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sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

O avivamento espiritual. "Avivamento - a chama que não se apaga"


1) Introdução: 

Como herdeiros da chama, temos a responsabilidade de manter o ardor pentecostal, cuidar da sã doutrina, mas para isto devemos conhecer, em essência, a verdadeira natureza do pentecostalismo, que consiste em muita oração, quebrantamento, santidade e vida com Deus. 

“Avivamento é o sopro de Deus para tirar a poeira que foi acumulada no decurso dos anos sob nossa vida espiritual". Aashbel Green Simonton. 

Infelizmente, o homem tende a apatia espiritual, ao esquecimento das coisas de Deus com o passar do tempo, por isto é necessário um avivamento. Se a igreja vivesse continuamente na plenitude do Espírito de Cristo, como Deus deseja, o avivamento seria um estado permanente.

 

a) Significado de avivamento:

  • Animar (se), avigorar (se), reanimar (se),
  • Recobrar (se), despertar (se);
  • Tornar (se) mais forte, intenso, ativo, ágil;
  • Aumentar, aviventar (se), destacar (se);
  • Apressar (se), tornar-se mais vivo.

 

b) Avivar o que e avivar para quê?

Avivar o amor de Deus em nossas vidas, pois isto é uma necessidade da obra. Deus desperta um para avivar a muitos, desperta em pequena escala, para proporcionar grandes avivamentos, porém, somente associamos o avivamento a ideia de manifestações poderosas e visíveis do Senhor.

O avivamento desperta os mornos e cansados para uma nova vida espiritual para que entrem em contato novamente com rios de água viva (Is 44:3).

A busca pelo avivamento deve ser uma constante, pois nossa natureza carnal ainda não foi extirpada, continua em “stand by”, ou seja, a qualquer momento pode vir à tona se não houver uma rigorosa vigilância (Mt 24.41).

 

2) Avivamento bíblico:

O verbo hebraico hyh (avivar) tem o significado de "preservar, manter vivo, purificar, corrigir e livrar do mal”. Através de avivamentos, Deus purificou, livrou do mal e do pecado, tirou a escória e as coisas que impediam sua obra.

O verbo avivar é usado mais de duzentas e cinquentas vezes no Antigo Testamento, traduzida em muitas delas como uma obra ativa e intensiva de Deus (Sl 85.6; Hc 3.2).

Habacuque estava preocupado com o estado espiritual do povo. O profeta foi contemporâneo de Jeremias e viveu numa época de crescente deterioração moral e espiritual em Judá. Pela comunhão com Deus, sabia que o juízo se aproximava e viria por meio da invasão babilônica.

O profeta apela a Deus para agir a favor do seu povo, pois não entendia o porquê da tolerância. Pediu livramento, proteção para os inocentes e castigo para os malfeitores. Foi nesse contexto que apareceu o famoso clamor por avivamento feito por Habacuque (Hc 3.2). É justamente no meio dos anos que a frieza, incredulidade, desânimo e comodismo assaltam a igreja.

Na eminência de um grande avivamento na Terra apareceu Jesus. Foi batizado por João Batista, escolheu e treinou seus discípulos e subiu aos céus, deixando-os na expectativa de receberam a promessa do Espírito Santo (Lc 24.49-53; At 1.1-26). O poderoso derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, inaugurou o avivamento que Jesus havia predito (At 2.1-47). O livro de Atos registra a dimensão desse avivamento, que se iniciou em Jerusalém e se espalhou pela Judéia, Samaria e pelos confins da Terra.

 

3) Ensino da Palavra de Deus gera avivamento:

Desde o Antigo Testamento o avivamento do povo de Deus é caracterizado por uma busca pela lei do Senhor, por uma renovação no interesse e na observância das Escrituras. Todo e qualquer movimento que menosprezar a Palavra de Deus, que não der espaço ao estudo e ao ensino da Palavra, não pode ser chamado por verdadeiro avivamento.

Um ambiente sem espaço para o ensino, exposição e meditação na Palavra do Senhor, onde somente é visto uma sequência interminável de cânticos, com ditas operações de maravilhas, divulgações de visões, revelações, diálogos cansativos com demônios, teatralizações, sessões de exorcismo ou outras operações similares, carregadas de misticismo e histeria, nada mais é do que puro engano, mentira e ilusão.

