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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Curso básico (livre) de Teologia



O Seminário Teológico Manancial (SETEM) está disponibilizando o Curso Básico de Teologia para iniciantes e para todos que desejam aprender sobre a Palavra de Deus.

O curso será totalmente GRATUITO, livre de taxa de matrícula, de mensalidades e não haverá cobrança nenhuma pelos materiais que serão disponibilizados neste espaço e em outras mídias.

Caso haja interesse, a apostila utilizada no Seminário, poderá ser adquirida pelos alunos, a preço de custo mais valor do frete, dependendo da localidade dos alunos. 


Disciplinas:

Adoração

Angelologia

Bibliologia

Eclesiologia

Escatologia

Ética Cristã

Geografia Bíblica

Harmatiologia e Soteriologia

Heresiologia

Hermenêutica

Homilética

Libertação e Batalha Espiritual

Ministério Cristão

Missiologia

Teologia Sistemática  


Por: Ailton da Silva - 10 anos (Ide por todo mundo)

terça-feira, 5 de maio de 2020

Fé e coragem para entrarem ou para saírem da arca?

Noé sua família demonstraram muita fé para acreditarem em Deus e entrarem na arca, além de muita coragem para enfrentarem a rebeldia e incredulidade da humanidade.

Mas fé e coragem maiores demonstraram, tanto ele quanto sua família, para saírem da arca.

Pois não acredito que Deus tenha entregado a Noé a terra tal como entregou a Adão, um verdadeiro jardim, regada, perfeita ou bonita. 

Fatalmente todos se assustaram ao abrirem a porta da arca. A visão não deve ter sido tão agradável.

Árvores caídas, entulhos, lama, corpos, animais mortos, não creio que deve ter sido diferente disto.

Trabalharam muito na construção da arca para serem salvos e saíram salvos para trabalharem muito na terra que estavam recebendo de Deus.

Por: Ailton da Silva - 10 anos (Ide por todo mundo)

segunda-feira, 4 de maio de 2020

A urna funerária e a túnica de José

José faleceu e foi sepultado no Egito (Gn 50.24-26). A urna funerária atestou sua morte, justamente o que a túnica rasgada e manchada de sangue não foi capaz de fazer.

A túnica deixou saudade, choro e sofrimento para Jacó, o pai, mas a urna funerária deixou um legado, uma história e uma promessa feita pelos irmãos que nunca foi esquecida.

Pela promessa, os ossos de José não poderiam ficar no Egito e de fato não ficou, pois Moisés levou quando os hebreus saíram do Egito (Ex 13.19).

Por: Ailton da Silva - 10 anos (Ide por todo mundo)

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Prometeu e cumpriu!

Jesus, o dono da vida 
morreu primeiro que o homem

Jesus morreu primeiro na cruz, os ladrões depois. Os soldados foram e quebraram as pernas dos dois para que morressem asfixiados. Jesus morreu primeiro, mas fielmente ficou esperando o ladrão convertido. Neste intervalo, aqueles que haviam morrido na esperança (no passado) aguardavam ansiosos a manifestação de Jesus (naquela dimensão), mas se “acalmaram” quando ouviram do próprio Salvador: “Calma gente, ainda falta um, não posso deixá-lo, promessa é promessa, ele ainda não morreu, está agonizando na cruz e Eu prometi que estaria comigo no paraíso. Eu cumpro o que prometo”

Por: Ailton da Silva - 10 anos (Ide por todo mundo)

terça-feira, 28 de abril de 2020

Reflexões: Frases

“O céu começa onde o pecado termina”. Thomas Adams

“Não há testas enrugadas no céu”. Anônimo

“O céu seria um verdadeiro inferno para uma pessoa perversa”. Thomas Brooks

Quanto mais do céu desejamos, menos da terra cobiçamos”. Anônimo

“Ninguém vai para o céu se já não enviou para lá seu coração”. Thomas Wilson

“A ciência pode acrescentar anos à sua vida, mas só Cristo pode acrescentar vida a seus anos”. Anônimo

