SEÇÃO: “BATEU – LEVOU”
Paulo e Silas entraram quietos na
prisão e saíram da mesma forma, não entraram jurando vingança aos que os
prenderam e tampouco saíram “jogando na cara” o livramento de Deus, tipo: “não
mexam com nós, somos servos do Deus Altíssimo” – isto é linguagem demoníaca (At
16.17).
José entrou escoltado na prisão
em silêncio e foi jogado no xadrez. Na saída ele também foi escoltado, mas foi
diretamente para a barbearia, cabelereiro e deu volta em uma lojinha de
departamentos egípcia para dar uma renovada no guarda roupa, antes do encontro
com o desiquilibrado faraó, o que disse de boca cheia: “não deixe ele vir como
está”.
José, Paulo e Silas souberam
entrar e souberam sair.
José foi tão amável com os
irmãos, mas primeiro ele se lembrou dos sonhos (passado). O inimigo trabalhou
em sua mente, “faz seus irmãos dobrarem os joelhos, faz”. A resposta veio
rápida: “para que judiar deles, olhe como estão famintos, fracos. Você conhece
muito bem esta situação José, você enfrentou uma pior, pense no futuro”.
Poderíamos sair batendo em todos
aqueles que falam algo que não nos agrada? O que nos impede de ter bestial
reação? Uma grande virtude vinda do céu não nos permite. E isto não vem de
berço, educação ou muito menos de religião.
Paulo poderia muito bem dizer:
“que se exploda a obra, vou sumir no mundo”. Alias ele já estava sumido no
mundo, longe de casa, dos amigos, família e principalmente do seu promissor
futuro religioso junto ao Templo. Sequer lembrava de seu estimado professor
secular (Gamaliel).
Algumas “coisas da terra” doem
mais que chibatadas, mas duvido que temos coragem de dizer: “prefiro ser
chicoteado do que enfrentar um olhar atravessado, um dedo apontado ou um
comentário maldoso”.
SEÇÃO: “SE VOCÊ CHORAR, EU NÃO CHORO, SE VOCÊ SORRIR EU .......”
Os dois missionários jogados na
prisão, esquecidos, com dores, enquanto que a multidão, estava no conforto de
suas casas, nas festas, nos seus devocionais legalistas, churras, etc.
Na hora da oração forte, da
Palavra de consolação (At 13.15b) certamente a multidão iria atrás dos dois
pregadores, até buscariam de carro para não chegarem atrasados ao culto:
“buscaremos vocês no hotel de carro, fiquem sossegados”.
Mas na hora do choro, da
tristeza, das incertezas, ninguém apareceu para visita-los, ninguém levou
mantimentos, cobertores, roupas (as deles foram rasgadas). A alegria que
sentiam compensaram todas estas perdas e faltas.
Nenhum egípcio foi chorar com
José na prisão. Nenhum dos filipenses foi chorar com Paulo e Silas quando estavam
na mesma situação, mas depois quantos, dos primeiros, se alegraram com a
administração de José? Não adiantava nada ter muito pão se não era dividido de
forma justa (Gn 41.54-55). Havia muito pão, mas também havia fome. O hebreu,
ex-presidiário resolveu este problema.
Ninguém chorou com os dois
missionários na prisão em Filipos, mas no outro dia pela manhã, a multidão se
ajuntou novamente para presenciarem o mover e agir de Deus na vida deles. Paulo
não os censurou, pois sabia que havia entre eles muitos que se aceitariam a
Jesus como Salvador e logo os chamaria de irmãos.
SEÇÃO: VAI ENTENDER!
“Meus pensamentos não são os
vossos pensamentos” – “Eu bem sei o pensamento que penso de vós” – somente quem
crê consegue entender.
Jr 29.11 – Deus consegue sempre
ver algo de bom onde nós não enxergarmos nada.
SEÇÃO: O CULTO HOJE VAI SER MARAVILHOSO, PORQUE JESUS VAI DERRAMAR O
SEU PODER
O culto daquele dia teria que ser
realizado na prisão em Filipos e ponto final. Não interessava quem buscaria e
como os pregadores e cantores entrariam no recinto.
A oração e o louvor começou bem
baixinho, entre soluços, com o passar dos segundos o volume foi aumentando,
quando se deram conta toda a prisão estava ouvindo, todos em silêncio, atentos
a letra do hino e ao conteúdo da oração.
Parece que ouço um dizendo ao
outro: “continue, eles estão ouvindo, continue, Jesus está operando, tem presos
chorando, olha outro de joelhos, com a boca no pó arrependido, clamando, eles
também estão orando, por isso fomos trazidos para cá, não pare, louve e adore,
louve e adore”.
SEÇÃO: VENHA COMO ESTÁS
Mudança primária – na mente
Mudança secundária – atitudes,
reações, corpo e vida, tudo influenciado pela mente, que agora então pensa nas
coisas do alto.
Venha como estás – é Deus
chamando
Não venha como estás – é o homem
chamando, esperando a contrapartida. Não se ilude, não troque de ministério,
por vãs promessas. Somente estão interessados na ajuda, depois viram as costas
(isto é bíblico, vide caso de José).
SEÇÃO: NÃO IMPORTA COMO
Esperança de Paulo e Silas ao
entrarem na prisão – se Deus socorreu Daniel na cova de leões, também fará o
mesmo conosco hoje. Eles conheciam muito bem esta história.
“Quero pregar nos presídios, este é o meu
sonho, minha chamada” – você pode ir como foram os dois missionários foi.
Então, porque o silencio de repente?
“Quero muito conhecer os irmãos
de Roma” – olha que você vai de navio, vai chegar a salvo, vai conhecer e
realizar o seu sonho, mas você irá do meu jeito, porque o silencio tão de
repente?
Paulo pregou no presídio de
segurança máxima (Filipos I), mas não entrou pela porta da frente como
convidado, como acontecia aqui em nossa cidade na época em que havia uma cadeia
feminina, os carcereiros abriam as portas e alegremente nos mostrava o caminho.
Paulo foi para Roma em um navio
como prisioneiro, mas se comportou em meio às intempéries e adversidade da
viagem, mas atingiu o seu objetivo. Alias ele foi para “tirar umas férias,
descansar um poucochinho de tempo”.
SEÇÃO: OS PREGADORES PODEM VOLTAR O ANO QUE VEM?
Quantas vezes ouvimos isto em
nossas igrejas? As vezes levantamos as mãos por educação, mas se os carcereiros
do Egito e de Filipos, em suas respectivas épocas, fizessem estas perguntas aos
presos, qual seria a resposta? “José pode voltar aqui na prisão outras vezes?”
Paulo e Silas podem voltar aqui para pregar e louvar a Deus novamente entre
vocês presos de Filipos”?
Por: Ailton da Silva - Ano V
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