Esdras, escriba e entendido da lei de Moisés, liderou o segundo grupo de israelitas que retornaram da Babilônia após o exílio. Sua viagem teve como propósito o ensino da Palavra, tanto aos que estava voltando, quanto ao remanescente que havia ficado na cidade (Ed 7.10).

 

4) Os frutos do avivamento:

O avivamento sempre resulta em frutos que denotam claramente mudança no padrão moral e espiritual das pessoas. Na época de Esdras e Neemias houve restauração moral e espiritual dos judeus (Ne 8.1-18; 10.29).

 

a) O fruto do avivamento produz na igreja:

  • Uma barreira para afastá-la do mundo (Ef 4.25-31);
  • Um aprofundamento na Palavra de Deus (Jo 6.63);
  • Um crescimento abundante da fé (Rm 10.17);
  • Perseverança nas orações (At 2.42; 3.1; 12.12-13);
  • Louvores a Deus (At 2.47);
  • Temor a Deus (At 2.43).

 

5) Avivamento gera mudança de vida:

Habacuque estava ciente de que o julgamento de Deus seria questão de tempo (Hc 1.4; 2.18-20). Havia injustiças, violência e idolatria entre o povo (Hc 2.9-11,17-19), por isso era necessária uma mudança urgente (Hc 3.2).

O tempo do avivamento é hoje, no meio dos anos, e somente o agir de Deus poderá deter ou restringir a ação do secularismo, mundanismo, comodismo, conformismo e a conivência com o erro, pecado e maldade.

 

6) Buscando o avivamento (passado):

Josias (Jeová cura) foi o 16º a reinar em Judá (640 a 649 a.C.), seu pai o rei Amom foi assassinado por conspiradores., mas o povo restaurou a autoridade régia da linhagem davídica e o colocou no trono (II Rs 22.1).

Ainda jovem embrenhou-se na batalha para banir a idolatria, destruindo postes sagrados, altares e imagens.

Os sacerdotes encontraram (II Cr 22.8-17) e lhe entregaram o livro da Lei, que foi adotado como guia de suas reformas. Ao recebê-lo, ordenou que fosse lido em público, na intenção de que houvesse uma renovação do compromisso da aliança feita com Deus.

Promulgou a lei de Deus ao povo e jurou ser obediente. Dessa forma, aconteceu um avivamento em Judá, pois o povo se arrependeu e retornou às práticas descritas por Deus em sua Lei, trazendo maravilhosos resultados ao Reino de Judá.

 

7) Buscando avivamento no presente:

Para conservarmos uma vida renovada, cheia da graça divina, é preciso:

  • Leitura bíblica: A relação entre Bíblia e avivamento é tão intrínseca que é impossível que ocorra o avivamento sem a presença da Bíblia;
  • Oração: Os cristãos primitivos estavam sempre cheios do Espírito e renovados porque viviam em oração (At 4.31);
  • Santificação: Devemos ser santos em nosso viver, em nossa conduta, isto é, em nosso caráter, internamente e em nosso proceder externamente;
  • A busca constante da face de Deus: Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor (Os 6.3).

O avivamento jamais pode ser algo que acontece uma única vez e pronto. Muito pelo contrário, deve ser fruto do nosso relacionamento com Deus, através da leitura da Palavra, da meditação, da oração e dos momentos de comunhão diante do Pai.

Deus está buscando homens e mulheres que se consagrem para que possam ser usados. Vivemos dias de apostasia, de novas unções e novas revelações, tempos onde os interesses pessoais são mais importantes que o reino de Deus. A renovação é resultado da graça, que oferece sempre oportunidade para o cristão reiniciar sua caminhada.

 

8) O que não é avivamento:

a) Avivamento não é ação da igreja:

Avivamento é obra soberana e livre do Espírito Santo. A igreja não promove, não produz, não é a agente, não agenda e não programa o avivamento, somente busca.

A soberania de Deus, no entanto, não anula a responsabilidade humana, pois o avivamento jamais virá se a igreja não preparar o caminho do Senhor.

Para tanto, a igreja deve se humilhar em oração e buscar, caso contrário não haverá derramamento do Espírito Santo.

 

b) Avivamento não é abandono ou mudança doutrinária:

Avivamento sem doutrina gera misticismo e uma vida sem sentido, subjetiva, fogo de palha, emocionalismo e uma conduta antropocentrista.

Deus tem compromisso com a verdade e a sua Palavra é a verdade e todo avivamento precisa estar fundamentado na Palavra.