“Muitas tribulações são causadas porque nossos sonhos são maiores do que nossos ganhos”. Anônimo

“Cuidado com o início da cobiça, pois você não sabe onde ela terminará”. Thomas Manton

“Olhe para a Fonte; só o fato de olhar lhe dará sede”. Andrew Bonar

“Nas maiores profundezas da vida, os homens não falam a respeito de Deus, mas falam com Ele mesmo”. D. Elton Trueblood

“O diabo adora pescar em águas agitadas”. John Trapp

“O pecado deforma; a escola informa; Cristo transforma”. Anônimo

“Coragem não é ausência de medo, mas domínio sobre ele.”. Anônimo

Por: Ailton da Silva - 10 anos (Ide por todo mundo)

segunda-feira, 27 de abril de 2020

O preconceito que abriu portas!

O preconceito da multidão que buscava milagres e maravilhas permitiu que a mulher que sofria com o o fluxo de sangue chegasse até Jesus. Ninguém tocou nela, abriram caminho facilmente e permitiram a aproximação para receber a cura. Puro cumprimento da Lei Mosaica (Lv 15.19). As brechas que mulheres sábias perceberam na Lei. (mulheres e as brechas na Lei)

Por: Ailton da Silva - 10 anos (Ide por todo mundo)

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Deus falando aos corações!

Alguns trechos de uma grande mensagem 
Pastor Geziel Gomes (2019 - Gideões)

“Os microondas dos nossos cânticos estão destruindo os vulcões do nosso louvor”.

“A prosperidade rápida tomou o lugar da unção demorada”.

“Se Deus não pode fazer o que quiser na sua igreja, nós não temos o direito de chamá-lo de Senhor”.

“Se Deus não te conhece, porque tu o adoras”?

“Se nos confundirmos com o manual e o GPS não chegaremos ao final”.

“Se você quer ver como uma coisa vai terminar, procura ver como foi que começou” (arrebatamento será um grande momento de transformação de corpos, tal como foi o primeiro milagre de Jesus, a transformação grandiosa da água em vinho).


Parafraseando:
O tempo pode até estar em nossas mãos, mas a eternidade está nas mãos de Deus.

Enquanto o Sol (Deus) estiver brilhando não haverá espaço para estrelas (homens).

Duas mãos: uma para cavar (investigar, procurar, estudar) e outra para erguer aos céus pedindo a revelação de Deus.

A Palavra não pode ficar na cabeça, mas sim deve estar no coração. Deus fala ao coração.

O principio deve ser fundamento para o fim.

O avivamento perfeito: 14 nações/povos reunidos no dia de Pentecostes.  Sete é o numero da perfeição na Terra e o número da plenitude no céu. Deus reuniu a perfeição e a plenitude e promoveu o avivamento perfeito.


Por: Ailton da Silva - 10 anos (Ide por todo mundo)

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Curiosidade Teológicas e Bíblicas

Há muito tempo que não ouvia isto:

  • Onde passarás a eternidade? Eternidade não passa, se vive;
  • Para quem Jesus entregou o seu espírito? Para Ele mesmo?;
  • Deus encarnado é como o oceano inteiro dentro de um pequeno e simples copo;
  • Filhos: Unigênito (Jesus). Criação (anjos). Aliança (Israel). Adoção (igreja);
  • O homem é um ser mortal, pois tem começo meio e fim. Somente a Deus podemos atribuir o termo “eterno”. Ele não teve principio de dias e nem terá fim de existência;
  • Jesus veio salvar a humanidade do inferno ou da ira de Deus? (Rm 1.18);
  • Um justo juiz jamais absolveria um condenado e nunca demonstraria um pouquinho de amor e misericórdia por ele. Deus fez isto com nós;
  • Inferno é a total separação de Deus. Então Jesus viveu por alguns minutos o inferno enquanto estava na cruz, pois lá sentiu a separação e distancia;
  • Ouro – presente a reis;
  • Mirra – presente a profetas;
  • Incenso – presente a sacerdotes;
  • A árvore do jardim do Éden era um chamativo, um atrativo, momento para o homem exercer o poder de decisão. No jardim Deus visitava andava ao lado, depois do pecado original Deus começou a habitar dentro do homem;
  • Onisciência de Deus: ver o passado, presente e futuro numa mesma perspectiva, independente de nossas opções e decisões.
Por: Ailton da Silva - 10 anos (Ide por todo mundo)

