TEXTO ÁUREO
“Posso
todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp
4.13).
VERDADE PRÁTICA
A
igreja de Cristo deve zelar pelo bem-estar dos que a servem, a fim de que não
haja necessitados entre os filhos de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE - Filipenses 4.10-13.
10 - Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a
vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido
oportunidade.
11
- Não
digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que
tenho.
12
- Sei
estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as
coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter
abundância como a padecer necessidade.
13
- Posso
todas as coisas naquele que me fortalece.
PROPOSTA
•
Os filipenses surpreenderam Paulo
com a segunda oferta;
•
Filipos: primeira cidade européia a
ouvir o Evangelho;
•
A igreja precisa prover sustento
para os que a servem;
•
Deus cuida dos seus – Paulo estava
convicto disto;
•
Ele aceitou as privações sem se
envergonhar;
•
Muitos deixam suas famílias para
pregarem o Evangelho;
•
A piedade com contentamento, já é
um grande ganho;
•
A fé em Jesus fez de Paulo um
grande vencedor;
•
Paulo não perdeu sua visão
missionária.
INTRODUÇÃO
Dependente
das ofertas dos irmãos para sobreviver no cárcere romano, pois não era costume
dos impérios investirem ou se preocuparem com o bem estar de seus prisioneiros,
mas quando precisavam de uma “oração especial”, ajuda ou quando não viam entre
os seus alguém que pudesse modificar ou melhorar situações, eles então corriam
atrás de seus prisioneiros, que nos diga isto José que estavam bem sossegado,
cumprindo sua pena, momento em que foi surpreendido pelos soldados egipcios,
que os chamaram de prisioneiros pela derradeira vez para levarem-no à presença
de Faraó.
Naquele
momento tiveram que gastar algum “dinheirinho” para transformarem José em um
homem digno de se apresentar a uma autoridade, com cabelo, barba e vestes
decentes. Parece que os gritos de faraó foram ouvidos ao longe: “não deixe ele
vir como estás” (Gn 41.14).
Paulo
expressou sua profunda gratidão à igreja de Filipos pelos recursos enviados por
intermédio de Epafrodito (4.10-20), o que não foi difícil para ele, pois já
havia demonstrado sua gratidão e transparência em outra oportunidade (Fp
1.5-7).
O
apóstolo estava agradecido aos filipenses pelo amor que lhe haviam demonstrado,
isto o alegrara sobremaneira, uma vez que aquela igreja estava socorrendo e ao
mesmo tempo exercitando o seu amor, porém ele destacou que sempre confiou a
Deus o seu sustento, e que sua alegria maior estava não nas ofertas recebidas,
e sim no fato de os filipenses terem se lembrado dele.
Os
recursos necessários para suprir suas necessidades chegavam à prisão,
originadas de Filipos e aquela igreja entendeu que era necessário ser generosa
com aqueles que trabalham em prol do crescimento do reino de Deus. A
reciprocidade do amor foi notória a todos. No inicio ele provou seu amor por
eles e agora era a igreja que lhe dispensava o mesmo sentimento. “Somente aqueles que amam são capazes de agir pelo outro sem
interesse próprio”, a marca maior de um amor desinteressado.
Deus estava no controle de toda aquela situação e não
deixaria o missionário em dificuldades e da mesma forma como havia provido seus
discípulos (Lc 22.35), Ele agora o fazia com o missionário.
I. AS OFERTAS DOS
FILIPENSES COMO PROVIDÊNCIA DIVINA
1. PAULO AGRADECE
AOS FILIPENSES.
A igreja em Filipos
já vinha contribuindo com o ministério de Paulo desde o seu início (v.15), fato
este atestado pelo próprio apóstolo. Ele nunca havia pedido “a qualquer das
igrejas que o sustentassem”, isto partiu dos próprios filipenses.
Agora, ele era surpreendido
pela segunda oferta enviada, exatamente quando estava preso em Roma. Por isso,
agradece e regozija-se pela lembrança dos irmãos (v.10). Ele declara ainda que a oferta dos filipenses era o fruto da
providência divina em seu ministério, pois confiava plenamente em Deus, em
qualquer situação.
2. RECIPROCIDADE ENTRE O APÓSTOLO E A IGREJA.
Paulo
amava a igreja em Filipos. Esta cidade foi a primeira da Europa a receber a
mensagem do Evangelho. As dificuldades, perseguições e sofrimentos não foram
suficientes para desanimar o grupo de missionários, pois a certeza da vitória
era muito maior, eles estavam confiantes na chamada e providência de Deus,
sentimento este nascido após o recebimento da revelação divina: “passe a
Macedônia e ajuda-nos” (At 16.9).
