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sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Êxodo 14 – O caminho de Deus e as três portas abertas para Israel em pleno deserto – parte 3


Introdução:

Pelo caminho longo, os egípcios seriam eliminados, os filisteus, seus futuros inimigos, seriam evitados e quando chegassem em Canaã já teriam a experiência e estrutura para reprovarem a conduta pecaminosa dos cananeus, sem contar que já teriam forças suficientes para lutarem pelas suas próprias terras. A intenção de Deus era que amassem a obra e passassem este sentimento às futuras gerações.

 

Seguiram o caminho mais longo, já que para ficar marcado na história das duas nações, deveria ser algo extraordinário vindo de Deus, algo nunca visto entre os humanos, sobrenatural, socorro vindo do céu.

 

b) Um inimigo complicado – parentes próximos:

Nação vizinha e aparentada, descendentes de Esaú (Gn 36.9; Nm 20.14; Dt 23.7), que foi incluída no rol de históricos inimigos, ao longo de sua história. Eram guerreiros robustos, impetuosos e orgulhosos.

 

Deveriam ter aberto caminho e auxiliado os hebreus a entrarem em suas terras e viveriam em paz como vizinhos, com saúde, prosperidade e segurança para os dois povos (Nm 20.14-21; Dt 23.7; Sl 137.7). Em vez de ajudarem, fizeram de tudo para alongar o caminho dos hebreus, mas não impediram a entrada. E quando Jerusalém foi sitiada (Ob 1.2-18), saqueada e queimada pelos babilônios, os edomitas não ajudaram e festejaram a queda. Deram as costas para os hebreus nas duas ocasiões em que precisaram de ajuda.

 

Os hebreus precisaram de ajuda, de palavra amiga, conforto, auxílio, pão e água, mas bateram na porta errada. Procuraram as pessoas erradas para pedirem ajuda e para contarem seus projetos e problemas.

 

c) A origem dos problemas:

“Como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça”. Uma profecia com cabal cumprimento. Porque Esaú não ficou de boca fechada quando soube que não era mais o filho primogênito (Gn 27.32, p. final). Em vez disto, abriu o bocão para reclamar e maldizer: “chegar-se-ão os dias de luto de meu pai, então matarei a Jacó, meu irmão” (Gn 27.41).

 

Jacó pensou no alto quando pediu a primogenitura, ao contrário de Esaú que pensou na terra, no baixo e no material. Enquanto Jacó pensava em ser referência para próximas gerações, Esaú somente queria ser o maioral na família.

 

Lentilhas cruas não seduziria Esaú, mas um guisado bem preparado de uma caça fresca fatalmente deixou nascer no seu coração o desejo pelo reconhecimento do pai.

 

Uma coisa tão simples foi capaz de separar duas nações. Um simples guisadinho, uma palavrinha, uma expressão mal interpretada, um olhar mais estranho. Coisas tão simples são capazes de separar pessoas.

 

“Se pisarem no nosso quintal, sairemos a espada contra ti”. Edom estava louquinho para guerrear com Israel, eles lançaram a isca, mas Moisés não mordeu.

 

d) Os erros do inimigo (falta de solidariedade):

O primeiro erro dos edomitas foi quando não deixaram os hebreus passarem pelas suas terras (Nm 20.14-21; Dt 23.7; Sl 137.7) para chegarem a Terra Prometida, mesmo com o parentesco que havia entre os povos. Foram hostis logo no primeiro no encontro. Os anos de separação não curaram as feridas do passado produzidas por Jacó e Esaú. O não dos edomitas levou os hebreus a um longo desvio no deserto. Contudo Israel não poderia considerar os edomitas abominação (Dt 23.7,8);

 

O segundo erro dos edomitas foi quando não ajudaram o Reino de Judá diante da invasão babilônica. Ficaram torcendo pela derrota e ajudaram o invasor (Ob 1.2-18). Os edomitas colaboraram indiretamente para o sucesso babilônico, durante a invasão, inclusive saquearam o devastado e quase desaparecido reino do Sul, mas porque agiram desta forma? Porque não ajudaram seus parentes?

