríamos,
não adulteraríamos, não furtaríamos, não levantaríamos falso testemunho e
certamente não cobiçaríamos, ou seja, não teríamos motivos para profanarmos os
mandamentos escritos nas tábuas.
2)
TÁBUAS ENTREGUES NA CRIAÇÃO E NÃO NO SINAI:
Deus estava pensando somente no homem, quando
modelou, redecorou, reformou a Terra. Se desejarmos uma resposta mais
consistente para este mistério teremos que extraí-la do primeiro capítulo de Gênesis,
versículo zero (Gn 1.0), ou seja, teremos que esperar a eternidade para sanar as
dúvidas quanto a isto.
Quando Deus acabou sua obra, Ele descansou e descansou
mesmo, mas não consigo comungar a ideia de que o primeiro homem tivesse que imitá-lo,
ou que tenha sido ordenado, tal como fomos ensinados pelo apóstolo Paulo: ”Sede
meus imitadores como eu sou de Cristo” (1 Co 11.1).
Sem querer entrar no assunto das dispensações, pois
creio que o próprio texto nos deixa claro qual delas estava ativa na época,
volto a frisar que somente Deus descansou e não vejo entrega de objetos, ditos
“sagrados” que pudessem perpetuar a ordenança, caso ela tenha ocorrido. No caso
das tábuas entregues no Sinai ficou bem claro a presença dos mandamentos e algo
para confirmar, para ser lembrado, para ficar gravado, ou seja, “as tábuas”.
Porque Deus não ordenou que fosse imitado? Havia muita
“inocência” na época, não havia maldade e o homem tinha suas atribuições,
designadas por Deus, deveria lavrar e cuidar do jardim (Gn 2.15), não
necessitavam de correção, ainda, mesmo porque não entenderiam, pois ainda não
tinham consciência do pecado, aliás sequer imaginava algo parecido.
Seria muito penoso, por que não dizer danoso, eles
ouvirem algo do tipo: “É obrigatório a guarda do sétimo dia, caso contrário eu
expulsarei vocês do jardim” – ridículo tal afirmação, jamais Deus requereria
algo tão pesado para sua criação, naquele momento da história.
Deus terminou sua obra, descansou, abençoou o sétimo
dia e santificou, simples, somente isto, não ordenou para suas inocentes
criaturas, recém criadas, que O imitassem. Se tivesse ordenado, o que volto a
frisar não aconteceu, por que não foi feito menção para as outras gerações que
se seguiram pós Éden?
Tábuas entregues no final da criação? Isto nos gera
um misto de surpresa e indignação. Fábulas e teorias humanas sem nenhuma
fundamentação bíblica.
3)
PORQUE O QUINTO MANDAMENTO COMEÇA COM A EXPRESSÃO “LEMBRA-TE”?
Talvez deveriam se lembrar do mandamento, que ainda
estava fresco na mente de cada um. Após
a passagem do mar Vermelho eles foram alertados quanto a observância do sábado
(Ex 16.23), mandamento que foi ratificado na ocasião da entrega do dez
mandamentos (Ex 20.11). Daquele momento em diante não teriam mais desculpas
para apresentarem diante de Deus. A não observância caracterizaria a profanação.
Os judeus
guardavam o sábado para ser o dia da cessação de suas atividades e para se
voltarem a Deus em adoração e não somente para DESCANSAREM. Enquanto estavam no
Egito não guardaram o sábado, mesmo porque duvido que os egípcios tenham
permitido. Portanto este mandamento não teve origem no Éden. Os hebreus não deveriam
se “lembrar” do que fora supostamente ordenado para Adão, mas sim o que fora
revelado a Moisés. Era algo do tipo: “lembra-te.....do que aconteceu após a
passagem do mar Vermelho”. Foi nesta ocasião que o sábado foi dado ao homem.