 

c) Avivamento não é mudança litúrgica:

Muitos confundem avivamento com forma de culto, com liturgia animada, com coreografia e instrumentos musicais. Louvor não é encenação, ritualismo ou emocionalismo. Não é apenas seguir formas pré-estabelecidas, como bater palmas, dizer aleluia, amém e levantar as mãos.

Avivamento não é mudança litúrgica, é mudança de vida. Avivamento não é histeria carnal, é choro pelo pecado. Deus não procura adoração. Ele procura adoradores. 

Por: Ailton da Silva - 13 anos (Ide por todo mundo)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Diferenças!


a) Sensível diferença: O maligno levou Jesus ao monte alto para tentá-lo, enquanto Jesus levou seus discípulos ao monte para contemplarem sua Glória. 


b) Missão: Alcançar povos e não países. Tem muitos que querem alcançar países e não os povos que estão dentro dos países.


c) Missão da Igreja: Tirar fora (do mundo). Levar para dentro (da igreja) e depois lançar para fora (confins da Terra – missão).

Por: Ailton da Silva - 13 anos (Ide por todo mundo)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Reenganação e inimigo morto



"Uma coisa é reencarnação, outra coisa é reenganação".

"Hostis mortuus victus est - inimigo morto é inimigo vencido". Os hebreus parados diante do Mar Vermelho, por alguns minutos, temeram as duas paredes de água que se mostraram a frente (RESPEITO E TEMOR). Já os egípcios não tiveram a mesma reação (ZOMBARIA) e se lançaram com tudo no caminho que havia sido aberto para os hebreus. Pagaram um preço alto. Inimigo morto é inimigo posto.

Por: Ailton da Silva - 13 anos (Ide por todo mundo)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

A restauração nacional e espiritual de Israel - plano de aula (Lição 10)

INTRODUÇÃO

O vale de ossos secos nos traz uma mensagem de esperança e restauração. Na ocasião Deus perguntou ao profeta se aqueles ossos poderiam reviver e o silêncio reinou. Ezequiel não disse sim ou não, simplesmente deixou Deus responder. Qualquer um de nós teria a mesma reação. Fé no impossível é para poucos.

Antes e falarmos de restauração nacional e espiritual de Israel, é necessário lembrarmos da queda e da situação que vivam. No exílio, sem território queriam retornar à terra dos antepassados, porém o espirito nacionalista estava esquecido.

O objetivo era novamente reaver a soberania, já que da forma como estavam não havia como o mundo reconhecê-los como nação. Preservaram a cultura, idioma, religião e até mesmo possuíam uma forma de governo humano precária, através dos profetas levantados por Deus, mas faltava o principal para serem reconhecidos como nação, o território.

No exílio estavam dispersos e espiritualmente não tinham esperança, mas havia promessa de solução para os dois problemas. Deus primeiro trabalhou na vida do profeta Ezequiel para que então ele pudesse transmitir as boas novas para o povo, tal como fizera com Moisés quando primeiramente o tirou do Egito para depois trazê-lo de volta para guiar os hebreus até a Terra Prometida. Não tinha cabimento Deus usar um homem qualquer para determinada tarefa sem antes separá-lo e prepará-lo. Ezequiel viu primeiro o impossível para depois pode declarar com toda fé que havia possiblidade de restauração para Israel.

 

I – SOBRE O SIGNIFICADO DO VALE DE OSSOS SECOS

1) Os ossos secos (Ez 37.1-2)

Deus mostrou ao profeta uma situação que em nada poderia animar o quase morto Israel. Em que uma visão aterrorizadora poderia motivar o povo a buscar uma solução para os problemas?

Profetizar para um monte de ossos secos na vã esperança que pudessem se realinhar novamente, em um movimento nunca visto antes para que pudessem se levantar corpos restaurados e vivificados, realmente essa não seria uma tarefa fácil.

Voltar de forma organizada e restabelecer sua soberania como nação era um desejo que para muitos se assemelhava a visão do vale de ossos secos. A primeira pergunta que fatalmente surgiria era: “mas como”? A mesma pergunta que deve ter surgido na mente do profeta: “mas como ossos podem se ajuntar aos tendões, carne e sangue”?