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Material utilizado nos Cultos de Ensino do mês de fevereiro

das igrejas Casa de Oração para todos os povos - Manancial

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MARAVILHOSA GRAÇA E A SALVAÇÃO
Texto bíblico: Ef 2.1-8

Conteúdo:
  • Definição de Graça e o preço pago;
  • A escolha de Deus e dos homens;
  • Atribuições da Graça;
  • A guerra entre a Graça e o pecado;
  • A condição do pecador e a oferta de Deus;
  • Origem, operador e propósito da salvação;
  • Alcance da salvação;
  • Os primeiros passos e o lastro da salvação
  • A salvação e o tempo da ignorância;
  • Os elementos básicos da salvação.

1) Introdução:
A manutenção da raça humana, após o pecado original, se apresentou como um problema que deveria ser resolvido e de fato foi. Para tanto, Deus comunicou e entregou a Graça para que sua criação tomasse um rumo diferente, não por vontade própria ou por suas obras, mas por meio da fé, o dom que viria de Deus. A Graça refreou a natureza humana pecaminosa, caso contrário, seria impossível a vida nesse mundo.

2) Definição de Graça:
A Graça é o favor imerecido de Deus que não cobra nada em troca e nem resulta em divida, pois se trata da pura manifestação da bondade, amor e misericórdia de Deus. Na história da humanidade sempre vimos o homem buscando, de forma errada, seus deuses, mas na manifestação da Graça ocorreu justamente o contrário, pois foi Deus que se manifestou para buscar e promover o encontro com sua criação, para resgatá-la. A Graça tornou-se manifesta pela vinda e sacrifício de Jesus na cruz. Esse plano foi pensado e instituído, por Deus, antes mesmo da fundação do mundo (Jo 1.14; 1 Pe 5.10; Zc 12.10).

3) O alto preço da Graça:
Um preço muito alto foi pago por Jesus para que a Graça fosse de fato manifesta. O sacrifício do Calvário produziu e apresentou a possibilidade de salvação à humanidade e abriu as portas para a pregação da Palavra, que por sua vez produz arrependimento por parte do homem e consequentemente o perdão de Deus.

4) A escolha de Deus:
Deus escolheu homens no passado, alguns destoavam qualidades outros não, porém nenhum se apresentava como digno da escolha ou do chamado. Estes homens foram alcançados, escolhidos e receberam cada qual sua missão. Noé, Abraão, Jacó, José, Moisés, Davi, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, os discípulos (Mt 10.10), os crentes primitivos  (Rm 1.7) entre outros. Esta mesma Graça também chegou até nós.

5) Atribuições da Graça:
A graça possui infinitas e santas atribuições, sem as quais o homem jamais poderia prosseguir para o alvo da soberana vocação (Fp 3.13-14). A Graça santifica (Rm 6.22), separa o homem para viver em comunhão, liberta (Rm 6.14), desfaz o domínio do pecado (Gl 5.1) e nos torna servos de Deus.

6) A relação entre a Graça e o pecado:
O pecado reina desde sua entrada no mundo e não poupou, tanto os que estavam debaixo como os que não estavam debaixo da Lei e para minar as forças do pecado, Deus revelou sua Graça e a apresentou como única solução. Deus resolveu o problema do homem, justificando e libertando-o do domínio do pecado (Rm 6.6).