 

A resposta para esta pergunta remonta os áureos tempos dos patriarcas. Foi muito difícil para esquecerem os feitos de Jacó e o clamor de Esaú, “não reservaste, pois, para mim uma benção” (Gn 27.36, parte final), pois a melhor parte da benção havia ficado com Israel (Gn 27.28-29) e não com Esaú. Teria sido a vingança dos edomitas?

 

Pensavam somente em si mesmos, assim como o pai Esaú: “Vou caçar para fazer o guisado (Gn 27.3). Estou com fome (Gn 25.32). De que me serve a primogenitura (Gn 25.32)”. Tal pai, tal filhos. O pai desprezou a primogenitura e sua bênçãos e então os filhos desprezaram Israel e perderam a oportunidade de viverem em paz, com segurança, saúde, prosperidade ao lado dos parentes.

 

e) A inspiração vinda de Deus para resolução do problema:

Moisés chegou contando as bênçãos recebidas no Egito e no deserto para os invejosos. Tem horas que é melhor ficar calado. Quando ele percebeu o erro já era tarde demais, pois já havia atiçado os ciúmes dos irmãos vermelhos. Porque alguém não gritou que Jacó já havia pago o preço pelos seus erros. Porque não falaram aos edomitas que Israel também já havia pago (cfe Ex 12.40) também o preço?

 

Coitado dos edomitas, pois compraram uma briga feia com Deus, mexeram com o povo errado. Agora era lei do bateu, levou. Quebrou, pagou. Procurou, achou. Edom, não adianta se prostrar de machão, pois Deus já te fez pequeno.

 

f) O fim de Edom:

Choraram, mas não conseguiram o perdão, tal como o pai Esaú (Gn 27.36b, 38; Hb 12.16). Junto com esta porta fechada pelo inimigo, Deus se antecipou e eliminou também o problema que teriam com os moabitas e amonitas, logo à frente.

 

g) Conclusão:

Outra porta que parecia aberta por Deus, mas que na verdade era uma armadilha do inimigo, que ele mesmo tratou de fechar. O caminho longo, menos desejado, era o que reservava a bênçãos. Até chegarem em Canaã foram muitas intervenções de Deus que ficaram marcadas na historia das nações e povos que se envolviam com os hebreus.

 

Um inimigo chato, complicado, orgulhoso, próximo, parente que fez de tudo para atrapalhar. Deram as costas, zombaram e riram de Israel em duas ocasiões, na primeira quando não permitiram que passassem pelo seu território e quando viram Jerusalém tombada pelos babilônios. Ai dos edomitas, Deus entrou na guerra. O problema era antigo e mal resolvido, o que lentilhas cruas não foi capaz de fazer o guisado fresco da própria caça conseguiu fazer, seduzir Esaú. Tal pai, tal filho, clamaram, choraram, mas não obtiveram perdão, tal como Esaú não recuperou nenhuma porção da benção que ele mesmo havia desprezado. O pai desprezou a benção da primogenitura e os filhos da mesma forma desprezaram a oportunidade de ajudar Israel. Se tivessem socorrido, certamente seriam prósperos, numerosos e teriam vivido em paz como bons vizinhos.

Por: Ailton da Silva - 14 anos (Ide por todo mundo)

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Cabelos x dedos

Você deixaria qualquer pessoa cortar os seus cabelos? E se te falassem: “ou corto os seus cabelos ou corto seus dedos”, qual você deixaria?

 

Lição de vida: Em alguns momentos da vida precisamos sacrificar algo. Devemos ter cuidado para não sacrificarmos o errado. É melhor cortar nossos cabelos do que nossos dedos.