Os ossos secos representava a condição material e espiritual de Israel, que não significava nada para o sistema político mundial da época, tal como estavam antes do retorno para a Terra Prometida em 1948, pois foram pouco mais de 1800 anos no ostracismo, no anonimato, escondido e ignorado pelas nações da época. A restauração de Israel significou o grande sinal para o inicio da vitória plena da Igreja que será arrebatada logo.

 

2) O significado

Os ossos secos representavam toda a casa de Israel, que estava dispersa e sem esperança de retorno. Era como se estivessem gritando: “os nossos ossos secaram, estamos destruídos, nossa nação acabou”, expressões que significavam a destruição definitiva, tanto do espirito nacionalista quanto do próprio sentido espiritual.

Quando entendemos o vale de ossos secos como um local geográfico e específico, certamente nos depararemos com muitas especulações sobre o local e principalmente sobre a origem dos ossos.

As vezes pode parecer que se tratava de um local preparado por Deus para falar com o profeta, mas o aceitável é que se tratou de uma visão, tal como Ezequiel teve (cap 8), quando a Mão de Deus (linguagem antropomórfica, que realça a passagem do mundo material para o visionário) tomou o profeta e lhe mostrou em visão todas as abominações que eram cometidas no Templo em Jerusalém, conforme visto na lição 3 do trimestre:

 

Ezequiel foi transportado em espírito da Babilônia para o Templo de Jerusalém, mas há quem afirme ter sido em corpo, incorpore. Era uma visão em tempo real (11.1), mas não foi física, e isso fica claro porque o profeta diz “me trouxe a Jerusalém em visões de Deus” (8.3), e depois ele retorna à Caldeia (11.24). Essa é a mesma experiência do apóstolo João em Apocalipse (Ap 1.10). Deus introduz o profeta no interior do Templo e lhe mostra quatro dos oficiais da Casa de Deus e algumas mulheres praticando o mais baixo grau de idolatria, razão pela qual a sua destruição se torna inevitável.” Lição 3


A partir do momento que entendemos que o Espírito de Deus tem poder para colocar algo ou alguém em movimento sem necessariamente sair do local e se entendermos como meio de transporte, pois leva e traz literalmente pessoas a lugares para especificas missões ou que aponta direções e caminhos onde não existem, então podemos afirmar que a visão aconteceu no mesmo local onde Ezequiel estava, pois Deus não disse: “levanta, sai e vai e depois retorna”, como ordenou em outra oportunidade quando queria falar com o profeta:

 

“E a mão do Senhor estava sobre mim, e ele me disse: Levanta-te e sai ao vale, e ali falarei contigo. E levantei-me e sai ao vale...” Ez 3.22-23

Ou tampouco tomou e ordenou ao profeta “levanta-te e vá e depois Eu trarei você de lá” tal como aconteceu com Filipe:

 

“E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: LEVANTA-TE, E VAI para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta. E LEVANTOU-SE E FOI” (At 8.26-27)

 

“E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor ARREBATOU a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho. E Filipe se ACHOU em Azoto”. (At 8.39-40)

 

Outro ponto importante diz respeito ao tempo em que os ossos estiveram ali depositados no vale, uma vez que, na visão do profeta, eram numerosos e estavam sequíssimos, como se estivessem ali há muito tempo, porém diante da magnitude da revelação e do impacto que ela causaria em Israel, essa questão toma ares secundários. O certo era que se tratava de um amontoado de ossos, um grandiosíssimo auditório que estava lotado à espera da ação do Espírito de Deus.

 

“Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que não se chamará mais Tofete, nem Vale do Filho de Hinom, mas o Vale da Matança; e enterrarão em Tofete, por não haver outro lugar. E os cadáveres deste povo servirão de pasto às aves dos céus e aos animais da terra; e ninguém os espantará”. (Jr 7.32-33)

 

“O rei profanou também os altos que estavam defronte de Jerusalém, à mão direita do monte de Masite, os quais edificara Salomão, rei de Israel, a Astarote, a abominação dos sidônios, e a Quemós, a abominação dos moabitas, e a Milcom, a abominação dos filhos de Amom. Semelhantemente quebrou as estátuas, cortou os bosques e encheu o seu lugar com ossos de homens”. (II Rs 23.13-14)

 

Na verdade, se essa visão foi uma experiência física ou apenas uma visão é certo que foi uma das mais notáveis, principalmente pelo motivo de sua ocorrência, que foi justamente a situação calamitosa de Israel, que estava desnacionalizado e semi-destruído no exílio.