- Na criação, o sábado foi exclusivo para Deus descansar. No Sinai foi estendido aos hebreus, pois:
- Representava o selo da aliança mosaica (Ex 20.10; 23.12; 31.15; Dt 5.15; Is 56.4-6);
- Era um dia santo (Ex 16.23-29; 20.10-11; 31.17);
- Era proibido qualquer tipo de trabalho neste dia (Ex 35.3; Nm 15.32);
- Era um sinal entre Deus e seu povo para sempre (Ex 31.13; Lv 26.14-16; Ez 20.12,20);
- Lembrava a criação original e a redenção de Israel do Egito (Dt 5.5);
- Sinal de lealdade entre Israel e Deus (Is 56.2; Ez 20.12);
- Descanso para o homem (Ex 16.29-30);
- Descanso para a terra (Lv 25.4);
- Adoração e serviço exclusivo a Deus, sacrifícios e ensino aos sábados (Lv 23.3; Nm 28.9; Dt 5.12; Ez 46.3,12; Lc 4.31; 13.10);
- Ofertas, alegria, regozijo, pois não havia outra reação possível de um povo, que reunido, lembrava a libertação da escravidão (Dt 5.15).
A aliança foi entre Deus e Israel, nenhuma outra
nação da terra (Ex. 31.13), ou instituição foi incluída neste contexto, tanto
que deveria se observados por eles em todas as gerações, ou seja, era um
mandamento perpétuo, para sempre (Ex 31.17).
Agora o
que me intriga é que existem uma infinidade de mandamentos, ordenanças e
conselhos na Lei, mas não vejo homens defendendo ou adotando, tais como a
circuncisão aos oitavo dia de vida (Gn 17.7-13), a unção dos sacerdotes (Ex
40.15) ou até mesmo a celebração da páscoa (Ex 12.14), propriamente dita, conforme
tradição judaica.
Não havia outra expressão para iniciar
este mandamento a não ser: “lembra-te”, lembra-te do que ocorreu após o Mar
Vermelho, esqueçam o Éden, lá Deus não requereu nada do homem, apenas pediu
obediência (cf Gn 3.1-3). Realmente aconteceu algo em relação ao sábado para os
hebreus, e fazia poucos dias, pouquíssimos.
4)
O ESQUECIMENTO GENERALIZADO DOS HEBREUS
Eles esquecerem, não do ocorrido com
Adão, mas sim o que havia acontecido com os cinco patriarcas anteriores a eles,
a saber: Abraão, Isaque, Jacó, José e Moisés, como Deus chamou o primeiro,
estabelecendo sua aliança com ele e confirmando depois para todos os outros,
finalizando com o último, que foi o responsável pela entrega da lei ao povo.
Eles se esqueceram, mas não
deveriam, pois se tivessem seguido os costumes da época, dos patriarcas, não
teriam deixado morrer a esperança maior da benção prometida para o primeiro e
cumprida na vida do último patriarca. Os quatrocentos anos foram tão cruéis
para esta geração que saiu do Egito, pois foi preciso que tivessem um encontro
com Deus, que os vissem agindo, falando, sequer sabiam o Seu Nome, por isto que
foi iniciado desta forma o quarto mandamento: “Lembra-te”.
Lição 13 - pós aula
Por acaso Moisés sabia o dia em
que morreria? “suba ao monte, veja a terra e morra” – no mínimo dependeria dele
a hora da subida e consequentemente a morte (???).
Não adianta querer se achar o
tal, pois sempre aparecerá outro em melhores condições ou com mais disposição.
Por isto é que se torna difícil
deixarmos um legado digno de lembrança ou menção. Sempre aparecerá outro com
uma história diferente.
Não conseguimos deixar um rastro
de atos bons, tanto quanto os errados. Podemos ter 99 acertos, mas basta ter
1 erro para que tudo seja apagado.
Patrimônio espiritual não é
palpável ou visível, ainda bem, pois assim ninguém pode roubar e não podemos gastar à toa.
Josué, o bom aluno, ouviu do
professor e quando assumiu a liderança repetiu o que havia aprendido.
Salomão pede o que queres,
hum.....
·
“Morte dos inimigos;
·
Riquezas.
Ele pediu sabedoria
Moisés, posso te fazer uma
proposta: “acabo com todos e faço a partir de ti um novo povo, queres? NÃO. Tanto Salomão quanto Moisés sempre pensaram no bem de todo Israel.