 

Os cabelos representam nossos planos materiais, ministeriais, profissionais, viagens e com igreja, que podem ser retomados daqui há alguns anos, caso sejam bruscamente interrompidos com o corte. Os cabelos crescem novamente com o tempo.

 

Os dedos representam

o tempo que temos com: 

família 

filhos 

pais 

saúde 

que não podem ser 

recuperados com o tempo.

 

Portanto, entre os cabelos e dedos, deixem que cortem seus cabelos, pois crescerão novamente.

 

Por: Ailton da Silva - 14 anos (Ide por todo mundo)

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Êxodo 14 – O caminho de Deus e as três portas abertas para Israel em pleno deserto – parte 2


Introdução:

Ao longo da nossa caminhada, muitas oportunidades surgem em nossa vida que parecem “portas abertas” por Deus, mas que na verdade são grandes livramentos e vitória diante de inimigos, que não poderíamos combater sem a presença de Deus. Israel, em sua trajetória em direção a Terra Prometida se viu frente a inimigos desconhecidos e também presenciou caminhos que abreviariam a caminhada e que pareciam portas abertas por Deus, mas que na verdade eram armadilhas do “inimigo”

 

a) O primeiro inimigo (o primeiro que ousou se colocar no caminho)

Após a passagem pelo ar Vermelho, os hebreus imaginaram que a caminhada até à Terra Prometida seria retomada sem maiores problemas, porém um imprevisto adiaria por um breve momento a continuidade da viagem.

 

Justamente neste local foram atacados sorrateiramente pelos amalequitas, os descendentes de Esaú (Gn 36.12-16) e do povo que habitava a região da península do Sinai e se tornaram ferrenhos inimigos de Israel, os edomitas. Cruéis, bárbaros, infiéis e que aproveitava os momentos de fraqueza de seus inimigos (Dt 25.18).

 

Oficialmente foram os primeiros que ousaram a se colocar como obstáculo entre Israel e a Terra Prometida.

 

b) O inimigo espiritual enviado cheio de inveja

Os amalequitas não desejavam os despojos e riquezas dos hebreus, também não estavam pensando em proteger os cananeus que habitavam Canaã e muitos menos queriam escravos, na verdade o interesse deles era espiritual, foram enviados pelo Maligno para impedirem o cumprimento do plano de Deus. Deus fechou a porta

 

c) Deus cuida do invejoso

Então refeitos e saciados da sede, pois Deus primeiramente socorreu seu povo para que pudessem enfrentar os amalequitas. Então Israel lutou como um gigante e enfrentou este seu declarado primeiro inimigo.

 

Por terem se colocado entre Israel e a Terra Prometida, os amalequitas caíram nas mãos de Deus, que daquele momento em diante trataria diretamente com eles, até dizimá-los.

 

d) A ordem era para apagar a memoria dos amalequitas

Deus havia dito: “Escreva isto num rolo, como memorial, e declare a Josué que farei que os amalequitas sejam esquecidos para sempre debaixo do céu". Este foi o ponto inicial da queda deste povo (Ex 17.14). Todos os embaraços criados durante a história de Israel, nunca caíram no esquecimento. Tão logo entrassem em Canaã, os israelitas deveriam apagar a memória de Amaleque.

 

Deus ordenou que a guerreiros terrestres que apagassem a memória dos amalequitas, porém não cumpriram na integra todas as ordens (Ex 17.14; Dt 25.19; I Sm 15.3):

Deus ordenou ao rei Saul que exterminasse os amalequitas, porém desobediente e interesseiro, preservou o rei Agague e parte dos tesouros (I Sm 15.2-9):

  • Davi sofreu um ataque traiçoeiro, enquanto estava em batalha (I Sm 30.1-2), mas bravamente perseguiu o inimigo e os feriu;
  • O rei Ezequias também contribuiu para que todo o mal que os amalequitas fizeram no deserto aos seus antepassados fosse vingado (I Cr 4.42-43);
  • A rainha Ester se viu em apuros com Hamã, o traiçoeira agagita, provavelmente um dos descendentes do primeiro escalão real dos amalequitas (Et 3.1), que arquitetou um audacioso plano para aniquilar de vez todos os judeus que tanto odiava e que ainda habitavam nos territórios do Império Medo-persa. Mas da mesma forma como seus antepassados sucumbiu diante da promessa de Deus feita aos hebreus no início da caminhada em direção a Canaã: “Eu, totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus” (Ex 17.14).

