A lei somente apontava para o erro do homem, fruto dos pensamentos e ações concretizadas e punia severamente, muitas vezes com a necessidade de testemunhas, bem diferente da Graça, que penetra no interior, sonda os pensamentos, discernindo os bons dos ruins.
1) Lei em ação
a) Violência –
olho por olho, dente por dente. Bateu levou!
”Vocês ouviram o que foi dito aos
seus antepassados: Não mate. Quem matar será julgado. Mas eu lhes digo que qualquer um que ficar
com raiva do seu irmão será julgado. Quem disser ao seu irmão: Você não vale
nada será julgado pelo tribunal. E quem chamar o seu irmão de idiota estará em
perigo de ir para o fogo do inferno”.
(Mt 5.21-22 - NTLH)
”Se um homem ferir uma pessoa com um objeto de ferro,
ou com uma pedra, ou com um pau e causar a morte dessa pessoa, ele é culpado
pelo crime e será condenado à morte. Quando o parente mais chegado do
morto encontrar o assassino, deverá matá-lo. Se um homem empurrar o outro com ódio ou jogar
alguma coisa contra ele com má intenção, e ele morrer; ou se um homem esmurrar um
inimigo, e este morrer, o culpado será morto, pois é um assassino. Quando o
parente mais chegado do falecido encontrar o assassino, deverá matá-lo. Mas pode acontecer que alguém, sem querer, empurre
o companheiro que não era seu inimigo; ou atire, sem má intenção, alguma coisa
contra ele. Pode
acontecer também que alguém, sem ver, atire uma pedra que venha a cair em cima
de alguém e cause a sua morte. Porém os dois não eram inimigos, e quem matou
não fez isso de propósito. Nesses casos o povo julgará a favor
do que matou sem querer e não a favor do homem que era responsável por vingar a
morte do seu parente. O povo deverá proteger o homem que
matou sem querer, não deixando que ele seja morto pelo parente do homem que
morreu. O povo o fará voltar à cidade de refúgio para onde havia fugido, e ali
o assassino ficará até a morte do Grande Sacerdote, que foi ungido com
azeite sagrado”. (Nm 35-16-26 - NTLH)
b) Adultério
“Se um homem casado for encontrado
na cama com a esposa de outro, os dois serão mortos, o homem e a mulher. Assim
vocês tirarão o mal do meio do povo de Israel” (Dt 5.22 – NTLH)
“Se um homem cometer adultério com
a mulher de outro, ele e a mulher deverão ser mortos”. (Lv 20.10)
“Quando alguém for acusado de ter
cometido um crime, seja qual for, uma testemunha não basta; é preciso ter pelo
menos duas testemunhas para confirmar uma acusação”. (Dt 19.15)
Os adúlteros deveriam ser punidos, após serem pegos no ato (ação) e pela boca de duas ou mais testemunhas pagariam com a morte. Ninguém seria condenado sem testemunhas e serem pegos no ato.
2) Graça em ação:
a) Violência:
“Portanto, se você estiver oferecendo no altar a sua
oferta a Deus e lembrar que o seu irmão tem alguma queixa contra você, deixe a sua oferta ali, na frente do
altar, e vá logo fazer as pazes com o seu irmão. Depois volte e ofereça a sua
oferta a Deus. Se alguém fizer
uma acusação contra você e levá-lo ao tribunal, entre em acordo com essa pessoa
enquanto ainda é tempo, antes de chegarem lá. Porque, depois de chegarem ao
tribunal, você será entregue ao juiz, o juiz o entregará ao carcereiro, e você
será jogado na cadeia. (Mt 5.22-23 – NTLH)
b) Adultério:
Porém na Graça não precisam ser pegos no ato e tampouco precisam de testemunhas, pois o próprio pensamento denuncia e condena os adúlteros (Mt 5.27-28).
“Vocês ouviram o que foi dito: Não cometa adultério. Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração”. (Mt 5.27-28 – NTLH)
Assim a Lei punia as ações e se preocupava
somente com o exterior, enquanto que a Graça se preocupa como interior e pensamentos.
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