Em
nenhum momento o apóstolo agiu ou pensou como os discípulos de Jesus, que ao
enfrentarem a oposição dos samaritanos logo lhe propuseram a resolução do
problema, para eles o fogo do céu seria suficiente para consumir e acabar com
os problemas (Lc 9.52-56). Se Jesus tivesse aceitado a proposta de seus
seguidores, os tais não teriam campo para pregarem, tão logo fossem cheios do
Espírito Santo (At 2.1-4; 8.1-25)
Em
Filipos, Paulo enfrentou toda sorte de problemas, mas não abandonou a obra,
agora a igreja, firmada em Cristo, demonstrava sua gratidão ao apóstolo
cuidando dele e ajudando-o em suas necessidades (vv.10,11,15-18). Esta alegria
sentida não era motivada pela oferta, dinheiro ou recursos materiais e sim pelo
fato da lembrança dos filipenses, que o fortalecia ainda mais, e lhe dava a
certeza de que tudo o que o que passara em sua primeira estadia na cidade não
havia sido em vão. A reciproca era verdadeira.
3. A IGREJA DEVE CUIDAR DOS SEUS OBREIROS.
Nenhum obreiro deve fazer de sua
missão um meio de ganhar dinheiro. Todavia, a igreja precisa prover sustento
digno àqueles que a servem. Paulo muito sofreu com a falta de sensibilidade da
igreja em Corinto (v.15), pois não via a mesma demonstração de gratidão comum
aos filipenses, na verdade “ele não queria ser acusado de pregar somente para
ganhar dinheiro” (1 Co 9.13-14), não queria receber titulo de mercantilizador
da fé, ou ser mais uma vítima do consumismo desenfreado. Por outro lado, a igreja em Filipos sempre
o ajudou de bom grado.
A
Palavra de Deus nos exorta quanto ao sustento daqueles que labutam na seara do
Senhor: “Não amordaces o boi, quando pisa o trigo” (1Tm 5.18 — ARA). No mesmo
versículo, o apóstolo completa que “digno é o obreiro do seu salário”. Por
isso, a igreja deve apoiar devidamente àqueles que são verdadeiramente
obreiros, ajudando-os em suas necessidades (1Tm 5.17).
II. O CONTENTAMENTO
EM CRISTO EM QUALQUER SITUAÇÃO
1. O CONTENTAMENTO
DE PAULO.
O apóstolo aprendeu
a contentar-se em toda e qualquer situação. Seu contentamento estava alicerçado
no fato de que Deus cuida dos seus servos e ensina-os a viver de forma
confiante. Aos coríntios, Paulo escreveu: “não que sejamos capazes, por nós, de
pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus”
(2Co 3.5).
De
qualquer forma Paulo estaria contente, fosse na abundância ou na necessidade,
pois ele havia aprendido a lidar com estas situações, por isto não se
lamentava, apenas se regozijava-se com a gratidão e oferta dos filipenses (Fp
4.18).
Paulo
deu o crédito de sua força e contentamento a Deus, pois declarou a sua total
dependência de Cristo quando afirmou que sabia lidar com as bênçãos em
abundancias e com a necessidade (Fp 4.12). No início de seu ministério fazia
tendas (At 18.3) e findou em uma prisão em Roma (At 28.30). No final de seus
dias, precisou que Timóteo lhe enviasse uma capa, para se aquecer no cárcere
(II Tm 4.13). Por isto afirmamos que o apóstolo não dependia da abundância ou
da escassez de bens materiais, mas sim da suficiência em Cristo.
Muitos
se gabam de sua robustez, coragem e até espiritualidade, esquecendo-se de que a
nossa capacidade vem do Senhor. Para agirmos de forma adequada em meio às
provações e privações é preciso reconhecer que dependemos integralmente do
Senhor.
2. “SEI ESTAR ABATIDO” (V.12).
Paulo
estava convicto do cuidado de Deus, por isto declarou que sabia estar abatido
como também ter em abundância. Ele aceitava as privações sem se envergonhar ou
mesmo entristecer-se, o mesmo deveríamos fazer diante das intempéries da vida,
ou seja, deveríamos aprender a contentarmos independente das circunstâncias.
O
apóstolo sabia muito bem o que era viver na fartura, na abundância, sabia o que
era dar, receber, mas também deixou claro que a pobreza, fome, perseguições,
ameaças, abandono, acoites, apedrejamento, calunias, varadas, naufrágios, fome
e o fato de receber ajuda, de quem estivesse em melhores condições materiais
que ele, em nenhum momento o desqualificava, apenas o caracterizava como um
verdadeiro servo de Deus confiante nas provisões divinas.
Não
podemos permitir que as dificuldades do nosso dia a dia nos abalem. Confiemos no
cuidado e na bondade do Pai Celeste. Ele é o nosso provedor. Para que o
Evangelho chegasse aos confins da terra, muitos homens e mulheres, às vezes sem
qualquer sustento oficial, deixaram suas famílias e saíram pregando a Palavra
de Deus e fundando igrejas. Esses pioneiros não desistiram, e os resultados
ainda podem ser vistos.
Hoje,
as igrejas, em sua maioria, possuem recursos para enviar obreiros e
missionários a outras nações e ali sustentá-los, e devem fazê-lo. Cumpramos,
pois, o nosso dever conforme a Bíblia nos recomenda.