E pouco a pouco os amalequitas foram dizimados como cumprimento do que havia sido prometido a Moisés.

 

e) Conclusão

Em nossa caminhada são muitas as dificuldades e problemas que surgem e em meio a toda esta situação, as vezes, contemplamos escapes, as ditas “portas abertas”, que facilmente são elegidas como agir de Deus. Na verdade são armadilhas que escondem um inimigo por trás, por isto Deus se antecipa, guerreia e nos entrega a vitória. O encontro com um inimigo traiçoeiro, sorrateiro e feroz era o que preparava a segunda porta que os hebreus pensavam que tivesse sido aberta por Deus para encurtar o caminho.

Por: Ailton da Silva - 14 anos (Ide por todo mundo)

Biologia x Bíblia (extraído do facebook)

Sobre a Terra (acréscimo meu):

  • Gn 1: terra era vazia e sem forma
  • Biologia: no começo a terra era um conglomerado de gases tóxicos, unidos por um centro de gravidade, vazia de vida e sem forma. A Bíblia está certa
 

Sobre a natureza (acréscimo meu):

  • Gn 1: Deus criou as ervas do campo e depois os seres vivos
  • Biologia: quem faz fotossíntesse? As ervas do campo sustentam todos que respiram e fermentam os outros seres vivos. A Bíblia está certa


Sobre o homem (acréscimo meu):

  • Gn 1: Deus criou o homem do barro
  • Biologia: Carbono, hidrogênio, nitrogênio e oxigênio formaram a primeira molécula orgânica, um acido nucleico, em meio acuoso no barro. A Bíblia está certa.

 

Por isto:

Aprenda a ouvir não:

  • Adão: Deus disse NÃO para o primeiro homem da história – NÃO vai comer do  fruto e se comer morre
  • Moisés: Deus disse NÃO para o homem de maior intimidade do Antigo Testamento – NÃO vai entrar na Terra Prometida
  • Davi: Deus disse NÃO para o homem segundo o seu coração - a espada NÃO vai se apartar da sua casa por causa do teu adultério
  • Jó: Deus disse NÃO para o homem mais paciente do Antigo Testamento – só quando a prova acabar é que EU vou falar com você
  • Jesus: Deus disse NÃO para o Deus que fez homem – NÃO vou apartar o cálice de ti
  • Paulo: Deus disse NÃO para o maior plantador de igreja do Novo Testamento – eu NÃO vou tirar o espinho, mas a minha graça te basta e o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza

Por: Ailton da Silva - 14 anos (Ide por todo mundo)

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Êxodo 14 – O caminho de Deus e as três portas abertas para Israel em pleno deserto – parte 1


Até nunca mais egípcios, nunca mais voltaremos a nos ver. Voltaremos para o lugar de onde não devíamos ter saído e estamos voltando, porque o nosso Deus ouviu o nosso clamor. 


Porém, o grupo de opositores de Israel era composto pelos filisteus e amalequitas a Oeste, edomitas a Leste, amonitas e moabitas ao Norte e os cananeus ao centro de Canaã.

 

Deus, bem antes da fundação do mundo planejou e então colocava em prática seu plano para libertação dos hebreus. A primeira parte consistia no mapeamento dos inimigos, abertura de portas, estabelecimento de rota e estratégias, preparação de locais para inesquecíveis batalhas e principalmente a marcação de locais para operações de sinais e maravilhas nunca vistas na terra até então.