Moisés, no cume do monte viu a
Terra Prometida e gritou bem alto (eu acho que ele disse isto): “COMBATI O BOM
COMBATE, ACABEI A CARREIRA E GUARDEI A FÉ”, não é possível que ele não tenha dito nada.
Nossa maior preocupação deve ser com o trajeto e não com a chegada, tão somente. Este foi o erro de Israel, saiu confiante e alegre e aguardava ansioso a chegada em Canaã, mas nunca se preocupou com o trajeto, imaginou que entraria de qualquer jeito na Terra Prometida.
O prêmio da soberana vocação deve ser almejado, mas devemos nos preocupar com a corrida, caso contrário ficaremos no meio do caminho e não receberemos o prêmio. Muitos ficam e perdem por não se preocuparem.
Nossa maior preocupação deve ser com o trajeto e não com a chegada, tão somente. Este foi o erro de Israel, saiu confiante e alegre e aguardava ansioso a chegada em Canaã, mas nunca se preocupou com o trajeto, imaginou que entraria de qualquer jeito na Terra Prometida.
O prêmio da soberana vocação deve ser almejado, mas devemos nos preocupar com a corrida, caso contrário ficaremos no meio do caminho e não receberemos o prêmio. Muitos ficam e perdem por não se preocuparem.
Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)
sexta-feira, 28 de março de 2014
O legado de Moisés. Plano de aula
TEXTO
ÁUREO
“Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos
nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor” (Dt 34.7).
VERDADE
PRÁTICA
Moisés foi usado por Deus para tirar
Israel do Egito e entregar os Dez Mandamentos para a humanidade.
LEITURA BIBLICA E CLASSE – Dt
34.10-12; Hb 11.23-29.
Dt 34.10
- E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o
Senhor conhecera face a face;
Dt 34.11 - nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou
para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua
terra;
Dt 34.12 - e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos
olhos de todo o Israel.
Hb 11.23 - Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais,
porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.
Hb 11.24 - Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de
Faraó,
Hb 11.25 - escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um
pouco de tempo, ter o gozo do pecado;
Hb 11.26 - tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros
do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
Hb 11.27 - Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme,
como vendo o invisível.
Hb 11.28 - Pela fé, celebrou a Páscoa e a aspersão do sangue, para que o
destruidor dos primogênitos lhes não tocasse.
Hb 11.29 - Pela fé, passaram o mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando
os egípcios, se afogaram.
PROPOSTA
·
Moisés fez o povo lembrar de seus erros;
·
Separou Josué, em vida, como seu sucessor;
·
Foi sepultado por Deus na terra de Moabe;
·
Homem de Deus: usado quando e como Deus desejar;
·
Homem de oração: Moisés era ocupado, mas intercedia;
·
Homem de fé: Moisés agia por fé em Deus;
·
Moisés cultivou uma comunhão íntima com Deus;
·
Líderes: instrumentos para Deus alimentar e nutrir;
·
Cuidado com o inimigo e suas propostas.
INTRODUÇÃO
Moisés nasceu quando Israel estava
no período de escravidão no Egito, justamente nos terríveis dias em que Faraó ordenou que
todos os recém-nascidos israelitas do sexo masculino fossem mortos (Êx
1.15,16). Os egípcios temiam que os
hebreus pudessem se aliar aos seus inimigos ou na pior das hipóteses temiam que
fossem dominados em seu próprio território, por isto optaram pela escravidão e
opressão.
Desta
forma cooperaram para o cumprimento da primeira parte da Palavra do próprio
Deus: “decerto que peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e
serví-los-à e afligi-la-ão quatrocentos anos”, mas os algozes se esqueceram da
segunda parte, a principal, que dizia respeito a eles: “[...] Eu (Deus)
julgarei a gente à qual servirão, e depois sairão com grande fazenda”.
Muitos inocentes foram sacrificados
para cumprimento da ordem faraônica, mas depois de alguns anos ele teria o
troco, dolorido, que afetaria sua família e a economia de sua nação. A sua
ordem dizia respeito aos recém-nascidos, possíveis aliados de seus inimigos,
mas se esqueceu dos que já poderiam se apresentar como perigo, os jovens e
adultos. O seu erro foi se preocupar com o futuro e não com o presente. Ele temeu os bebês recém-nascidos e desprezou
os jovens e adultos de seus dias, que não enfrentaram o Egito em luta armada,
mas fizeram uso de uma outra arma, o clamor, bem mais poderosa e potente.