7) A condição do pecador:
O pecado cativa, escraviza o homem (Jo 8.34) e o deixa debaixo de poder absoluto. Os que se encontram nessas condições estão mortos espiritualmente. Somente a Graça de Deus pode mudar esta situação. O encontro com Deus, muitas vezes, não requer fé por parte do homem (Ex 3.9-14), tal como os hebreus que foram agraciados com a libertação do Egito e muito deles sequer sabiam o nome de Deus. Moisés ouviu: “Eu ouvi o clamor do povo e decidi libertar”. O mesmo aconteceu com Saulo que ouviu atentamente a pregação de Estevão antes de responder ao chamado de Jesus (At 7.58-59; 9.1-8), ele conhecia toda a história que Estevão havia pregado, somente não conhecia e nem detinha em sua vida a Graça.

O pecador se aproxima de Deus na esperança de encontrá-lo (Jo 14.6). Ouve, crê e decide para então conhecer o que é viver pela fé. A fé não é essencial para o encontro com Deus, porém para a salvação é imprescindível, pois sem fé é impossível agradar a Deus.

8) A salvação ofertada por Deus:
A salvação é apontada em toda a Bíblia como a única forma do homem alcançar a vida eterna. É a justiça de Deus imputada ao pecador, que proporciona a reconciliação entre o Criador e sua criatura, uma bela relação de comunhão, portanto não depende da vontade ou muito menos de regulamentos humanos.

9) Origem da salvação:
A salvação da humanidade foi pensada e iniciada no coração de Deus, antes mesmo da fundação do mundo. A salvação é inclusiva e contempla todos os pecadores, porém não são todos que demonstram o interesse. Se a destituição, devido ao pecado, atingiu todos, então a salvação também deveria ser oferecida nos mesmos moldes a todos.

10) O operador da salvação:
A salvação foi planejada pelo Pai que ofereceu a justificação ao pecador. Ao Filho coube a tarefa de executar a salvação, enquanto que ao Espírito Santo foi atribuída a missão de operar a santificação. Somente Jesus poderia executar efetivamente o plano de salvação na Terra, pois foi o único que nasceu, viveu e morreu sem conhecer o pecado.

11) Propósito da salvação – a adoção:
Pela Graça, nos tornamos co-herdeiros de Cristo (Ef 1.13, I Co 3.21) para vivermos em regiões celestiais em Cristo Jesus (Rm 5.2; Ef 2.8). A Graça nos permite assumir a posição de filho e pelo processo da adoção (Rm 8.15,23; Gl 4.5; Ef 1.5), que é uma das mais belas doutrinas da Bíblia, passamos a desfrutar de todos os privilégios preparados por Deus. A adoção nos torna filhos de Deus (1 Jo 3.2), irmão de Jesus (Hb 2.11), herdeiro dos céus (Rm 8.17).

12) Alcance:
Deus deseja que todos os homens sejam salvos e que cheguem ao pleno conhecimento da verdade (I Tm 2.4). Deus ofereceu a salvação para todos (I Jo 2.2) e deu o seu Filho Unigênito cheio de Graça e Verdade, para que “todo aquele” e não “todos aqueles” tenham a vida eterna. Esta afirmação nos remete a ideia da tricotomia, ou seja, a expressão “todo aquele” faz alusão à formação do homem, enquanto pessoa, o individuo na sua totalidade (corpo, alma e espirito). O sacrifício de Jesus garantiu a salvação de “todo aquele” (homem enquanto corpo, alma e espírito) que se arrepende e não de todos os pecadores.

13) Os primeiros passos para a salvação:
O homem deve ouvir a Palavra com atenção, reflexão, reverência, interesse e com sede de conhecer a Verdade (Jo 8.32,36; Rm 10.17). Os que aceitam o convite de Jesus (Ap 3.20; Mt 24.13; Jo 15.7; Rm 3.23-24) devem se arrepender, confessar e deixar seus pecados (Mt 3.2). O verdadeiro arrependimento consiste não apenas na mudança de pensamento (Jo 3.3), pois envolve o nosso intelecto, a maneira de pensarmos em Deus, em nossos pecados e muda por completo a nossa relação com o próximo. Após o arrependimento sincero, o pecador deve confessar publicamente sua opção de vida através da conversão.