 

1ª porta – era só para olhar, não para desejar (o imediatismo não faz parte do plano de Deus):

a) O desejo, o imediatismo:

A rota mais pensada, justamente por ser mais curta, porém este caminho apresentou a primeira dificuldade, um grande inimigo, forte demais, avançadíssimo, que forjavam armas de metais pesados fundidos, enquanto os hebreus tinham seus arcos feitos de bambuzinho e barbante. A diferença era grotesca, não estavam preparados para enfrentá-los.

 

Seria inadmissível imaginarem que o tão sonhado território seria avistado e pisado logo aos primeiros dias de caminhada. Até poderia ter sido, caso Deus permitisse que refizessem o caminho feito por José, quando da sua ida como escravo ao Egito. Seriam poucos dias, mas por outro lado estariam vulneráveis aos ataques dos avançados, temidos e bem aparelhados filisteus. O caminho mais curto seria também o mais perigoso.

 

b) Duração da caminhada (expectativa x realidade):

Em condições normais seria possível percorrer este trajeto em pouco mais de trinta dias, dependendo da carga que estavam levando e da quantidade de pessoas. Se tivessem seguido pelo caminho curto, de poucos dias, certamente não veriam as operações, misericórdias e milagres de Deus e não teriam a certeza da chamada.

 

c) O movimento dos mercadores e inimigos:

Outro problema desta rota era o intenso movimento de mercadores e militares ligados e próximos ao Egito, que fatalmente se valeria de alianças para recuperar sua mão de obra barata. Fatalmente os mercadores e aliados entregariam os hebreus ou facilitariam a captura.


Deus fechou esta porta e ninguém foi capaz de abri-la. Teriamos coragem de trilhar um caminho se o próprio Deus dissesse que não é para irmos (cfe Ex 13.17)?

 

d) Como é difícil aceitarmos o NÃO de Deus:

A primeira rota foi a mais desejada pelos hebreus, tal como é desejada por nós, quando estamos em dificuldades, problemas ou lutas, mas Deus disse NÃO e impediu o encontro com os filisteus (Ex 13.17).


Quando saíram do Egito, cheios de vigor e alicerçados por grandes promessas, não imaginaram uma viagem tão longa, o que de fato não teria tal necessidade, mas o caminho foi prolongado ao máximo para que revelassem seu verdadeiro caráter, para aprenderem a diferenciar o carnal do espiritual, para conhecerem (Dt 8.2-14) e se tornarem conhecidos de Deus (Os 13.5) e, por fim, para desenvolverem a dependência total dos recursos divinos.

 

A saída foi incondicional, mas a entrada em Canaã foi bem diferente. Durante o caminho, Israel conheceu as condições. Deus, por várias vezes, afirmou que se tornariam uma grande nação, mas como poderiam crer nisso com convicção diante daquela situação tão precária? Multidão de famintos, pobres, medrosos, alguns doentes, outros com intenções diferentes. Somente Deus poderia trabalhar em favor de pessoas nessas situações. 


Continua...

Por: Ailton da Silva - 14 anos (Ide por todo mundo)

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

3 grupos de pessoas – fazemos parte de qual?

Elias após ser usado e exaltado por Deus diante do povo (I Rs 18.36-39), fugiu ao ser jurado de morte por Jezabel (I Rs 19.3). Caminhou em direção ao deserto refletindo sobre os últimos acontecimentos, seus erros, fugas, pois havia acabado de enfrentar os profetas de Baal, mas temeu ameaças de uma mulher.

 

Estava decepcionado, fragilizado, cansado e com sono, mas independente de tudo não poderia ter parado no meio do caminho. Pediu a morte e se tornou presa fácil para o desanimo. O peso da obra e os últimos acontecimentos vieram sobre seus ombros e o seu corpo absorveu tudo. Então Deus falou e mostrou que não estava só:

 

a) Cem profetas (I Rs 18.4) – Poucos? Muitos? Ou o necessário?