 

3) As promessas de Deus

O mesmo Deus que fez a ferida e que advertiu os hebreus ainda no tempo de Moisés (Dt 28.25,36-37), foi o mesmo que curou (Os 6.1) e o mesmo que prometeu trazer de volta Judá e Israel para habitarem na Terra Prometida, mas não como reinos separados e sim como nação unida e espiritualmente um povo sadio. A visão do vale de ossos secos serviu para aumentar a esperança do povo durante os séculos de perseguições entre as nações.

 

A vivificação dos ossos, pela ordem profética de Ezequiel, se deu em duas etapas:

  • Restauração nacional (37.7-8): retorno da Babilônia, organização de um sistema político, estruturação militar, reconstrução da cidade, muros e Templo, tudo isso representado pelo ruído que se ouviu, pelo rebuliço, pelos ossos que se achegaram a cada um, pelos nervos que foram se alinhando à carne e finalmente a pele que foi se estendendo sobre a carne;
  • Restauração espiritual (37.9-10): após a reconstrução do Templo houve o resgate da Lei e do sacerdócio levítico e Israel começou a se preparar espiritualmente para a vinda do Messias. Ezequiel profetizou o Espirito de vida sobre o exército que estava esperando o vento de Deus para se colocarem em pé.

 

No retorno do exílio em Babilônia e a retomada do território em 1948, foram situações que caracterizaram a restauração de Israel de forma parcial, mesmo que tenha sido sob cânticos de júbilo, pois a restauração plena acontecerá somente na ocasião do retorno de Jesus, ao final da Grande Tribulação, para testemunhar o arrependimento da nação, pondo fim a infidelidade e dando um coração e um espírito novo para os judeus (cfe Ez 36.26-27).


 

II – SOBRE A DISPERSÃO DOS JUDEUS ENTRE AS NAÇÕES

1) As diásporas de Israel e Judá

O primeiro distanciamento forçado de Israel, diáspora, ocorreu em 605 a.C. quando o rei Nabucodonosor levou cativo o reino do Sul para a Babilônia (II Rs 24.1-2; Dn 1.1-2), como consequência da idolatria e rebeldia dos dois reinos. Com o fim do cativeiro 538 a.C. (II Cr 36.20-22; Ed.1.1-2), a maioria dos judeus não retornou à terra de Israel, pois continuaram, por opção, dispersos.


Na primeira diáspora a Assíria e Babilônia foram meras coadjuvantes na história do então reino do Norte e do Sul, pois os protagonistas foram justamente os que não retornaram para Jerusalém quando autorizados. A maioria permaneceu no que hoje entendemos por Irã e outra parte se espalhou pelo mundo conhecido da época. Segundo estimativas a população judaica é cerca de 13 milhões, sendo 41% destes vivendo no território de Israel e a outra parte está espalhada pelo mundo.


A segunda diáspora, anunciada por Jesus, aconteceu no ano 70 d.C. (Lc.21.24), ocasião em que os romanos destruíram Jerusalém e espalharam os judeus pelo mundo. Essa diáspora foi marcada pela humilhação, perseguição e quase aniquilamento total dos judeus por ordens de Hitler, o grande inimigo de Israel.

 

2) Renasce Israel

O retorno dos judeus, segundo a revelação contida visão do vale de ossos secos, diz respeito à segunda diáspora anunciada de antemão por Jesus (Lc 21.24), que teve inicio no ano 70 d.C. e se findou em 27 de novembro de 1947 (na 1ª Assembleia Geral das Nações Unidas) e em 14 de maio de 1948 (publicação do primeiro diário oficial De Israel). Desde então, Israel se tornou uma nação soberana.


A figueira estava seca, mas não estava morta (Mt 21.19). Foram mais de 1800 anos sem território, sem pátria e totalmente dispersos pelo mundo, mas em momento nenhum deixaram morrer a tradição, costumes e tentaram de todas as formas preservar a linhagem e um pouco da religião. A esperança era que, mais cedo ou mais tarde, a figueira floresceria novamente. Até que em apenas um dia, um dia somente, Deus ajuntou todo seu povo na Terra Prometida (Is 66.1; 60.8), mas não foi fácil.