Deveria ter sido aconselhado a não mexer com o Deus dos hebreus.
Aqueles inocentes seriam, um dia,
vingados com a morte de todos os primogênitos do Egito, desde o trono ao
calabouço, do mais poderoso ao mais humilde camponês, pois todos foram
nivelados ante os juízos de Deus, até mesmo os animais.
Casou-se com Zípora, filha de Jetro,
sacerdote de Midiã, descendente de Abraão (Gn 25.1,2). Ele teve uma comunhão
especial com o Senhor e nas Escrituras Sagradas é repetidamente chamado de
“servo de Deus”, pois “foi fiel em toda a sua casa” (Hb 3.5). No último livro
do Antigo Testamento, Deus chama Moisés de “meu servo” (Ml 4.4), e no último
livro do Novo Testamento ele é chamado “Moisés, servo de Deus” (Ap 15.3).
Moisés é uma figura tipológica de Cristo. Antes de sua morte ele preparou o seu
sucessor.
Um dia ele tiraria Israel do Egito,
mas para isto seria preciso que ele saísse primeiro e foi exatamente isto que
aconteceu. Deixou tudo para trás. Confiou que Deus teria algo melhor para ele.
O que havia sido deixado para trás, mordomia e conhecimento egípcio, não
poderia ser comparado com o que haveria de vir sobre sua vida.
Outros homens de Deus prepararam
seus sucessores e deixaram seus legados e saudades, bem diferente do rei Jeorão
(2 Cr 21.4-20):
a) Abraão deixou muitos ensinamentos
para seu filho, netos e bisnetos, Isaque, Jacó e José respectivamente, uma
grande esperança foi plantada no coração deles, um legado inestimável.
b) José, o então governador do
Egito, ainda em vida, fez seus irmãos prometerem que não deixariam seus ossos
no Egito quando fossem visitados por Deus (Gn 50.25), algo do tipo: “se vocês
respeitarão a minha história e se eu serei lembrado pelas futuras gerações,
então não me deixem aqui nesta terra”. Moisés fez questão de cumprir este
juramento (Ex 13.19).
c) Davi aconselhou seu filho Salomão
a ser homem e valoroso (1 Rs 2.2);
d) Elias concordou com o pedido de
Eliseu, a porção dobrada, mas o aconselhou a ser esperto, a ficar atento aos
acontecimentos (2Rs 2.9-10).
I. OS ÚLTIMOS DIAS DE MOISÉS
1. AS PALAVRAS DE DESPEDIDA.
O ministério de Moisés chegaria ao
fim em breve.
Consciente deste fato, ele se despede ensinando o seu povo a
guardar as leis, pois jamais permitiria que ali mesmo, pertinho da vitória,
pudessem se corromper. A sua preocupação com o futuro da nação era constante. Um
líder nato, escolhido a dedo por Deus e que honrou sua chamada e se deixou usar
como um valiosíssimo instrumento.
No capítulo 32 do livro de
Deuteronômio, temos o último cântico de Moisés. O servo do Senhor se despede
com adoração e louvor. Moisés de forma bem didática faz um resumo de toda a
história de Israel em forma de cântico. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal,
ele “fez o povo lembrar de seus erros, a fim de que não mais os repetisse e
suscitou a nação a confiar apenas em Deus”, ainda mais por estarem ali, às
portas da Terra Prometida. Todo cuidado seria pouco.
Talvez o povo não tenha entendido o
seu discurso. Foi um apelo à fidelidade, um resumo de toda a tumultuada
trajetória de Israel, um aviso aos acontecimentos para que se preparassem para o
que viria pela frente (apostasia, monarquia, divisão do reino, catástrofes,
exilio e sofrimento entre outros – Dt 28). Profundos ensinamentos para a
geração do deserto. Os mais velhos entenderam, os novos o ficavam olhando e
admirando, como um verdadeiro líder e já pensavam em fazer uso do legado que
deixaria. Estavam diante de um exemplo de homem a ser seguido.
