1) Todas as pessoas que rodeavam José
estavam presas pelo devorador e perderam características essenciais e evidentes
na vida de um próspero:
- Sensibilidade – os irmãos de José (Gn 37.28): Não se sensibilizaram com as necessidades, sentimentos e com os propósitos de Deus na vida de José.
- Visão – Potifar (Gn 39.20): Endureceu o coração, não confiou em José e tampouco fez algo para livrá-lo da prisão.
- Gratidão – copeiro (Gn 40.23): Se esqueceu da promessa feita a José enquanto estava na prisão.
- Confiança e paz - Faraó (Gn 41.8): A sensação de segurança devido suas posses e autoridade, um dia, foram perdidas e o governante do Egito se viu sem saída.
2) O devorador não foi capaz de tirar da
vida de José o que tirou das pessoas que estavam ao seu redor:
- Sensibilidade: seus irmãos perderam a sensibilidade, que não faltou a José quando os reconheceu e soube que estavam necessitados e famintos;
- Visão: Potifar perdeu a visão a ponto de não enxergar a inocência de seu empregado favorito, a mesma visão que José teve ao orientar o faraó a pensar no seu povo durante os anos de fome;
- Gratidão: O copeiro perdeu a chance de demonstrar toda a sua gratidão, a mesma que José teve quando solicitou que os irmãos buscassem toda a família para morar no Egito;
- Confiança e paz: Faraó perdeu a confiança em seus deuses e a depositou no Deus de José, pois esteve diante de um pregador, mensageiro de boas novas e vitórias.
3) José foi próspero porque respeitou os
valores humanos e espirituais, por isso o devorador não agiu em sua vida. Mas
como podemos vencer o devorador?
- Equilíbrio para a prática da justiça: O dinheiro arrecadado por José com a venda de comida serviu para aumentar a riqueza de Faraó, o que com a crise talvez pudesse ter sido perdido e os alimentos não foram dados de graça para o povo, foram vendidos, por isso devemos nos espelhar em José para administrarmos com equidade e justiça os valores, tanto materiais quanto espirituais;
- Equilíbrio para conter o desejo de vingança: José venceu o desejo de vingança, pois entendeu o sofrimento dos irmãos. Preferiu usar sua riqueza e autoridade para oferecer ajuda e abençoar sua família, tal como José devemos entregar a Deus qualquer sentimento parecido com o da vingança;
- Equilíbrio para manter a fidelidade: José não esqueceu os propósitos de Deus para a sua vida, mesmo diante da prosperidade, sabia que a razão de ter sido levantando como governador não era para que usufruísse dos bens materiais e riqueza, mas sim para que fossem cumpridos os propósitos estabelecidos para a sua vida. Assim devemos nos portar diante do plano de Deus, esperar e confiar.
4) Conclusão:
A vitória de José sobre
o devorador não se deu no momento final, onde estava ao lado de Faraó sorrindo,
alegre, mas sim quando:
- Perdeu todos os privilégios que tinha na presença de seu pai;
- Perdeu a túnica, presente de seu pai;
- Perdeu a liberdade, dignidade, honra, cultura, família, nome, passado, conforto e sonhos;
- Quando se tornou prisioneiro, através de falsa acusação e sem julgamento justo, ficando refém da ingratidão.
A nossa vitória começa no inicio da luta e não no
fim, que nos diga José, que quando estava no trono não se cansou de ouvir:
- NUNCA Faraó mandou buscar alguém aqui na prisão;
- NUNCA ninguém saiu vivo daqui;
- NUNCA ninguém saiu daqui sem um bom advogado;
- NUNCA advogado nenhum quis defender qualquer um de nós neste lugar;
- NUNCA ninguém teve a vida transformada neste inferno;
- NUNCA ninguém foi lembrado neste porão;
- NUNCA ninguém recebeu uma visita sequer;
- NUNCA os guardar vieram aqui e chamaram alguém pelo nome.
Porque aqui
é cemitério de sonhos, lugar de esquecimento e morte. Então José nos diga:
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