3. O CONTENTAMENTO DESFAZ OS EXTREMISMOS.
Apesar
de o exemplo paulino e de a Bíblia ensinar-nos acerca do contentamento, é
necessário abordar o perigo da adoção dos extremismos nessa questão. Muitos servos
de Deus são obrigados, pela falta de compromisso de suas igrejas, a abandonar a
obra de Deus. Para que isso não aconteceça, sejamos fiéis no sustento daqueles
que estão servindo a causa do Mestre (1 Tm 5.18).
Os
obreiros, por sua parte, não podem deixar-se dominar pela avareza e pela
ganância. Paulo nos dá uma importante lição quando afirma: “Aprendi a
contentar-me com o que tenho” (v.11). O culto ao Senhor não pode ser
transformado em uma fonte de renda. É o próprio apóstolo Paulo quem ensina a nos
apartar daqueles que não se conformam “com as sãs palavras de nosso Senhor
Jesus Cristo e com a doutrina que é segundo a piedade”. Isto porque, os tais
apreciam “contendas de homens corruptos de entendimento e privados da verdade,
cuidando que a piedade seja causa de ganho” (1 Tm 6.5). O ensino paulino
demonstra que a piedade, com contentamento, já é, por si mesma, um “grande
ganho” (1 Tm 6.6).
III. A PRINCIPAL
FONTE DO CONTENTAMENTO (4.13)
1. CRISTO É QUEM FORTALECE.
Paulo
nos ensina, com a declaração do versículo 13, que sua suficiência sempre esteve
em Cristo. O que fez com que Paulo suportasse tantas adversidades? Havia algum
segredo? Pensamentos positivos? Não! O que fez do apóstolo um vencedor foi a
sua fé em Jesus Cristo, aquele que tudo pode. A força do seu ministério era o
Senhor.
2. CRISTO É A RAZÃO DO CONTENTAMENTO.
Nossa
alegria e força vêm do Senhor Jesus. Segundo Matthew Henry, “temos necessidade
de obter forças de Cristo, para sermos capacitados a realizar não somente as
obrigações puramente cristãs. Precisamos da força dEle para nos ensinar a como
ficar contente em cada condição”. Devemos buscar ao Senhor para que a alegria
divina preencha a nossa alma (Ne 8.10).
3. O CUMPRIMENTO DA MISSÃO COMO FONTE DE CONTENTAMENTO.
Uma
vez que o objetivo de Paulo era pregar o Evangelho em toda parte, nada lhe era
mais importante que ganhar almas para o Reino de Deus. Nenhuma dificuldade
financeira, muito menos politica, social ou de qualquer outra ordem, poderia
roubar a visão missionária do apóstolo. Quanto mais obstáculos apareciam mais
sua fé era fortalecida.
Ele
não se angustiava pela privação material e social. Pelo contrário, a alegria do
Senhor era a sua força. Paulo regozijava-se com a suficiência que tinha de
Cristo. O descontentamento é como uma planta má que faz brotar a avareza (Hb
13.5,6), o roubo (Lc 3.14) e a preocupação com as coisas materiais (Mt
6.25-34). Por isso, contente-se em Cristo! Ele tomará conta de nós.
CONCLUSÃO
A igreja de Cristo
deve zelar pelo bem-estar dos seus obreiros, a fim de que não venham a passar
privações. Todavia, a real motivação para servirmos à igreja de Deus jamais
devem ser as recompensas materiais. Confiemos na provisão divina, pois assim
seremos felizes em toda e qualquer situação.
Nosso
contentamento em meio às adversidades é resultado da nossa fé e comunhão com o
Senhor Jesus. Que estejamos na dependência do Senhor, para que Ele nos conceda
alegria e força a fim de vencermos as vicissitudes e tribulações da vida.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1)
Saber: as dádivas dos filipenses era providência divina:
•
A igreja de Filipos já havia contribuído desde o
início;
•
Mas surpreendeu a Paulo com a segunda oferta
enviada.
2)
Compreender: o cristão tem o contentamento de Cristo:
•
Fato: devemos nos contentar com as situações.
3)
Explicar: a principal fonte de contentamento do cristão:
•
A suficiência de Paulo sempre esteve em Cristo.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, José Roberto A. A reciprocidade do amor cristão. Disponível
em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2013/09/licao-12.html.
Acesso em 17 de setembro de 2013.
Bíblia
de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova
Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.
Bíblia
Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do
Brasil, 2000.
Bíblia
Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de
Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.
CARNEIRO FILHO, Geraldo. A reciprocidade do amor cristão. Disponível
em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2013/
09/3-trimestre-de-2013-licao-n-12-22092013.html. Acesso em 17 de setembro
de 2013.
Estudantes da Bíblia. A reciprocidade do amor cristão. Disponível
em: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2013/2013-03-12.htm.
Acesso em 17 de setembro de 2013.
LOURENÇO, Luciano de Paula. A
reciprocidade do amor cristão. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2013/09/aula-12-reciprocidade-do-amor-cristao.html.
Acesso em 17 de setembro de 2013.
Por: Ailton da Silva - Ano V
gostei muito, DEUS continue te abençoando muito meu irmão.
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