2. MOISÉS INCENTIVA O POVO A MEDITAR
NA PALAVRA.
Moisés era um homem que amava os
preceitos divinos. Por isso, antes de sua partida ele incentiva e reforça a
ideia de que precisavam ouvir e obedecer às ordenanças de Deus (Dt 29.9), a fim
de que prosperassem enquanto nação. O aviso partiu do líder e a escolha seria
do povo. Bênção ou maldição, qual seria a escolha deles?
Josué, ao longo de sua trajetória,
foi um exemplo de aluno, pois logo colocou em prática os ensinamentos
recebidos. O mesmo que ouviu, de Moisés antes de sua morte (Dt 29.9, cf Js 1.8),
ele repetiu ao povo, um pouquinho antes de iniciar a entrada na Terra
Prometida. Sentou para ouvir e aprender e um dia foi levantado para ensinar,
por isto é que todos os que amam e meditam na lei de Deus são bem-aventurados
(Sl 1.1-6).
3. MOISÉS VÊ A TERRA PROMETIDA E
MORRE.
Antes de morrer, Moisés abençoou
cada uma das tribos de Israel (Dt 33.1-29). Ele lutou em favor do seu povo e o
amou até os últimos dias de sua vida. Ele foi fiel a Deus e à sua nação em
tudo.
Até para morrer ele se mostrou obediente,
pois sabia do encerramento do ciclo de sua vida (Dt 32.48-52), quem sabe ele
não pensou em clamar a Deus para que esta decisão fosse mudada, tal como ele
houvera feito quando soube que não entraria na Terra Prometida, ocasião em que
pediu permissão para a entrada, mas o que ouviu não o entristeceu o coração,
apenas lhe revelou o seu erro. A resposta de Deus ficou por muito tempo soando
em seus ouvidos: “Basta; não me fales mais neste negócio” (Dt 3.26).
Moisés subiu ao monte Nebo e dali
avistou toda a Terra Prometida, pois não seria possível imaginarmos Deus não
permitindo que, pelo menos, pudesse contemplar o fruto de seu trabalho. Ele não
pisou naquela oportunidade com todos os hebreus, mas um dia lhe foi permitido
participar da mais importante reunião já realizada na terra (Lc 9.28-36),
ocasião em que estiveram presentes os representantes da Lei, Profetas e Graça,
a saber, o próprio Moisés, Elias e Jesus respectivamente.
Mesmo ali no monte Nebo, ele não
recebeu permissão para entrar em Canaã. Moisés havia desobedecido a Deus ferindo a
rocha (Nm 20). Ali no monte, solitário, o grande legislador vai se encontrar
com o seu Deus. Ele foi sepultado pelo Senhor em um vale na terra de Moabe,
todavia, o local nunca foi revelado a ninguém (Dt 34.6). Certamente Deus quis
evitar que o local, assim como o corpo de Moisés, fossem venerados pelos
israelitas. Durante trinta dias os israelitas choraram e lamentaram a morte de
Moisés (Dt 34.8).
4. MOISÉS NOMEIA SEU SUCESSOR (DT
31.1-8).
É necessário começar bem um
ministério e terminá-lo de igual forma. Moisés tinha consciência de que seu
ministério um dia findaria. Ele morreu, mas deixou o seu legado para a
história, tal como os outros grandes homens que Deus levantou sobre a terra.
Antes de sua morte ele se preocupou com o futuro de Israel, pois pediu para
Deus levantar outro em seu lugar (Nm 27.15-28). O seu único deslize foi não
perceber que o seu sucessor estava ali mesmo, ao seu lado, desde a saída,
lutando e ajudando-o (Ex 17.9-13; 32.17; 33.11). Josué o sucedeu e manteve o
modelo pregado e vivido por Moisés, resgatou e fez uso de alguns valores
espirituais e morais e entrou triunfalmente na Terra prometida juntamente com
todos os hebreus.
É muito importante que o líder do
povo de Deus tenha esta consciência e prepare os seus sucessores ainda em vida,
assim como fez Moisés (Dt 34.7-9).
quinta-feira, 27 de março de 2014
quarta-feira, 26 de março de 2014
terça-feira, 25 de março de 2014
Judas - informações essenciais
PROPÓSITO:
Lembrar a
Igreja a necessidade de uma constante vigilância – manter-se firme na fé e
opor-se às heresias.