O retorno de Israel ao seu território, em 1948, se deu através do cumprimento de cada ponto da revelação recebida por Ezequiel no vale de ossos secos:

 

a) Ruídos:

  • 1º ruído – reunião da ONU 27/11/1947
  • 2º ruído – reconhecimento de Israel 14/05/1948

 

b) Rebuliço:

  • Reunião extraordinária dos vizinhos inimigos de Israel

 

c) Ossos reunidos:

  • Retorno dos judeus (em um único dia – Is 66.8)

 

d) Nervos:

  • Organização política e militar de Israel

 

e) Carne crescendo em volta dos ossos:

  • Exército se preparando para a guerra

 

f) Pele estendida:

  • Resgate do sentimento nacionalista

 

g) Espírito de Deus soprado sobre os “mortos”

  • Ação, força sobrenatural, avivamento, luta e ajuda de Deus

 

A figueira floresceu primeiramente com o retorno do exilio babilônico, a segunda parte aconteceu em 1948 e a terceira se dará na ocasião da vinda de Jesus para testemunhar o arrependimento coletivo de Israel.

 


3) Restauração nacional (vv.6-8).

A restauração de Israel parecia impossível ainda mais após a perseguição nazista durante a II guerra mundial, que veio a se tornar as dores de parto para os judeus. Isso prova que o povo de Israel cresceu e se frutificou justamente nos momentos de maiores sofrimentos e incertezas na sua história, tal como aconteceu após a morte de José, momento em que cresceram as desconfianças do anfitrião que começou a temê-los (Ex 1.7; At 7.17-19) e aumentou o sofrimento.

 

III – SOBRE O MILAGRE DO SÉCULO XX

1) O testemunho de Deus para o mundo. 

Israel é uma testemunha contínua de Deus sobre a Terra e nunca desaparecerá. As potencias que protagonizaram a dispersão judaica desapareceram, conforme profecia de Jeremias (Jr 30.11) ou, no caso dos romanos, sobrevive às minguas sem nenhuma influencia na história ou destino de Israel, no entanto a nação de Deus permanece para sempre. A organização babilônica, a crueldade assíria e a truculência romana deixaram de existir e amedrontar os judeus.


 

2) O status de Jerusalém entre as nações. 

As potências estrangeiras pressionam o governo de Israel sobre o status de Jerusalém, mesmo diante da soberania e reconhecimento pela ONU. A cidade é desejada pelas nações inimigas de Israel.


Jerusalém não é a capital oficial de Israel, mas sempre representou o que de mais digno conhecemos em termos de espiritualidade e contato com Deus. Separada, guardada e preservada por Deus, porém continua sendo pisada pelos gentios e continuará até a vinda de Jesus para estabelecer seu reinado milenial.


Israel é como um remédio, bênção e salvação para todas as nações, mas não pelos seus méritos e sim por causa daquele que veio, se tornou homem e morreu por toda humanidade. É essa a razão de Israel sempre ter existido.

 


3) Restauração espiritual. 

Quando o espírito de graça e de súplica vier sobre os judeus, aí ocorrerá a restauração espiritual (Zc 12.10; Ez 37.23-28). A palavra profética vislumbra essa promessa (v.14). É o que falta no momento em Israel. Devemos amar o povo de Israel e orar pela paz de Jerusalém (Sl 122.6) e para que ocorra o concerto coletivo, pois esse será o sinal do cumprimento da vitória plena da igreja que já estará arrebatada.



CONCLUSÃO

Nem mesmo as duas diásporas dos judeus e as constantes perseguições promovidas pelos antissemitas pude­ram neutralizar as promessas divinas ou aniquilar Israel, que sobreviveu a todas as intempéries da vida e existe como nação soberana desde 1948.

 

A visão do vale de ossos secos revela a situação dos judeus na diáspora e, ao mesmo tempo, anuncia, de antemão, o poder e a misericórdia de Deus em restaurar o seu povo Israel e transformá-lo em uma nação soberana e poderosa no meio da Terra.