14) O lastro da salvação (garantia):
Somente quem nasceu, viveu e morreu sem pecado poderia executar efetivamente a salvação daqueles que nascem, vivem e estão em iminente perigo devido ao pecado. Jesus morreu como vitima do sistema, mas não morreu pelo sistema. Ele morreu por “todos” (2 Co 5.14-15) e pelos pecados de “todos” (1 Jo 2.2) atestando que a sua obra de redenção é sem acepção de pessoas, mas não serão “todos” salvos, pois somente aquele que crer (homem na sua totalidade - corpo, alma e espirito) é que será salvo (Jo 3.16).

15) A salvação e o tempo de ignorância:
Deus não leva em conta o tempo da nossa ignorância (At 17.30), mas manda que todos os homens em todos os lugares se arrependam. A salvação nada tem haver com o passado da pessoa salva, mas sim tem a haver com o presente e futuro, pois nos permite viver em comunhão com Deus e nos livra do castigo futuro (Rm 5.9). Seremos salvos para algo mais e não somente para sermos privados da perdição. Felizmente a salvação em Cristo Jesus nos proporcionará uma eternidade com Deus (1 Ts 1.10).

16) Graça, Sangue e Fé (Rm 3.24-25): São três os elementos essenciais para a efetivação da salvação:
  • Graça: a fonte da salvação é a Graça (Tt 2.11), que manifesta-se independente das obras dos homens;
  • Sangue: a base da salvação é o Sangue de Jesus (I Jo 1.7), que nos purifica de todo pecado;
  • Fé: o meio para salvação é a fé (Ef 2.8-9), que nos conduz ao Salvador e coloca a verdade em nossa mente e Cristo em nosso coração A Fé é a ponte que dá passagem ao mundo espiritual.

17) Conclusão:
A Graça, favor imerecido, vem de Deus e não dos homens. A manifestação da Graça no mundo se deu com a vinda e sacrifício de Jesus na cruz. Pela Graça alcançamos a santificação e somos libertos do domínio do pecado. A salvação alcança todo o homem (corpo, alma e espirito) que crê no sacrifício vicário de Jesus.

Por: Ailton da Silva - 10 anos (Ide por todo mundo)

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Material utilizado nos Cultos de Ensino do mês de janeiro

das igrejas Casa de Oração para todos os povos - Manancial


COMO O PECADO CHEGOU ATÉ NÓS
Texto bíblico: Rm 3.12-23

Conteúdo
  • Definição de pecado
  • Realidade e universalidade do pecado;
  • Como o pecado chegou até nós?
  • A criação perfeita sem pecado;
  • O pecado na esfera angelical;
  • O pecado na esfera humana;
  • Pecado de omissão;
  • Pecado de comissão;
  • Consequências do pecado;
  • O perdão de Deus.
Introdução:
É muito importante conhecermos a doutrina cristã do pecado, visto que continuamos pecadores, mesmo conhecendo e usufruindo da Graça de Deus em nossas vidas.

Definição:
O conceito mais comum de pecado é “errar o alvo”, ou seja, pecado é tudo aquilo que nos torna diferente do projeto original de Deus.

Segundo o dicionário Aurélio, pecado é entendido como a transgressão de preceito religioso, falta ou culpa. Teologicamente, o pecado é definido como qualquer ação, atitude ou disposição que torne possível o fracasso humano em cumprir ou alcançar de modo completo os padrões estabelecidos por Deus (I Jo 3.4), deixando o homem escravo dessa prática (Jo 8.34).

A realidade do pecado:
O pecado é um fato incontestável, é um vírus que atingiu toda a raça humana, uma chaga universal, um tormento coletivo. É uma realidade que leva o homem à prática do mal e como consequência gera a opressão, luta, guerra, sofrimento e por fim a morte.