AUTOR
Judas,
irmão de Jesus e de Tiago.
DESTINATÁRIOS
Os judeus
cristãos e os crentes em todos os lugares.
DATA
Aproximadamente
no ano 65 d.C., de Éfeso.
PANORAMA
A partir do
primeiro século, a Igreja foi ameaçada pelas heresias e pelos falsos ensinos.
Portanto, devemos nos manter sempre em guarda.
VERSÍCULO CHAVE
“Amado, procurando
eu escrever-vos com toda a diligência acerca da comum salvação, tive por
necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada
dos santos” (1.3).
PESSOAS-CHAVE
Judas,
Tiago e Jesus.
Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)
sábado, 22 de março de 2014
Aula de amanhã - em São José do Rio Preto/SP
Partindo de madrugada, para São José do Rio Preto. Logo mais amanhã cedo sairei à procura de uma igreja para assistir a EBD - lição 12, como professor que sou e aluno (acima de tudo), não dá para ficar sem o ensino da Palavra.
Em meados de 2012, em nossa congregação da Vila Fernandes, em uma das aulas, esteve presente uma irmã que estava visitando a família e que naquele dia chamou a avó para ir com ela, pois não queria perder a lição de domingo.
Lá pelo meio da aula eu percebi que estava diante de uma professora da EBD, devido a participação e atenção que ela dedicou. Muito bem, minhas suspeitas foram confirmadas, era realmente. E foi uma experiência muito gratificante.
Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)
sexta-feira, 21 de março de 2014
A consagração dos sacerdotes. Plano de aula
TEXTO
ÁUREO
“E quase todas as coisas,
segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há
remissão” (Hb 9.22).
VERDADE
PRÁTICA
O sacrifício expiador de Cristo
no Calvário foi perfeito, único e capaz de nos purificar de todo pecado.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE-Êxodo 29.1-12.
1
- Isto é o que lhes hás de fazer, para os santificar,
para que me administrem o sacerdócio: Toma um novilho, e dois carneiros sem
mácula,
2
- e pão asmo, e bolos asmos amassados com azeite, e
coscorões asmos untados com azeite; com flor de farinha de trigo os farás.
3
- E os porás num cesto e os trarás no cesto, com o
novilho e os dois carneiros.
4
- Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da
tenda da congregação e os lavarás com água;
5
- depois, tomarás as vestes e vestirás a Arão da
túnica, e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral; e o cingirás com
o cinto de obra de artífice do éfode.
6
- E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da
santidade porás sobre a mitra;
7
- e tomarás o azeite da unção e o derramarás sobre a
sua cabeça; assim, o ungirás.
8
- Depois, farás chegar seus filhos, e lhes farás
vestir túnicas,
9
- e os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos,
e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo, e
sagrarás a Arão e a seus filhos.
10
- E farás chegar o novilho diante da tenda da
congregação, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça do novilho;
11
- e degolarás o novilho perante o Senhor, à porta da
tenda da congregação.
12
- Depois, tomarás do sangue do novilho, e o porás com
o teu dedo sobre as pontas do altar, e todo o sangue restante derramarás á base
do altar.
PROPOSTAS
·
Arão e seus filhos
foram separados para o sacerdócio;
·
Lavagem com água:
pureza e perfeição;
·
Separação individual
– ministérios específicos;
·
Jesus proporcionou a
reconciliação com Deus;
·
Calvário: sem
derramamento de sangue, não há remissão;
·
O sacrifício de
Cristo foi perfeito, único e perpétuo;
·
Melquisedeque: sem
principio de dias e fim de existência;
·
Os sacrifícios eram
diários e constantes;
·
Jesus: sacerdócio
segundo a ordem de Melquisedeque.
INTRODUÇÃO
Deus ordenou que Moisés separasse
Arão e seus filhos para o sacerdócio. Todo o cerimonial de consagração bem como
o vestiário, o modo de proceder dos sacerdotes, foram dados por orientações do
próprio Deus.