REFERÊNCIAS:

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008

Bíblia Sagrada. Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003

JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. De Abraão a queda de Jerusalém. 8ª Ed. Traduzido por Vicente Pedroso. Rio de Janeiro. CPAD, 2004

LOURENÇO, Luciano de Paula. A restauração nacional e espiritual de Israel. Disponível em: http://luloure.blogspot.com/2022/11/aula-10-restauracao-nacional-e.html. Acesso em 30 de novembro de 2022

SOARES, Ezequias e SOARES, Daniele. A justiça Divina. A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Casa Publicadora das Assembleias de Deus. CPAD. Rio de Janeiro, 2022 


Por: Ailton da Silva - 13 anos (Ide por todo mundo)

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

O plano de Jose para abençoar seu povo. O plano de Deus para salvação da humanidade. Da minha família cuido eu. Minando as forças do inimigo

INTRODUÇÃO

O plano de José para abençoar seu povo foi pensado, por ele, muito tempo antes de ser colocado em prática. Na primeira vez que reviu seus irmãos em situação precária, quando foram comprar alimentos no Egito, poderia ter se vingado de tudo que havia acontecido em sua vida, já que estava em situação melhor que eles, porém preferiu outro caminho. Ali no trono sentiu as dores e durante os três dias em que manteve seus irmãos sob guarda intensa (Gn 42.17) foi o suficiente para buscar em Deus um plano infalível para ajudar todo o seu povo.

 

A intenção de Jose era cuidar de seu pai e irmãos até que arrumassem ocupação ou até que se virassem sozinhos no Egito, bem como não queria que fossem seduzidos pela riqueza e cultura egípcia. Não seria correto sustentá-los por toda a vida, isto contrariava toda sua trajetória de vida, pois sempre trabalhou e fez por onde alcançar sua posição. Então elaborou um plano para ajudar toda a sua família.

 

Este plano bem poderia ser descoberto pelos egípcios, inteligentes, porém Deus não permitiu e concedeu a Jose o sucesso, pois o Egito estava realmente em suas mãos e dependia de suas ações e decisões.

 

José estabeleceu três condições para que seus irmãos fossem de fato aprovados e para que tivessem direito a usufruir de seu plano:

 

1) AS CONDIÇÕES PARA FAZEREM PARTE E USUFRUÍREM DOS BENEFÍCIOS DO PLANO DE JOSÉ

a) Primeira condição: deviam demonstrar arrependimento

Deveriam demonstrar arrependimento pelo que fizeram no passado pelo irmão. Não conheceram José de inicio, então ali mesmo, diante da precariedade da situação se conscientizaram do erro que haviam cometido contra José.

 

“E disseram uns aos outros: De fato, nós agora estamos sofrendo por causa daquilo que fizemos com o nosso irmão. Nós vimos a sua aflição quando pedia que tivéssemos pena dele, porém não nos importamos. Por isso agora é a nossa vez de ficarmos aflitos”. (Gn 42.21 – NTLH)

 

b) Segunda condição: deviam anunciar as boas novas

Jose, após revelar sua identidade aos irmãos, ordenou que retornassem e anunciassem ao pai que ele ainda estava vivo e que era uma importante autoridade no Egito, porém durante o retorno deveriam evitar as contendas e possíveis brigas, tipo: acusações entre eles, pois já estavam de posse da benção, era só anunciarem e voltarem para usufruírem de todos os benefícios que o plano de José havia previsto para eles. Não tinha motivos para brigas.

 

Os irmãos se despediram, e na hora de partir José aconselhou: Não briguem pelo caminho”. (Gn 45.24 – NTLH)

 

c) Terceira condição: Deveriam desejar ser o que sempre foram e o que eram

José orientou seus irmãos quanto à resposta que deveriam dar a Faraó quando fossem questionados sobre a ocupação deles. Não deveria ser uma resposta qualquer, tinham que declarar o que eram e que desejavam continuar sendo o que sempre foram.

 

“Quando o rei lhes perguntar qual é a profissão de vocês, digam que a vida inteira vocês têm sido criadores de ovelhas, como foram os seus antepassados. Assim, vocês poderão ficar morando na região de Gosém, pois os egípcios detestam os pastores de ovelhas”. (Gn 46.33-34 – NTLH)

 

2) O PLANO DE JOSÉ COLOCADO EM PRÁTICA

Os irmãos de José cumpriram todas as condições impostas e então tiveram a oportunidade de verem o plano sendo colocado em prática. O plano consistia em preparar todo o ambiente e oferecer todas as condições possíveis para que o seu povo pudesse usufruir do melhor no Egito, além de blindá-los da possível sedução e fascínio por aquela nova forma de vida que teriam pela frente.

 

“José comprou tudo dos egípcios,

 para dar o melhor para o seu povo

enquanto permanecessem naquela nação“.

 

a) Jose ajuntou todo o dinheiro (Gn 47.14)

Jose ajuntou todo o dinheiro com a venda do cereal aos egípcios, que diante da necessidade o procuravam para comprarem alimentos. Era um referencial de benção, pois tinha o que o mundo na época mais precisava, comida. José tirou dos egípcios a autoridade.