Negar a existência do pecado é negar por extensão a veracidade da Escritura, que do principio ao fim afirma que o pecado existe.

A universalidade do pecado:
O pecado é universal, pois o erro de Adão foi transmitido e afetou todos os seres humanos (Gn 6.11-12; Sl 14.1-4, 53.1-3, 143.2; Pv 20.9; Ec 7.20; Rm 3.10-23, 5.12; I Jo 1.8,). O pecado está presente na natureza humana desde cedo (Jó 14.4; Sl 51.5; Jo 3.6; Ef 2.3). Todos os descendentes de Adão são pecadores, exceto Jesus.

Como o pecado chegou a nós?
Os anjos, seres angélicas criados por Deus sem pecado (Ez 28.11-19), se rebelaram contra o Criador, que não os poupou (II Pe 2.4; Jd 1.6).

Não há versículos específicos que relatam o número de anjos rebeldes, mas algumas passagens nos levam a conclusão de que se tratou da terça parte (Is 14.12; Lc 10.18; Hb 12.22; Ap 9.1, 12.3-9).
Este mal percorreu um longo caminho até atingir a maior criação de Deus na Terra, que havia sido avaliada como boa ao final do sexto dia (Gn 1.31).

O homem foi criado sem pecado (Gn 1.26-28;31), um ser moral, com capacidade para discernir entre o bem e o mal. Somos livres para decidir sobre nossa vida, mas temos que ter ciências que daremos conta de todas as nossas decisões (Ec 11.9).

A Bíblia nos mostra que Deus formou a luz e criou as trevas, a paz e o mal (Is 45.7), porém este mal criado não pode ser entendido como aquele estado que assola o homem e o leva à prática do pecado. Pois Deus é bom e não pode ver e nem ser tentado pelo mal, além de ser moralmente perfeito (Dt 32.4; Hc 1.13; Mt 5.48; Hb 6.18; Tg 1.13; 1 Jo 1.5).

Portanto esse mal citado deve ser entendido como a situação de calamidade, caos que está reservado para aqueles que não optarem por seguir a vontade de Deus, ou seja, o pecador será punido ao final e entenderá todos os acontecimentos futuro como um mal criado por Deus e não como manifestação da sua justiça.

A criação perfeita sem pecado:
Deus declarou que era bom tudo o que havia criado (Gn 1.31), portanto podemos afirmar que o Universo estava isento do pecado no momento de sua criação.

O livre-arbítrio:
Deus criou o homem sem pecado, mas a sua criatura pecou fazendo uso do livre-arbítrio, uma espécie de crédito dado por Deus, que se transformou em débito, a partir do momento em que o homem se tornou escravo do pecado.

Essa escravidão tirou do homem as possibilidades de mudança de vida por iniciativa própria, mas não foi capaz de impedir a libertação através do sacrifício de Jesus. Na verdade, o livre-arbítrio nada mais é do que uma desculpa esparrafada usada pelo homem para justificar suas falhas. Um remédio que não produz efeito.

O pecado na esfera angelical:
Os anjos foram criados por Deus sem pecado (Ez 28.11-19), porém o Maligno conseguiu, arrastar a terça parte dos anjos do céu, através da bajulação e mentira (Jo 8.44). Portanto, na esfera angelical, o pecado teve início, no coração do antigo querubim, atual Maligno.

O pecado na esfera humana:
O ser humano é pecador (Rm 3.10,23), porém nem sempre foi assim, pois o homem foi criado sem pecado (Gn 1.26-31; 2.7-9). O pecado entrou no ser humano através da tentação diabólica (Gn 3.1-24). Neste episódio o homem desobedeceu a Deus para obedecer ao Maligno. A partir daquele momento todo ser humano passou a ser pecador aos olhos de Deus (Sl 14.3; 53.3; Rm 3.10-12).