A consagração do primeiro sumo sacerdote,
bem como a dos primeiros sacerdotes, Arão e seus filhos respectivamente, foi
uma cerimônia pública, aberta, para que todos tomassem ciência da escolha de Deus
e neste caso não houve necessidade de “fumacinha branca” para anunciar ao povo.
Os sacerdotes deveriam ser todos levitas, tribo que vivia exclusivamente
para Deus (Nm 8.14), por isto não receberam herança. Os sacerdotes pertenciam a
Deus, como foi atestado por Moisés no momento em que determinava o castigo para
os adoradores do bezerro de ouro (aqueles que são de Deus venham a mim – Ex
32.26).
Eles não poderiam ter posses, terras ou trabalharem no
campo e esta condição não
teria volta, remissão ou resgate. Alguns
tentaram, mas retornaram (Ne 13.11). Se cumprissem outra função estariam
trabalhando para os homens e não para Deus. Eles eram especiais, de Deus (Nm
8.14), tanto que não poderiam ser incluídos aos demais na contagem efetuada
durante o recenseamento em pleno deserto (Nm 1.47).
Desta forma se seguiram as separações
e consagrações dos sacerdotes que trabalharam no Tabernáculo e posteriormente
no Templo. Todos deveriam ser da tribo de Levi, requisito principal para o
trabalho, no entanto, com o decorrer do tempo, e movidos por interesses
pessoais, “Jeroboão não respeitou esta limitação e ordenou pessoas de outras
tribos como sacerdotes” (Rs 12.26-33). O resultado foi catastrófico, pois o
recém criado reino do Norte, “as dez tribos de perdidas Israel” foi invadido
novamente pelos bezerros. O povo que saiu livre do Egito e que se tornou
escravo da idolatria em pleno deserto, se deparou novamente com os bezerros (Ex
32.1; 1 Rs 12.26.33). E a conversa fiada foi a mesma; “Já chega de ir a Jerusalém para adorar a Deus. Povo de Israel, aqui
estão os seus DEUSES, QUE TIRARAM VOCÊS DO EGITO”!
Porém este sacerdócio levítico
foi somente útil e indispensável para a dispensação da lei, pois Jesus, o nosso
sumo sacerdote (Hb 6.20) tomou esta posição e nos garante o acesso a Deus sem a
necessidade dos falhos intermediários humanos.
Os cordeiros substituiram
o homem no sacrifício, mas não havia em Israel alguém que poderia substituir os
sacerdotes, até o dia em que “Deus enviou seu Filho amado”. Ele cumpriu o
tríplice ministério, pois é Rei, Sacerdote e Profeta.
I. A
CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS
1. A
LAVAGEM COM ÁGUA.
“Então, farás chegar Arão e seus
filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água” (Êx 29.4). Muitos
eram os rituais de preparação que os sacerdotes deveriam realizar antes de se
achegarem à presença de Deus.
Arão e seus filhos foram os primeiros escolhidos para
formarem a classe sacerdotal levítica. Eram parentes de Moisés, mas isto não
despertou qualquer dúvida ou suspeita quanto a chamada, uma vez que foram
direcionados para a porta da tenda da congregação, visível a todos os hebreus.
Se tivesse algo errado na separação, certamente Deus agiria. Este era o
pensamento do povo, por isto se reuniram e não questionaram a escolha
criteriosa feita por Deus, que deveria ser respeitada, inclusive por reis, que
nos diga Saul que ordenou a matança de inocentes sacerdotes do Senhor, somente
por pura vingança (1 Sm 22.18).
Arão e seus filhos foram
escolhidos dentre o povo, separados e levados à porta da tenda da congregação,
diante do Lugar Santo (Ex 29.4), onde somente os sacerdotes poderiam entrar,
tal como a igreja que foi escolhida entre muitos para entrar, não somente no
Lugar Santo, como também no Santo dos Santos para interceder pela humanidade
(Hb 10.19;1 Pe 2.9).
Depois da separação eles foram
lavados com água, representando a santificação, tal qual fomos lavados pelo
sangue de Jesus. Receberam vestes sacerdotais, tipificando as vestes brancas
que recebemos e que devemos manter sempre limpas e alvas.