Além de Elias, o profeta de Tisbe, Deus também trouxe provisão para um grupo especial, cem profetas (I Rs 18.4, 13), através de Obadias, mordomo do rei Acabe. O socorro para os profetas, perseguidos por Jezabel, saiu de dentro do próprio palácio. Foram socorridos com pão e água e foram protegidos em uma caverna, sem ao menos o perseguidor perceber que estava colaborando com a bênção.

 

Nas horas mais difíceis, quando tudo parece perdido, Deus recolhe e congrega o seu povo para dar o suprimento de onde menos esperamos.

 

b) Sete mil fiéis (I Rs 19.18) – Poucos? Muitos? Ou o necessário?

Em segundo lugar, Deus falou a Elias que ainda contava com sete mil pessoas que não haviam dobrado os seus joelhos diante de Baal (I Rs 19.18). Certamente Obadias fazia parte deste seleto grupo de fiéis, que era desconhecido por Elias.

 

Deus nunca deixou faltar nada para estes sete mil, inclusive para Elias, principalmente durante o período entre a primeira e segunda aparição diante de Acabe (I Rs 17.1; 18.1).

 

Após o ocorrido no Monte Carmelo não havia duvidas da comunhão com Deus e da autoridade espiritual de Elias, por isto se imaginava o único fiel em Israel: "Eu fiquei só" (I Rs 18.22; 19.10; 19.14), mas ficou espantado quando soube da existência dos sete mil fieis e certamente ficou sem reação quando ouviu que deveria voltar pelo caminho para ungir reis e um profeta para lhe suceder (I RS 19.16).

 

Em sua mente, Deus prepararia um discípulo, um ajudante, nunca imaginou um sucessor, semelhante ao que aconteceu com Jesus, que veio formar discípulos e não sucessores. Por isto Deus deu as coordenadas certas para que Eliseu fosse encontrado por Elias, não tinha como cumprir esta missão.

 

A escolha do sucessor culminaria com o fim de seu ministério? Mal sabia que o fim, na verdade, representaria o recebimento de uma benção nunca destinada a outro ser humano na terra, o arrebatamento em vida para ir para um lugar que somente Deus sabia e que anos mais tarde sairia para participar da maior e da mais importante reunião ocorrida em Israel, onde estiveram presentes, o Messias e os representantes da Lei e dos Profetas, Moisés e Elias, além dos boquiabertos discípulos de Jesus (Mt 17.1-13).

 

c) Os coxeadores (I Rs 18:21) – Poucos? Muitos?

Estavam espalhados por Israel e facilmente viravam as costas para Deus e depositavam a confiança em Baal. Portanto não foram socorridos e tampouco sustentados por Deus, tal como foram os cem profetas, os sete mil fiéis e Elias. A fome, a seca e a desilusão facilmente vencia este grupo.

 

Após o episódio do Monte Carmelo, o povo deveria ter parado de coxear entre dois pensamentos, já que Elias mostrou quem era e quem estava com o controle sobre todo Israel, mas não houve mudança nesta situação.

 

d) Conclusão:

De qual grupo fazemos parte: Profetas guardados e sustentados por Deus? Fieis socorridos por Deus? Coxeadores que facilmente viram as costas para Deus para confiar em baais?

 

Assim como Elias, não estamos sós, pois Deus esta no controle de tudo, guardando, provendo, orientando e nos comissionando para a boa obra. O terceiro grupo, os coxeadores, possui vários integrantes, mas nada que não possa ser mudado com apenas uma operação Divina e uma resposta a Deus. É possível que, após os acontecimentos no Monte Carmelo, o grupo de coxeadores em Israel tenha sofrido uma diminuição drástica.