Pecado de omissão:
Pecado de omissão consiste em deixar de fazer o que a Lei de Deus ordena (Tg 4.17), ou seja, deixar de fazer o que sabemos e o que devemos fazer. Em outras palavras seria como nos silenciar diante da vontade de Deus, cruzarmos os braços. 

Um bom exemplo de pecados de omissão registrados são os fatos narrados na parábola do bom Samaritano (Lc 10.30-37), ocasião em que o sacerdote e o levita pecaram não fazendo o que deveriam fazer, ou seja não amaram o próximo. Outro exemplo foi o caso do homem que recebeu um talento do seu Senhor e que sabia de sua responsabilidade, entretanto optou por enterrar o talento, em vez de trabalhar. Assim, ele pecou contra o seu Senhor e foi punido (Mt 25.41-46). Conhecemos a vontade de Deus e sabemos o que devemos fazer, entretanto não fazemos (2 Pe 2.21). 

As vezes nos consideramos donos da nossas vidas ou tememos a vontade de Deus. Sempre quando nos portamos desta forma seremos disciplinados por Deus até nos submetermos à sua vontade (Hb 12.5-11) e perdermos recompensas espirituais (1 Co 9.24-27).

Pecado de comissão:
O pecado em comissão é justamente fazer o que a Lei de Deus proíbe (II Jo 10,11), momento em que nos tornarmos cumplices do sistema opressor maligno. O pecado de comissão começa dentro de nós. É um ato, palavra ou desejo contrário à lei de Deus, que parte do ser humano.

Antes de conhecermos a Graça não sentíamos o peso provocado pelo pecado, sentíamos, às vezes, remorso, no entanto, agora conhecedores da Palavra sabemos da necessidade da confissão e posterior perdão de Deus.

Consequências do pecado:
As consequências do pecado se espalharam rapidamente por toda a humanidade, contaminando todos os poderes e faculdades do corpo e alma (Gn 6.5, Sl 14.3, Rm 7.18). 

O pecado também quebrou a comunhão plena com Deus, fato este comprovado pela expulsão do homem do paraiso, o lugar que representava a comunhão e a plenitude da vida feliz com Deus. Como consequência do pecado, ao homem foi vedado o acesso à árvore da vida, o símbolo da vida eterna (Gn 3.22-24).

O pecado produziu distúrbios em todos os aspectos da vida do homem, tanto na vida física, sujeitando-o à fraquezas, doenças, quanto na vida mental, pois o sujeitou à perturbações angustiantes. A alma do homem se tornou um campo de batalha de pensamentos, paixões e desejos conflitantes (Gn 3.8-10).

O pecado provocou o afastamento do Criador e sua criatura. Com isso o homem perdeu a retidão original e rompeu com a verdadeira fonte de vida, obtendo como resultado a condição de morte espiritual (Ef 2.1-12, 4.18).

Após o pecado original, o homem foi condenado a retornar ao pó do qual fora formado (Gn 3.19) e se tornou sujeito à morte eterna (Rm 6.23), o destino eterno reservado a todo aquele que passam pela morte física, sem se arrependerem de seus pecados. O tormento é real, consciente e eterno (Lc 16.23, 24, Ap 14.11, 20.10-15).

O perdão de Deus:
Jesus, pelo sacrifício vivo do Calvário, abre as portas da Graça para o pecador. A estes bastam se arrependerem de seus pecados, optando pela mudança de vida total proporcionada a todos os que crêem no Filho de Deus.

Jesus morreu em nosso lugar (1 Co 15.3) para satisfazer plenamente a justiça de Deus (Gl 1.4; Ef 5.2), por isso os salvos em Jesus devem viver em santidade, reconhecendo seus erros e devem buscar o arrependimento sincero, através da confissão dos pecados (I Jo 1.8-9). 

Próximo assunto: Maravilhosa Graça e Salvação

Por: Ailton da Silva - 10 anos (Ide por todo mundo)