Deus é santo e requer santidade
do seu povo: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv
19.2). Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de
Cristo (1Jo 1.7). Sem pureza e santidade não podemos nos achegar à presença de
Deus.
Uma importante razão pela qual o
crente deve santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada
através do procedimento justo e da vida santificada do crente.
2. A
UNÇÃO COM AZEITE (ÊX 30.23-33).
Somente Arão foi ungido com
azeite, após receber as vestes sacerdotais, representando a unção recebida pelo
nosso Sumo Sacerdote Jesus, a unção do Santo, a unção única (1 Jo 2.20).
Posteriormente seus filhos também foram ungidos, quando receberam as vestes de
Arão (Ex 29.29).
O azeite é símbolo do Espírito
Santo que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de Jesus (Jo
14.16,17,26), bem como o batismo com o Espírito Santo (At 1.4,5,8). Assim
também a igreja recebeu o penhor do Espírito (2Co 1.21,22), mas alguns de seus
membros são individualmente separados para ministérios específicos, segundo os
propósitos de Deus.
3.
ANIMAIS SÃO IMOLADOS COMO SACRIFÍCIO (ÊX 29.10-18).
Antes de intercederem em favor do
povo, os sacerdotes deveriam oferecer sacrifício para a remissão de seus
próprios pecados. Moisés sacrificou um novilho. Arão e seus filhos colocaram as
mãos na cabeça do animal para transferirem a culpa (Ex 29.10), pois este
sacrifício tipificava a limitação dos sacerdotes e as falhas que sempre
existiram no sacerdócio levítico. Arão que havia sido conivente com o caso do
bezerro de ouro na foi castigado como os 3000 que pagaram com a vida, mas ele
perdeu o direito de entrar na Terra Prometida e durante o seu ministério nunca
esqueceu que era também um “carente” da misericórdia de Deus. A carne deste
animal, o couro e as tripas deveriam ser queimadas fora do acampamento (Ex
29.14), tipificando o sacrifício de Jesus que fora nas imediações de Jerusalém
(Jo 19.20; Hb 13.12).
Depois Arão e seus filhos levaram
um cordeiro, sem mancha ou defeito diante do altar, para ser queimado como
oferta de cheiro suave a Deus. Os sacerdotes então perdoados estavam aptos para
adorarem a Deus, pois estavam limpos, vestidos e perdoados. Tipificava a
entrega total. Se colocaram a disposição de Deus.
Este cordeiro morto tipificava a morte
vicária de Jesus Cristo, que “morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras”
(1Co 15.3). A morte vicária de Cristo proporciona ao homem pecador a
reconciliação com Deus. Jesus morreu para expiar os nossos pecados (1Pe
1.18,19).
II. O
SACRIFÍCIO DA POSSE
1. O
SEGUNDO CARNEIRO DA CONSAGRAÇÃO (ÊX 29.19-35).
Era necessário que outro animal
inocente fosse morto. Um segundo carneiro foi sacrificado da mesma forma como o
anterior, representando as consagrações, o posicionamento diante da chamada
especifica. Faz alusão também aos dons ministeriais, de serviço e aos
espirituais.
Segundo o Comentário Bíblico
Beacon, “parte do sangue era colocada primeiramente na orelha direita
(santificação da atenção), no dedo polegar da mão direita (consagração simbólica
dos serviços) e no dedo polegar do pé direito (andar devotado a Deus”. O
restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar. Sem derramamento de
sangue não há remissão de pecado (Hb 9.22). Tudo apontava para o Calvário, onde
Cristo derramou seu sangue por nós.
As vísceras e gorduras do segundo
carneiro foram colocadas nas mãos de Arão e seus filhos, juntamente com fogaça
de pão e um bolo de pão azeitado com um coscorão do cesto dos pães asmos. Esta
era a chamada oferta de mãos cheias, a oferta de movimento, tipificando o
revestimento de poder, pois eram ungidos com azeite.
Depois tomaram o peito (região do
coração) e o ombro (sustento de Deus, apoio para exercermos nosso sacerdócio)
das consagrações, que se tornou a refeição sagrada, o complemento do sacrifício.
O que sobrasse deveria ser queimado, representando nossa comunhão diária.
quinta-feira, 20 de março de 2014
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