Revelação:

  • Você não é o único. Você não é o mais importante. Sempre haverá alguém para lhe suceder. É Deus no comando. Ele até mandará você escolher o sucessor! Quando isto acontecer, tenha ciência: “o seu tempo acabou, mas sua importância para Deus, não”!
  • Se você for um profeta de Deus, quando o socorro chegar olhe para o seu lado e verá outros 99 nas mesmas condições aguardando e confiando. Se você for um dos 7000 fiéis quando receber a bênção olhe para seu lado e verá 6999 nas mesmas condições aguardando e confiando. Agora se você estiver no grupo de coxeadores, veja Deus agindo e mude de lado;
  • É comum o transito entre os grupos dos 7000 fieis e os coxeadores. É normal estar em um e passar para o outro, mas lembre-se, quando estiver no grupo dos fieis vigia, olhe para que não caie. Se estiver no grupo dos coxeadores, levante-se e põe de pé, que Deus falará contigo e quando falar mude rapidamente.

         

Por: Ailton da Silva - 14 anos (Ide por todo mundo)

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Definição de amor e ódio - Uma breve conversa entre a Ciência, Filosofia, Bíblia/teologia e Revelação pela Palavra

Em um belo dia, sentaram-se à mesma mesa, a Ciência, Filosofia, Bíblia/Teologia e a Revelação pela Palavra e começaram uma longa conversa:


a) Ciência:

A Ciência deixou claro que trabalhava com fatos históricos, reais, coisas concretas, visíveis e que tentaria definir o amor e ódio, através da:

  • História: conflitos antigos, origem de povos;
  • Geografia: divisão de terras, reinos, impérios, guerras e acordos;
  • Direito: possessão, herança, promessas e conflitos;
  • Sociologia: integração entre povos, diferenças, costumes, regras, leis, crenças e religiões.

Mas, ao final gritou bem alto: "Eu não sou capaz de definir amor e ódio". Então passou a oportunidade para a sua companheira, a Filosofia.


b) Filosofia: 

Primeiramente a Filosofia se declarou mãe de toda ciência e deixou bem claro que considerava o abstrato para explicar as consequências da prática do mal e os benefícios do amor, porém assim como a sua antecessora, gritou bem alto: "Eu sou incapaz de explicar a origem destes sentimentos". Então passou a oportunidade para a Bíblia/Teologia.

 

c) A Bíblia (Teologia):

Por conter, se tornar ou por ser considerada a Palavra de Deus, a Bíblia primeiramente assombrou as componentes da mesa quando apresentou as seguintes definições:

  • Amor: Deus é amor;
  • Paz: situação que transcende o nosso entendimento (paz com Deus);
  • Ódio: resultado da prática do mal.

Mas provocou maior assombro quando gritou bem alto: "Eu não sou capaz de explicar a origem do amor e mal, preciso de REVELAÇÃO, pois sem ela, sou apenas um livro comum". Então passou a oportunidade para a Revelação pela Palavra.

 

d) Revelação pela Palavra:

Por fim ouviu-se um grito bem alto e convencedor na mesa: "Eis, os mistérios ocultos aos grandes e entendidos e revelados aos pequeninos":

  • Mal: não é uma criação de Deus e sim um estado do homem (permitido), sentimento terreno que terá seu fim parcialmente na ocasião do arrebatamento e o seu fim total no dia do Juízo Final, pois no inferno haverá tempo somente para o tormento eterno e não haverá motivos e tempo para prática do mal;
  • Amor: sentimento celestial que se revelou na Terra em direção a criação de Deus, que mesmo diante do pecado não ficou órfã. Diferente do mal, o amor será escancarado na ocasião do arrebatamento e continuará sendo exercido nas mansões celestiais por toda a eternidade.

Esta visão sobre o amor e o mal, jamais poderia ser entregue à humanidade pela Ciência, Filosofia, Religião, Bíblia/teologia. Somente a Revelação pela Palavra torna público e conhecido os desígnios e a vontade de Deus para todos aqueles que em Jesus creem.

Por: Ailton da Silva - 14 anos (Ide por todo mundo)