 

b) Jose ajuntou todos os animais (Gn 47.16)

Os Israelitas eram pastores e ofereciam animais em sacrifícios, José já pensando isto pediu para que todos os egípcios trocassem seus gados por comida para que seus irmãos tivessem trabalho e animais para sacrificarem, se os egípcios ficassem com seus rebanhos logo acabariam com tudo. José tirou dos egípcios as posses.

 

c) Jose ajuntou todas as pessoas (Gn 47.18)

José trocou o cereal pelos serviços do povo, que se tornaram escravos de Faraó, porém se alegraram por isso. Jesus nos comprou e nos remiu para sermos o seu povo. O seu julgo é suave e o seu fardo é leve. José tirou dos egípcios a dignidade.

 

d) José comprou todas as terras (Gn 47.20)

José tomou posse das terras do povo e prometeu devolver parte delas para que se sustentassem (Gn 47.24). Deus está no controle de tudo e distribui a nós o que precisamos de modo a satisfazer-nos. José tirou dos egípcios a autonomia.

 

e) Jose ajuntou toda a semente (Gn 47.23)

A benção de produzir está com aquele que conhece o poder da semente, o segredo é semeá-la e não se alimentar dela. Havia muito trigo no Egito, mas também havia muita fome (Gn 47.13). Os hebreus sabiam o que uma semente poderia proporcionar, os egípcios não. Jose tirou deles toda a possibilidade de crescerem e se recuperarem financeiramente.

 

Jose ajeitou a vida de sua família tirando dos egípcios toda a riqueza, honra, autoridade, posse, dignidade e possibilidade de seduzirem o seu povo quando chegassem ao Egito. O seu plano minou as forças do inimigo para que a sua família não sofresse no período de adaptação.

 

3) O PLANO DA SALVAÇÃO PENSADO POR DEUS E AS CONDIÇÕES IMPOSTAS

O plano da salvação foi pensado por Deus, muito antes da fundação do mundo e para que sejamos inseridos nesse contexto existem algumas condições que devemos observar.

a) Primeira condição: arrependimento

Ninguém que não demonstre arrependimento consegue chegar à presença de Deus. Esta é a primeira condição imposta para que o homem possa conhecer o plano de Deus para sua vida.

 

Quando ouviram isso, todos ficaram muito aflitos e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: Irmãos, o que devemos fazer? Pedro respondeu: Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para que os seus pecados sejam perdoados, e vocês receberão de Deus o Espírito Santo”. (At 2.37-38 – NTLH)

 

b) Segunda condição: devemos anunciar as boas novas

Aquele que conhece o Evangelho e começa a seguir Jesus não pode largar o arado e olhar para trás. Sua missão então passa a ser a anunciação do Evangelho a todos e principalmente temos que seguir à risca os conselhos de Jesus: “vão, anunciem e não briguem pelo caminho”, tal como foi ordenado por José a seus irmãos.

 

Eu não tenho o direito de ficar orgulhoso por anunciar o evangelho. Afinal de contas, fazer isso é minha obrigação. Ai de mim se não anunciar o evangelho! (I Co 9.16 - NTLH)

 

c) Terceira condição: Devemos desejar ser o que já somos

José orientou seus irmãos quanto a resposta que deveriam dar a Faraó quando fossem questionados sobre a ocupação deles e eles responderam conforme as orientações recebidas, ou seja, foram avisados antes, foram ensinados e aprenderam. Da mesma forma devemos nos portar, pois constantemente temos nossa fé colocada à prova. “quem é você, qual é a tua?”

 

Somos avisados por Deus antes, somos ensinados e quando precisar devemos mostrar que aprendemos a lição. Crente bem ensinado responde certo quando é questionado.

 

CONCLUSÃO

Jose foi o primeiro a ir para o Egito, a fim de preparar lugar para seu povo quando mudassem para aquela nação. Foi traído, vendido, sofreu como um cordeiro mudo até ser ascendido ao trono. Pensou e executou um plano perfeito para abençoar seu povo, da mesma forma Jesus veio a esse mundo, foi traído, vendido, sofreu como um cordeiro e subiu aos céus para a glória e executou um plano de Deus para salvar a humanidade. 

Por: Ailton da Silva - 13 anos (Ide por todo mundo)